A presidente da Academia Piauiense de Letras, Fides Angélica Ommati, vai receber amanhã (5), às 10h, a Medalha Mérito Cultural, no auditório Liz Medeiros, do Conselho Estadual de Cultura do Piauí.
A honraria é concedida a pessoas que tenham contribuído significativamente para o desenvolvimento cultural do Estado do Piauí.
O acadêmico, economista e fotógrafo, Felipe Mendes, participou, na tarde de terça-feira (22), de um bate-papo com estudantes da disciplina de Fotografia, Fotojornalismo e Sociologia da Comunicação, do curso de jornalismo da UFPI.
Felipe Mendes relatou como iniciou na produção de imagens, a experiência com câmeras e viagens que resultaram em registros fotográficos das nascentes do Rio Parnaíba, o litoral e interior piauiense, Serra da Capivara e a da Amazônia.
O acadêmico falou sobre sua participação:
“A ideia central foi a transição de um texto escrito, o livro de economia piauiense, para imagens da economia, ou seja, uma imagem vale mais do que mil palavras, a experiência de escrever com a fotografia”.
Na oportunidade, Felipe Mendes fez uma doação de 23 livros de arte e fotografia para a biblioteca setorial do CCE.
A Academia Piauiense de Letras, em parceria com a Secretaria de Educação (Seduc) e o Conselho Estadual de Cultura, comemora, amanhã (25) e sábado (26), o centenário de A. Tito Filho, escritor, crítico literário, professor, ex-presidente da APL e ex-secretário de Educação do Piauí.
A solenidade de amanhã acontecerá no prédio do Liceu Piauiense, onde o acadêmico foi uma figura marcante, e terá a coordenação da Seduc.
Durante a solenidade, um concurso literário, de conto, crônica e poesia, será lançado, juntamente com o respectivo edital.
Dia 26, a celebração vai ocorrer na APL, oportunidade em que serão lançadas duas obras sobre o homenageado.
A presidente da APL, Fides Angélica Ommati, falou da importância da celebração:
“É com grande alegria que convido a todos a se juntarem a nós para celebrar este centenário e homenagear A. Tito Filho, um dos maiores escritores que nosso Piauí já teve a honra de ter. Que sua inspiração continue a guiar e encantar os piauienses por muitos e muitos anos!”
Mário Faustino dos Santos e Silva, ocupante da cadeira 40 da Academia Piauiense de Letras, nasceu em 23 de outubro de 1930, em Teresina- Piauí e faleceu em 27 de novembro de 1962, em Lima, no Peru. Jornalista, poeta e crítico literário. Iniciou a sua militância jornalística no jornal A Província do Pará, escrevendo crônicas, críticas literárias e editoriais. Em 1951, viajou pelos EUA, onde estagiou nos grandes jornais americanos. Em 1953, esteve na Europa integrando uma embaixada universitária. Falava fluentemente o inglês, o francês, o alemão, o italiano e o espanhol. Radicou-se no Rio de Janeiro, onde foi editorialista do Jornal do Brasil e chefe do Suplemento Literário. Fez parte do Departamento de Informações da ONU, em Nova Iorque.
Em virtude da celebração do Dia do Piauí e do 172º aniversário de Teresina, a Academia Piauiense de Letras, realizará, neste sábado (19), às 10h, uma Solenidade Especial comemorativa às datas com palestras de acadêmicos da Instituição.
Há 97 anos nascia o poeta H. Dobal, ocupante da Cadeira 10, da Academia Piauiense de Letras.
O poeta nasceu em Teresina, em 1927, e faleceu em sua terra natal, em 22 de maio de 2008. Nos últimos anos de sua vida enfrentou o Mal de Parkinson.
Além de poeta, foi cronista e professor. Formou-se na turma de 1952 da Faculdade de Direito do Piauí. Era auditor fiscal do Ministério da Fazenda. Exerceu suas atividades funcionais no Rio de Janeiro e em Brasília. Morou em Londres e Berlim.
Dobal ingressou na atividade cultural como membro do Movimento Meridiano, que se reunia em torno de uma revista literária com o mesmo nome. O grupo era liderado pelo professor M. Paulo Nunes e dele faziam parte ainda O. G. Rego de Carvalho, Eustachio Portella e Vitor Gonçalves Neto, entre outros.
Publicou seu primeiro livro, “O Tempo Consequente”, em 1966 e com a segunda obra, “O Dia Sem Presságios” (1970), conquistou o Prêmio Jorge de Lima, do Instituto Nacional do Livro.
Sobre “O Tempo Consequente”, escreveu Manuel Bandeira: “Poeta ecumênico, chamou Odylo a Dobal no seu tão belo e compreensivo estudo apresentando o novo poeta. Mas eu prefiro dizer o poeta total, o poeta por excelência … Só mesmo um poeta “ecumênico” como Dobal podia fixar a sua província com expressão tão exata, a um tempo tão fresca e tão seca, despojada de quaisquer sentimentalidades, mas rica do sentimento profundo, visceral da terra.”
Obra completa
A Academia Piauiense de Letras publicou a Obra Completa de Dobal (Poesia). É volume 104 da Coleção Centenário.
A obra é composta dos livros “O Tempo Consequente” (1966); “As Formas Incompletas”; ‘O Dia Sem Presságios” (1970); “A Província Deserta”; “A Serra das Confusões” (1978); “A Cidade Substituída”(1978); “Os Signos e as Siglas” (1987) e “Ephemera” (1995).
O acadêmico Odilon Nunes nasceu em Amarante, em 10 de outubro de 1899 e faleceