APL comemora os 50 anos da TV Clube

A Academia Piauiense de Letras realizou sessão especial ontem (20/05) para homenagear a TV Clube, nas comemorações dos 50 anos de fundação da emissora.

A oração em homenagem à TV foi proferida pelo presidente da APL, jornalista Zózimo Tavares, que trabalhou na empresa durante 5 anos, atuando como repórter político e editor-chefe do Bom Dia Piauí.

Ele contou a história da primeira estação de televisão do Piauí, destacando o empenho do professor e empresário Valter Alencar para fundar e instalar o canal, inaugurado em 3 de dezembro de 1972.

Também exaltou a participação da TV no desenvolvimento do Piauí e a sua contribuição para o processo de elevação da autoestima dos piauienses.

O discurso de agradecimento foi feito pelo jornalista Marcelo Magno, designado pela direção da TV Clube para representar a emissora na solenidade.

Antes do início da cerimônia, foi exibida uma reportagem especial do Globo Repórter sobre os 50 anos da TV Clube, uma das primeiras afiliadas da Rede Globo.

Participaram da sessão os acadêmicos Carlos Evandro, Dilson Lages, Elmar Carvalho, Felipe Mendes, Fides Angélica (secretária geral), Fonseca Neto (1º secretário), Itamar Costa, Jonathas Nunes, Magno Pires (vice-presidente), Nelson Nery, Oton Lustosa, Pedro da Silva Ribeiro, Plínio da Silva Macêdo, Reginaldo Miranda, Socorro Rios Magalhães e Teresinha Queiroz.

Veja a sessão acessando este LINK:

Sessão da APL pelos 50 anos da TV Clube.
Presidente da APL conta a história da TV Clube.
Acadêmico Fonseca Neto faz a Aclamação das Efemérides.
Marcelo Magno agradece a homenagem da APL
O corte do bolo de aniversário na Galeria dos Imortais.
No Salão dos Fundadores da APL.

APL manifesta pesar por Kenard Kruel

A Academia Piauiense de Letras divulgou Nota de Pesar, nesta quinta-feira (11/05) pelo falecimento do jornalista e escritor Kenard Kruel, ocorrido hoje, em Teresina.

A nota da APL lembra a contribuição do jornalista para a literatura e a cultura piauienses.

Kenard Kruel era jornalista, professor, bacharel em Direito e editor. Faleceu aos 63 anos, depois de uma luta de cinco anos contra um câncer.

Assembleia apoia ações da APL

O Poder Legislativo vai apoiar as ações da Academia Piauiense de Letras. A garantia foi dada nesta quarta-feira (26/04), pelo presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, deputado Franzé Silva, ao receber membros da Academia em seu gabinete.

Entre os encaminhamentos, o presidente da ALEPI se comprometeu a apoiar as atividades de interiorização da Academia, que tem levado suas atividades para o interior do Estado.

Franzé Silva participou, em janeiro, da instalação da APL em Oeiras, nas comemorações do Bicentenário da Independência.

Emendas

Durante a audiência, o presidente anunciou a destinação de emenda de sua cota pessoal para auxiliar a APL no desenvolvimento dessas atividades.

O deputado Wilson Brandão, que é membro da Academia, destinou emenda para reforma e requalificação do auditório da Academia.

O deputado Evaldo Gomes também alocou emenda de sua cota parlamentar para fortalecer a instituição.

Outro parlamentar que destinou emenda orçamentária este ano para a Academia foi o deputado Henrique Pires. No ano passado, com emenda sua, a Academia executou obras de acessibilidade em sua sede, entre outras ações.

Participaram da audiência na Presidência da Assembleia o presidente da APL, Zózimo Tavares, e os acadêmicos Fides Angélica (secretária geral) e Fonseca Neto (1º secretário), além dos deputados Evaldo Gomes e Wilson Brandão.

Floriano recebe a APL em junho

O próximo deslocamento da Academia Piauiense de Letras será para Floriano. A APL vai se instalar oficialmente no município nos dias 16 e 17 de junho próximo.

Em sua nova visita, a APL fará atividades conjuntamente com a Fundação Floriano Clube, a Academia de Letras e Artes de Floriano – ALBEARTES e Prefeitura Municipal de Floriano.

O programa

No primeiro dia, constam visitas dos acadêmicos à Cidade Cenográfica; à sede da ALBEARTE; ao cais do rio Parnaíba – Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara e Espaço Cultural Maria Bonita.

À noite, a APL fará sessão solene na Fundação Floriano Clube, com palestra do acadêmico Jonathas Nunes.

No dia seguinte, haverá visita a uma Escola Municipal; ao Museu Iconográfico Laboratório Sobral e à Faculdade de Ensino Superior de Floriano – FAESF.

Integração

O presidente da APL, Zózimo Tavares, informou que a visita faz parte do programa de atividades da Academia para fomentar a integração de Teresina com os polos culturais do interior do Piauí.

Em janeiro passado, a Academia se instalou nos municípios de São Raimundo Nonato, berço do homem americano, e de Oeiras, berço da história do Piauí.

Livros de literatura infantil, poesia negra e ensino são lançados na APL

Um livro de literatura infantil, outro de poesia negra e mais um de ensino de língua foram lançados ontem (1º/04) na Academia Piauiense de Letras.

O professor José Maria de Carvalho lançou o livro Formação do Professor de Língua Estrangeira. É o seu segundo livro voltado para esta temática.

O professor Elio Ferreira, doutor em Literatura e docente na Universidade Estadual do Piauí, lançou duas obras: A Rolinha e a Raposa – fábula do Piauí de tradições africanas e indígenas e também Poesias Negra – Solano Trindade e Langston Hughes.

A primeira foi apresentada pela professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães e a segunda pelo próprio autor.

A sessão foi presidida pelo acadêmico Magno Pires, vice-presidente da APL, e o cerimonial foi conduzido pela acadêmica Fides Angélica, secretária geral, com a presença de acadêmicos, professores, estudantes e outros convidados.

Acadêmico Magno Pires preside a sessão da APL.
Acadêmica Socorro Rios Magalhães apresenta livro.
Professor José Maria de Carvalho, ao lado da acadêmica Fides Angélica.
Professor Elio Ferreira apresenta suas obras.

Coleção Bicentenário reúne 8 livros

Mais três livros da Coleção Bicentenário foram lançados ontem (18/03) na Academia Piauiense de Letras.

As obras fazem parte do programa de celebrações dos 200 anos da Independência.

Os três livros lançados na APL: História da Independência no Piauí, de Wilson de Andrade Brandão; Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês, de Paulo José Cunha, e O Outro lado da Independência do Brasil: aspirações e manifestações, natureza e formas de lutas – 1789 / 1850, de Claudete Dias.

A Coleção Bicentenário foi instituída pela APL em parceria com o Conselho Estadual de Cultura, o Instituto Histórico e Geográfico do Piauí e a Secretaria Estadual de Cultura.

Ao abrir a cerimônia de lançamento dos livros o presidente da APL, Zózimo Tavares, lembrou que a Independência não se fez em 7 de setembro de 1822, mas atravessou o ano de 1823.

“E só a partir da Batalha do Jenipapo o Brasil se fez de fato independente de Portugal. Mas o país praticamente só está sabendo disso agora, 200 anos depois”, acentuou.               

Os livros do bicentenário

O programa de lançamentos da Coleção Bicentenário da Independência foi aberto em setembro do ano passado, no Palácio de Karnak, com os livros Memória Cronológica, Histórica e Corográfica da Província do Piauí, de Pereira de Alencastre (Vol. 1); A Guerra do Fidié, de Abdias Neves (Vol. 2); e Contribuição do Piauí na Guerra do Paraguai (organizado pelo acadêmico Felipe Mendes, com textos de Anísio Brito, Monsenhor Chaves, Nelson Nery, Odilon Nunes e Reginaldo Miranda).

Em dezembro de 2022, foram lançados na APL mais volumes: Piauí Colonial: População, Economia e Sociedade, do antropólogo Luiz Mott, e Os Índios do Piauí, com textos de João Renôr Carvalho, Monsenhor Chaves, Moyses Castelo Branco Filho, Nelson Nery e Reginaldo Miranda.

O presidente do Conselho Estadual de Cultura, Nelson Nery, coordenador do projeto, disse que o plano inicial era para publicar 12 livros.

O acadêmico Wilson Brandão fez a apresentação do livro “História da Independência do Piauí”, lançado pela primeira vez há 50 anos.

O cartunista Jota A apresentou o livro Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês e a professora Claudete Dias fez a apresentação de seu livro.

Presenças

Participaram da sessão o secretário estadual de Cultura, Carlos Anchieta, e o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí, acadêmico Fonseca Neto.

Também estiveram presentes os acadêmicos: Anfrísio Lobão, Carlos Evandro, Climério Ferreira, Dilson Lages, Elmar Carvalho, Felipe Mendes, Fides Angélica, Francisco Miguel de Moura, Jonathas Nunes,  Magno Pires, Moisés Reis, Nelson Nery, Oton Lustosa, Plínio da Silva Macêdo, Socorro Rios Magalhães, Tony Batista e Wilson Brandão.

Do Conselho Estadual de Cultura, além do presidente Nelson Nery, se fizeram presentes os conselheiros Cineas Santos, Gilson Caland, Dora Medeiros, José Itamar Silva, João Vasconcelos e Jony Clay Macedo.

O presidente da Comissão Memória e Justiça da OAB-PI, Adão Direito Vieira de Araújo, representou a instituição no evento, ao qual compareceram ainda a presidente da União Brasileira de Escritores (UBE-PI), Lisete Napoleão, e a professora Raimunda Celestina, coordenadora do Curso de Letras da Universidade Estadual do Piauí, entre outros convidados.

A sessão foi transmitida pelo Canal da APL no YouTube. Acompanhe através do link: https://www.youtube.com/watch?v=3EsR8zGhM2k

Wilson Brandão apresenta o livro História da Independência no Piauí.
Jota A apresenta Enciclopédia Internacional de Piauiês.
Professora Claudete Miranda apresenta seu livro “O outro lado da Independência do Brasil”.
Acadêmico Fonseca Neto, presidente do IHG-PI.
Nelson Nery apresenta a Coleção Bicentenário da Independência.
Secretário de Cultura, Carlos Anchieta.

Deputado Fábio Novo elogia parceria da Secult com a APL, CEC e IHG-PI.
Acadêmicos com autores e/ou apresentadores dos livros lançados.

Mulheres são homenageadas na APL

A Academia Piauiense de Letras realizou Sessão Especial, ontem (11/03), para celebrar o Dia Internacional da Mulher, transcorrido em 8 de março e cujas comemorações se estenderam ao longo da semana.

O evento foi planejado e organizado pelo Núcleo Feminino da APL, coordenado pela acadêmica Nerina Castelo Branco, decana da instituição.

Impossibilitada de comparecer à cerimônia, por motivos de saúde, ela mandou uma mensagem gravada para as homenageadas.

Palestra

Durante a sessão, a psicóloga Raquel Mendes da Costa proferiu palestra sobre a condição da mulher na sociedade moderna.

O presidente da APL, Zózimo Tavares, abriu a sessão e transferiu a presidência dos trabalhos à secretária-geral, Fides Angélica.

Ele disse que o momento era de renovado contentamento para a Academia Piauiense de Letras, porque era a primeira celebração pelo Dia da Mulher que se fazia de forma presencial, após a pandemia da Covid-19.

Nos últimos dois anos, as homenagens foram feitas no formato virtual. O presidente da APL agradeceu, mais uma vez, as palestrantes que colaboraram com a Academia, naqueles momentos de isolamento social, a professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães e a conselheira Lílian Martins, então presidente do Tribunal de Contas do Estado.

Como parte das celebrações, ontem, o poeta Francisco Almeida leu um cordel de sua autoria em homenagem à mulher.

Ao final da sessão, a Academia homenageou mulheres que se destacaram em seus ramos de atuação. A lista das homenageadas foi elaborada pelo Núcleo Feminino.

Mulheres na APL

Cinco mulheres integram a Academia Piauiense de Letras: Nerina Castelo Branco (decana), Fides Angélica, Teresinha Queiroz, Socorro Rios Magalhães e Niéde Guidon.

No passado, integraram a APL: Luiza Amélia de Queiroz Brandão (patrona da Cadeira 28), Amélia de Freitas Beviláqua (primeira ocupante da Cadeira 23), Emilia Castelo Branco de Carvalho, Emília Leite Castelo Branco, Maria Isabel Vilhena e Alvina Gameiro.

Participaram da sessão, entre outras personalidades, o vice-reitor da UFPI, Virato Campelo; a vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheira Waltânia Alvarenga (uma das homenageadas); a secretária estadual das Relações Sociais, Núbia Lopes da Silva, representando o governador Rafael Fonteles; e a secretária municipal de Política Públicas para as Mulheres, Karka Berger, representando o prefeito de Teresina.

Abertura da Sessão Especial em homenagem à mulher.

Acadêmico Fonseca Neto faz a Aclamação das Efemérides.
Acadêmica Fides Angélica preside a solenidade.
Psicóloga Raquel Mendes da Costa faz palestra na APL.
Advogado e cordelista Francisco Almeida: poesia para as mulheres.
Professora Socorro Cavalcanti na homenagem da APL.
A homenagem à psicóloga Raquel Mendes da Costa.
Conselheira Waltânia Alvarenga, do TCE-PI, homenageada na APL.
Professora e arqueóloga Conceição Lage e ex-deputada Teresa Brito.

Mulheres homenageadas pela Academia.

Da Serra da Capivara ao Sertão de Cabrobó

Da Serra da Capivara ao Sertão de Cabrobó

Elmar Carvalho (*)

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Neste sábado, dia 28/01/2023, aconteceu a primeira reunião de nossa APL, após o recesso do final/começo de ano. Todos os acadêmicos que foram ao passeio turístico-cultural a São Raimundo Nonato, Parque Nacional de Serra da Capivara (situado em partes dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias) e Oeiras foram unânimes em dizer que a viagem foi excelente e proveitosa.

Em minha breve fala, enalteci o passeio, fixando os pontos que achei mais importantes, seja por achá-los mais interessantes, curiosos ou surpreendentes. Na empolgação do discurso, disse que me sagraria o Pero Vaz de Caminha dessa expedição, e escreveria uma crônica sobre ela. É o que tento fazer agora, sem nenhuma consulta a anotações, já que não as fiz.

No sábado, dia 21, seguimos em nossa viagem, cujo ponto de partida foi o estacionamento da Ponte Estaiada Mestre Izidoro França. Procurei uma poltrona perto da janela, através da qual fui olhando a paisagem e as pequenas cidades e povoações, que tantas vezes vi, à límpida luz do sol ou à penumbrosa luz do luar, quando mourejei por vários anos em longínquas comarcas do sul do Piauí. 

Conduziu o ônibus o excelente e prestativo motorista Valdenir José da Costa e foi responsável pela viagem a educada e solícita Jaqueline Nobre, que prestou impecável assistência aos expedicionários, quase todos legalmente idosos, mas, na prática, jovens acima dos sessenta anos. Fizemos uma parada estratégica e logística na progressista Água Branca, cidade do coração, quase diria natal, do presidente Zózimo Tavares, comandante em chefe da expedição. O local da parada não poderia ser mais apropriado: era a lanchonete dos irmãos Sales, frequentadíssima, onde se pode degustar um delicioso e legítimo bolo frito ou um requeijão de primeira qualidade, além de outros quitutes.

Seguindo o plano e o roteiro da viagem, almoçamos em Floriano, e sem mais delongas marchamos rumo a São Raimundo Nonato, em plena caatinga. A viagem transcorreu sem nenhum acidente ou incidente digno de reparo, exceto um que poderia ter sido trágico, mas que a graça de Deus o mitigou. Dona Mécia, esposa do poeta Francisco Miguel de Moura, meu amigo há várias décadas, quando já estávamos nos aproximando de nosso destino, ao se levantar, com o ônibus em movimento, caiu sobre a escada do veículo, mas felizmente só teve dois pequenos ferimentos e hematomas, na região da cabeça. Logo chegamos a SRN e ela recebeu os necessários cuidados médicos, sem constatação de que houvesse algo de maior gravidade. O confrade Plínio Macedo e sua tia Socorro Macedo, por serem naturais da cidade, prestaram todo o apoio a Mécia, que no dia seguinte já estava em plena vitalidade, tanto que lhe disse, brincando, em analogia a um filme de ação, que ela era “dura na queda”.   

Nos instalamos no Real Hotel, no centro da cidade, e seguimos para o prédio do SENAC, em cujo auditório ocorreria a solenidade de nossa Academia. Foi exibido o documentário sobre a história da APL, dirigido e editado por Luciano Klaus, com roteiro do presidente Zózimo Tavares. Foi também projetado o vídeo (clipoema) Miragens de Serra da Capivara, com poema de Elmar Carvalho, fotografias do médico Valdeci Ribeiro de Carvalho, e editado por Claucio Ciarlini. Ambos os audiovisuais foram bastante aplaudidos pelos presentes. O professor universitário Gênesis Naum Farias me solicitou cópia do poema, para publicação em sítio internético.

Após, a mesa foi composta por Zózimo Tavares, presidente da APL, Carmelita de Castro Silva, prefeita municipal, Magno Pires, vice-presidente da APL, Fonseca Neto, palestrante e 1º secretário, além de outras autoridades. A cerimonialista foi a jornalista Vanize Lemos, que exerceu com maestria o seu mister. Houve ainda o lançamento do livro/álbum Piauí – terra querida, filha do sol do equador, com textos e esplêndidas fotografias de André Pessoa.

Fonseca Neto, em sua brilhante palestra, em seu estilo próprio, inimitável, falou da importância do trabalho da confreira Niede Guidon, das descobertas, estudos e análises do apurado labor arqueológico, bem como do notável significado das pinturas rupestres, e da importância disso tudo para a história do Piauí, do Brasil e do mundo.

Ao ouvi-lo fiquei imaginando as labutas, as lutas, as agruras que esses nossos ancestrais, esses “capivarões de Guidon”, no dizer fonsequiano, tiveram que enfrentar, ao relento ou em furnas esconsas, sofrendo picadas de insetos e as chicotadas do frio noturno, das chuvas e das tempestades.

No dia seguinte, domingo, fomos conhecer os cantos e encantos do Parque Nacional de Serra da Capivara. Os cantos porque conhecemos vários sítios e pontos turísticos e os cantos maviosos de aves álacres e belas, como corrupiões, bem-te-vis, galos-de-campina, sabiás e chico-pretos. E encantos porque o parque é todo cheio de encantos, que nos proporcionam sua floresta bem preservada, seus paredões rochosos, e as serranias ao longe. A famosa pedra-furada acaso não seria um portal para uma outra dimensão, talvez ainda mais bela? Alguém já a teria atravessado, em tempos imemoriais, que se perdem na voragem do próprio tempo? Jamais teremos resposta para esse mistério.

Ao fim do périplo, um dos guias, ao saber que eu tinha um poema sobre Serra da Capivara, me disse também ter feito versos, em que louvava essas louçanias, e me conduziu até um tipo de mandacaru, de espinhos pequenos e bem flexíveis. Num gesto quase ritualístico ou de prestidigitação, pôs as pontas dos dedos no topo de um dos “galhos” do cacto e os moveu de cima para baixo, na forma e na velocidade adequadas, e fez surgir o rumor de água, como a escorrer por um córrego, que imaginei ornado por belos seixos. Que mistério encerraria essa singular sonoplastia, nascida de uma planta típica das caatingas secas, adustas, de poucas chuvas, que imitava o som de água corrente, tão cara aos ouvidos dos sertanejos? 

Após o almoço em restaurante do parque, fomos conhecer o Museu da Natureza, concebido em avançada tecnologia, que nos proporcionou diversas experiências sonoras, táteis e visuais, e no campo eletromagnético. Vimos projetados enormes paquidermes, com seus rugidos assustadores, além de imagens panorâmicas e aéreas de todo o parque.

Tive a nítida sensação de sobrevoar os imensos paredões e desfiladeiros, quando usei o simulador de asa delta, que proporciona imagens cinematográficas em 3 dimensões. Me senti um anjo, sem peso e sem pecado, a voar sobre um abismo vertiginoso de beleza, que um dia sobrevoarei de verdade, quando eu partir para a outra dimensão de uma das casas do Pai, como prometeu Jesus Cristo, de que eu tive a prefiguração nesse voo de mentirinha. 

Fomos em seguida visitar o Museu do Homem Americano, na cidade de São Raimundo Nonato. É um misto de museu convencional, com a formação de ambientes e de exposição de diversos objetos, oriundos das escavações nos diversos sítios arqueológicos do Parque de Serra da Capivara, como utensílios diversos, vasilhas, vasos, armas, pontas de flecha, facas rudimentares, urnas funerárias, esqueletos de animais e de antigos habitantes da caatinga capivarense, e de museu tecnológico, em que imagens são projetadas, sobretudo as das pinturas rupestres, em que se veem animais e as antiquíssimas pessoas da região, em situações que sugerem danças, rituais e outras atividades, inclusive amorosas, como a afamada cena do beijo pré-histórico.

Antes do retorno ao hotel, prestamos singela homenagem ao Dr. Raul Macedo, pai do confrade Plínio Macedo e do Des. Pedro Macedo, ao pé do monumento que tem o seu busto. Foi o primeiro médico do município. Por seu espírito solidário e humanitário, prestou relevantes serviços à região sanraimundense.

À noite, fomos jantar em uma churrascaria perto do nosso hotel. Fizemos breve e alegre libação comemorativa. Ao voltarmos ao hotel, conversamos sobre poesia e poetas. Instigado pelo jornalista e documentarista Luciano Klaus, terminei falando da velha Zona Planetária, mítico cabaré campomaiorense, cujos casarões foram destruídos num forte inverno implacável, de chuvas constantes e torrenciais, mas que ainda remanescem num poema de minha autoria, de igual título, cujos versos iniciais recitei na noite sanraimundense: “Anfion percorre os sulcos / dos discos das vitrolas e as / emoções são alinhadas pedra a pedra. / Apolo é qualquer moço feio / que nos vitrais Narciso se julga. / De repente, Átropos corta o fio da vida / que era tecido pelas Parcas lentamente / pelos golpes de facas, adagas ou estiletes / nas mãos de um velho Pã embriagado.” E a câmara indiscreta de Klaus tudo viu e tudo registrou para os arquivos implacáveis de Luciano.

Na manhã do dia seguinte, cedo, logo após o café, arribamos para a velha Oeiras. Seguimos pela estrada que passa por São João do Piauí, que me fez lembrar do padre Solon Aragão e do poeta Adail Coelho Maia, e pela cidade de Simplício Mendes, na qual foi juiz por alguns anos o confrade e Des. Oton Lustosa. Por essa urbe passei algumas vezes, no início de minha carreira de julgador, em demanda de minha longínqua Comarca de Socorro do Piauí. No entorno do monumento ao médico Isaías Coelho, Oton Lustosa fez breve pronunciamento em que relembrou a sua atuação magistratural na cidade e um pouco de sua vida civil e familiar, ainda com escasso tempo de casado. Foi cumprimentado por velho servidor da Justiça, que dele guardava boas recordações.

Ao rever a estátua do célebre médico Isaías Coelho, me lembrei de histórias que li ou ouvi contar a seu respeito. Numa época em que não havia praticamente exames médicos, mormente na região, tinha grande clientela. Muitos vinham de longínquas paragens para se consultar com esse esculápio do sertão. Pelos seus diagnósticos e medicamentos certeiros, ganhou fama de ter dotes mediúnicos, quase um taumaturgo, senão mesmo um demiurgo. Morreu celibatário, talvez porque tenha desejado dedicar o maior e o melhor esforço de sua vida exclusivamente ao exercício da medicina.

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À colonial e episcopal Oeiras chegamos um pouco depois do meio-dia.

Nos hospedamos no Hotel do SESC, cujo nome homenageia o nosso estimado confrade Moisés Reis. Já o Carlos Rubem, guardião dos vetustos solares e da cultura de Oeiras, Promotor de Justiça (e de cultura, como já disse alhures), nos esperava com a sua lhaneza de sempre.

Fez questão de mostrar aos expedicionários uma bela placa metálica, que estampa, no hall do hotel, o meu poema Noturno de Oeiras. Inclusive, no dia seguinte, ele terminou por transformar o jovem governador Rafael Fonteles numa espécie de garoto propaganda do meu poema, ao lhe fotografar ao lado da placa e ao gravar rápido vídeo, com o gestor se referindo ao Noturno.

Após breve descanso, fomos fazer um pequeno passeio turístico. Visitamos o sobrado Major Selemérico, que foi na Oeiras colonial e imperial o Palácio dos Governadores. Vimos os retratos dos presidentes da Província e os governadores do Piauí no período republicano. Vimos a mesa grande, rústica, em que Manuel de Sousa Martins, depois Visconde da Parnaíba, decidiu a adesão do Piauí ao movimento em prol da Independência do Brasil.  É um prédio simples, despojado, sem ostentação de objetos luxuosos, mas em que a história de um tempo antigo parece nos espreitar dos beirais, dos velhos assoalhos, das enrugadas paredes, das frestas dos velhos móveis, da escadaria de pedra.

Estivemos no Solar do Major Doca Nunes, ancestral do ex-governador Wilson Martins. Nesse museu vimos muitos móveis antigos e muitos objetos artísticos, entre os quais belas pinturas e esculturas. Nosso guia exemplar foi o poeta e economista Olavo Braz Barbosa Nunes Filho, que com sua forte e clara voz tudo nos explicava, tudo nos esclarecia, inclusive sobre alguns aspectos da vida familiar de Doca. Muito fiquei honrado quando ele, após elogiar o meu Noturno, me entregou o seu lindo livro/álbum Pedaços de Mim, em que são exibidos textos em prosa e em versos de sua autoria, além de excelentes fotografias autorais de paisagens, plantas, igrejas e obras de arte sacra, sobretudo de Oeiras. 

                Tivemos o prazer de olhar vários compartimentos da vetusta catedral de Nossa Senhora da Vitória. Percorremos sua nave. Vimos velhas imagens de santos. Contemplamos seu retábulo principal, tão bem retratado pelo escritor oeirense Dagoberto de Carvalho Jr., em seu estilo castiço e clássico, em páginas admiráveis, inclusive na sua excelente magna obra Passeio a Oeiras, de cuja sexta edição tive a honra de ser o prefaciador. Visitamos as capelas. Vimos algumas lápides e perguntamos pela do Visconde da Parnaíba, o homem que por maior lapso de tempo governou o Piauí. Uma das pessoas que nos acompanhavam nos informou que o corpo do ilustre oeirense fora enterrado debaixo do altar-mor, mas sem nenhum sinal ou marca, que pudesse indicar o seu jazigo. Seu nome, que não consta em nenhuma lápide, que não encima nenhum epitáfio, contudo está grafado em letras imortais em todos os livros da História Piauiense.

Com a ajuda de guia experiente, devassamos todos os meandros e recônditos do Museu de Arte Sacra, instalado no antigo Palácio dos Bispos. Vimos a Galeria dos Bispos, inclusive do primeiro, Dom Expedito Lopes, que se encontra em processo de beatificação. Fundou o Ginásio Municipal de Oeiras, do qual foi diretor e professor. Sua vida foi tragicamente ceifada, quando servia na Diocese de Garanhuns, pelo padre Hosana de Siqueira e Silva, que se rebelou contra sua admoestação. Seu algoz veio também a ser assassinado algumas décadas depois.

Vimos muitos utensílios sacros, pinturas, esculturas, móveis, além de paramentos de antigos bispos e fotografias. Entretanto, não pudemos ver a famosa e valiosíssima custódia de ouro maciço, cravejada de pedras preciosas, trabalho da mais refinada ourivesaria portuguesa, que, segundo o historiador Pe. Cláudio Melo, fora doada à matriz de Oeiras, no tempo de Tomé de Carvalho, pelo mestre-de-campo Bernardo de Carvalho e Aguiar. Fica guardada em um cofre, em recinto hermeticamente fechado. Essa custódia, que já fora roubada em tempos antigos, só é exibida uma vez por ano, por ocasião da procissão e da missa de Corpus Christie. Segundo Carlos Rubem, quando esse ostensório é levantado na procissão ou na missa, como que um frêmito parece comover os fiéis, numa quase epifania, ousaria dizer. 

À noite, no Cine-Teatro Oeiras, uma das obras marcantes do coronel Orlando Carvalho, foi realizada a sessão especial da Academia Piauiense de Letras e do Instituto Histórico de Oeiras – IHO, de que sou sócio correspondente. Além de membros das duas instituições e pessoas da sociedade oeirense, compareceram várias autoridades, entre as quais o governador, o prefeito municipal, deputados e vereadores. Compuseram a mesa o presidente da APL Zózimo Tavares, o governador Rafael Fonteles, o presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva, o prefeito José Raimundo de Sá Lopes, o presidente da Câmara Municipal, Espedito Martins, o ex-governador Wilson Martins, a presidente do IHO, Inácia Rodrigues Ferreira, o bispo diocesano Dom Edilson Soares Nobre,  o 1º secretário da APL, Fonseca Neto, e os conferencistas Moisés Reis e Reginaldo Miranda.

Foram exibidos o documentário sobre a História da APL (direção e edição de Luciano Klaus, e roteiro de Zózimo Tavares) e o clipoema Noturno de Oeiras, poema de Elmar Carvalho, com produção, fotografias e edição de Inamorato Reis, interpretado por Claucio Gonçalves de Carvalho. Ambos os vídeos foram entusiasticamente aplaudidos.

Moisés Reis, advogado de notável competência e ética,  em nome do IHO, pronunciou um magnífico discurso de recepção, com sua voz pausada, de límpida e bela entonação. Traçou breve panorama da história da Academia, da qual é destacado integrante, e fez a exímia louvação de alguns de seus patronos e membros. Não sou tão humilde a ponto de deixar de transcrever o trecho com que ele me distinguiu:

“E foi assim que o amigo e confrade Elmar Carvalho, filho de Oeiras pelos laços formais de merecido título de cidadania, que já havia se tornado oeirense por coração, vocação, predestinação e devoção, como afirma em seu opúsculo “Oeiras na Alma e no Coração” foi assim, repito, que o prezado confrade, alimentado pelo espírito secular e modelador da alma, interpretou muito bem a característica peculiar, idiossincrásica, do cidadão oeirense, através de seus poemas, crônicas, textos literários e discursos. Quem, desta cidade, não já recitou o seu célebre poema Noturno de Oeiras, ‘navegando na noite de um tempo que não termina?’”

O outro orador da noite foi o grande historiador Reginaldo Miranda, que se houve com não menos brilhantismo, ao pronunciar esplêndida conferência sobre a data magna de 24 de Janeiro, em seu bicentenário. Falou sobre a importância e significado dessa efeméride, quando o brigadeiro Manuel de Sousa Martins encabeçou o movimento que marcou a adesão do Piauí à Independência do Brasil e ao império instituído por D. Pedro I, com a instituição de uma junta governativa, da qual ele era o presidente. Fez vibrante elogio ao inolvidável fato histórico e arrancou entusiasmados aplausos de todos os oeirenses.    

No dia 24, data em que se celebra a adesão do governo do Piauí à Independência do Brasil, os acadêmicos da APL fomos participar da solenidade comemorativa dessa efeméride no Memorial do 24 de Janeiro, em que, além do ato de levantamento das bandeiras do Brasil, pelo governador Rafael Fonteles, do Piauí, pelo ex-governador Wilson Martins (em cujo governo foi erigido o Memorial, com exceção da estátua de bronze do Visconde da Parnaíba) e de Oeiras, pelo prefeito José Raimundo, o governador do Estado depositou uma corbélia de flores aos pés da estátua do brigadeiro Manuel de Sousa Martins.

Após essa cerimônia, fomos ao centro, no carro que conduzia Wilson Martins e o caro José Augusto Nunes, seu primo, antigo caçador (de conversa) na Furna da Onça, dileto amigo, que considero o último Fidalgo da Velha Mocha, onde visitamos a Galeria do Divino, que Olavo Braz criou e instalou, sem ajuda do poder público, em casa de sua propriedade, no entorno da Praça das Vitórias. Todos os objetos de arte sacra exibidos nesse espaço cultural foram por ele adquiridos. Creio tenha ele se inspirado no Museu do Divino de Amarante, criado às expensas do professor Marcelino Leal Barroso de Carvalho, e por este mantido em casa sua, igualmente sem ajuda oficial. Nessa galeria ele também expõe, em chapas de vidro, variados poemas de oeirenses ou sobre a velha cap, entre os quais, para gáudio meu, o Noturno de Oeiras.

Nos dirigimos, guiados pelo incansável e intimorato Carlos Rubem, à Casa de Pólvora, localizada nas cercanias da igreja do Rosário, no bairro de igual nome. É um edifício rústico, com uma única porta de madeira maciça, feito em pedra de cantaria.

Consta que no dia 13 de dezembro de 1822, vários oeirenses encapuzados renderam os guardas, subordinados ao comandante das armas, o português João José da Cunha Fidié, que já se encontrava em Parnaíba, e levaram as armas e munições que encontraram nesse paiol. Deram uma boa surra nos guardas e desapareceram no vão da história, sem que nunca se lhes descobrissem as identidades, pelo que ficaram como heróis anônimos.

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À tarde, após o almoço e breve repouso, iniciamos a viagem de retorno a Teresina, via Regeneração, em que se se contemplam deslumbrantes paisagens, do alto de serras, e se percorre longo trecho da Chapada Grande. Também se veem extensas plantações de soja, que se perdem na linha do horizonte.

Fizemos breve parada turística, afetiva e sentimental em Regeneração, em virtude de que o Des. Oton e eu exercemos por vários anos a magistratura nessa histórica Comarca e de que nela, há várias décadas, o ex-presidente Reginaldo Miranda exerce a advocacia com proficiência, zelo e ética, e também pelo fato de que nós três temos o Título de Cidadãos Honorários dessa cidade e município, outrora vila e aldeamento nos tempos coloniais e imperiais. Reginaldo e o advogado Márcio Freitas, que participou da excursão com o seu filho João Gabriel, jovem bem informado e já um erudito, são casados com regenerenses. O Luciano Klaus gravou breves depoimentos, no entorno da imponente igreja de São Gonçalo, dos confrades Oton, Reginaldo e deste escrevinhador metido a escrivão.

Os acadêmicos Oton Lustosa e Reginaldo Miranda discorreram sobre suas ligações telúricas, afetivas e sentimentais com a cidade, assim como a respeito de suas experiências pessoais e laborais.

Em meu depoimento, recordando os velhos tempos do aldeamento indígena, falei que por ela e nas suas imediações passaram índios alegres, que gostavam de música e de dança; que o próprio padroeiro São Gonçalo fora um santo alegre e festeiro, a tocar sua viola; que os folguedos de São Gonçalo deveriam ser incentivados; que nela passara três a quatro dias, no começo dos anos 70, no apogeu de minha adolescência, tão estuante de vida e entusiasmo, quando nela dançara e namorara; que me batizara regenerense, na ocasião em que na companhia do soldado Raimundinho ou Pereira visitara as nascentes efervescentes do Mulato, a molhar a cabeça com uma cuia e quando recebi o meu Título de Cidadania, proposto pelo vereador Neto Leal. Falei ainda do meu esforço em movimentar com a possível celeridade os inúmeros processos. 

Sugeri ao Klaus fosse feito um documentário da viagem. Notei pela sua evasiva e sorriso maroto que isso já estava planejado por ele e pelo roteirista Zózimo Tavares. Nada mais lhe foi perguntado e nada mais ele disse.

Fizemos nova parada na indefectível Lanchonete Sales, na amorável e aprazível Água Branca do presidente Zózimo.

Em algum ponto da viagem, já nos aproximando de Teresina, de microfone em punho, a Jaqueline Nobre nos convocou a dizermos algumas palavras sobre a viagem. Os que falamos fomos unânimes em dizer que a expedição fora excelente e sem nenhum percalço digno de nota, exceto aquele a que já me referi.

Julgo importante acrescentar que, durante a viagem, se formaram várias rodas de conversas, entre os passageiros que se encontravam em cadeiras vizinhas. Participei de uma roda formada por Reginaldo Miranda, Fonseca Neto e a professora Socorro Barros, da qual vez ou outra participavam Márcio Freitas e João Gabriel Freitas. A conversava girava sobre assuntos diversos e aleatórios, mas com predominância de temas culturais e históricos. Aprendi muito com todos eles.

Encerrando o meu mister de escrivão da viagem, afirmo que não seguirei o exemplo de Pero Vaz de Caminha, que em sua magnífica carta a El-Rei, verdadeira certidão de nascimento do Brasil colonial, fez um pedido de ordem pessoal e aludiu, de maneira insólita, a certas vergonhas. Assim, nada pedirei e terei vergonha suficiente para não falar na vergonha de quem quer que seja.

Ao anoitecer, no estacionamento da Ponte Estaiada, ponto inicial e final da viagem, encontramos a nos esperar os nossos familiares e entes queridos. Como nos velhos filmes: The end.  

(*) Participaram da viagem: Valdenir José da Costa, Jaqueline Nobre, Zózimo Tavares e Regina, Jasmine Malta, Des. Oton Lustosa e Lindaura, Márcio Freitas, João Gabriel, Cremísia, Luciano Klaus, Jairo Moura, Maykon Douglas, Vanize Lemos, Plínio Macedo, Francisco Miguel de Moura e Mécia, Reginaldo Miranda e Maira, Fonseca Neto, Socorro Barros e Elmar Carvalho. Obs.: os acadêmicos Magno Pires, padre Tony Batista e Moisés Reis foram em transporte próprio.  

(*) Poeta e membro da APL.

SENAC de São Raimundo Nonato já formou mais de 25 mil alunos

O SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de São Raimundo Nonato, onde a Academia Piauiense de Letras realizou sua primeira sessão fora de sua sede, em Teresina, é uma das 49 unidades do Sistema SESC/SENAC/Fecomércio no Piauí.

A unidade do SENAC de São Raimundo Nonato foi inaugurada em 1º de outubro de 1998, como Centro de Formação Profissional “Gasparino Ferreira dos Santos”.

Desde a sua criação, este Centro já atendeu cerca de 25 mil alunos/pessoas e diversas empresas em diversos cursos e áreas.

Possui sede própria composta pelos seguintes ambientes: duas salas de aula convencionais, um laboratório de informática, um laboratório de saúde, um laboratório de moda, um laboratório de beleza, um auditório com capacidade para 80 pessoas e salas administrativas e uma cozinha didática – pedagógica, além de biblioteca.

A APL reuniu-se solenemente em 21 de janeiro no auditório Herculano Moraes, que homenageia um dos membros da instituição.

Herculano nasceu em São Raimundo Nonato e foi um dos principais nomes da Literatura Piauiense, destacando-se como incentivador da cultura nos municípios.

Educação profissional

Além dos cursos oferecidos na programação o Senac, a Unidade de São Raimundo Nonato beneficia também a comunidade em atendimentos gratuitos e ações sociais, como: Banco de Oportunidade de Empregos, Rede de cursos à distância (técnicos, de graduação e pós-graduação), Programa Senac Gratuidade, atendimento no Salão de Beleza, Palestras e concessão do auditório para eventos.

Segundo Aloana de Araújo Gomes Negreiro, diretora local do SENAC, desde a sua inauguração, a Unidade do Senac de SRNonato tem demonstrado sua efetiva participação no desenvolvimento tanto das pessoas como de empresas de toda macrorregião, traduzidas em horas de trabalho, seriedade, dinamismo e comprometimento para com a instituição e seus clientes, sempre focados na melhoria dos serviços e, principalmente, na qualidade da educação profissional dos sanraimundenses.

“Ao  assumir  o compromisso de oferecer formação profissional de qualidade, proposta pedagógica eficiente, organizada e unificada nacionalmente, com ambientes pedagógicos modernos, material didático de qualidade, corpo docente e equipe técnica competentes, o Centro de Educação Profissional de São Raimundo Nonato garante há mais de 20 anos a entrega de qualificação profissional sólida, pautada na excelência  para  fortalecer o mercado, fortalecendo igualmente as organizações e o comércio de todo o entorno”, afirmou.

Expansão

Ao todo, o Sistema Sesc/Senac e Fecomércio no Piauí tem 48 unidades fixas no Piauí: Parnaíba e Luís Correia com 10 Unidades; Floriano com 4 Unidades – uma delas de cinco andares em construção; Picos com 4 unidades; SRNonato 2 unidades; São João do Piauí uma unidade; Guaribas uma unidade; Acauã uma unidade; Piripiri duas unidades; Bom Jesus uma unidade; Campo Maior uma unidade; Barras uma unidade; Oeiras uma unidade; Piracuruca, uma unidade; Teresina nove unidades e iniciando a unidade 10; Esperantina – uma unidade em implantação.

A Fecomércio ocupa três prédios – dois em Parnaíba e um em Teresina. Houve um salto na expansão física das instalações da Federação, que, antes da gestão Valdeci Cavalcante (hoje membro da APL) tinha apenas dois prédios do Sesc em Teresina e dois prédios do Sesc em Parnaíba.

O sistema possuía um prédio do Senac em Teresina e outro em Parnaíba. A Fecomércio não possuía sede. Funcionava numa garagem para automóvel de um diretor. Agora são 46 unidades para abrigar todo o Sistema, pois está sendo construído um edifício garagem de 4 andares na Rua Simplício Mendes-N.

Boa formação

Os cursos oferecidos nessas unidades são nas áreas de Gestão, Comércio, Turismo e Hospitalidade, Conservação e zeladoria, Imagem Pessoal, Informática, Comunicação, Design, Artes, Tecnologia Educacional, Idiomas, Educação Ambiental e Saúde.

O SENAC é bastante procurado por empresas para encaminhamento de ex-alunos a emprego. Esta procura deve-se à boa formação profissional recebida pelo aluno, atendendo ao projeto pedagógico da instituição que qualifica o profissional conforme o perfil exigido pelo mercado de trabalho.

Curso de Design Interior no Senac SRN (2021).
Aloana Negreiro, gerente do Senac SRN.
Acadêmicos Fonseca Neto, Plínio Macêdo, Zózimo Tavares e Elmar Carvalho à entrada do auditório.
APL reunida no auditório Herculano Moraes, no Senac SRN.
Fachada do Senac SRN, no centro da cidade.

Niède Guidon recebe diploma da APL

A arqueóloga e cientista Niéde Guidon recebeu o diploma de membro da Academia Piauiense de Letras durante a visita oficial da instituição ao município de São Raimundo Nonato, dias 21 e 22 passados.

O documento foi entregue no escritório da residência da acadêmica, situada na área do Museu do Homem Americano, tendo em vista que ela, por motivo de saúde, não pôde participar da sessão realizada no auditório do Senac de São Raimundo Nonato.

A cientista tomou posse na Cadeira 24 da Academia Piauiense de Letras em 27 de novembro de 2020.

A sessão para sua posse foi realizada no formato virtual, em função da pandemia da Covid-19, daí porque o diploma não foi entregue na ocasião.

Niéde Guidon recebeu seu diploma das mãos do presidente da APL, Zózimo Tavares, que estava acompanhado dos acadêmicos Fonseca Neto (1º secretário), Oton Lustosa e Plínio da Silva Macêdo.

Além do diploma, ela recebeu também a veste acadêmica, em cerimônia reservada da qual participaram ainda a professora Rosa Trakalo, da Fundação Museu do Homem Americano, e a empresária Socorro Macedo.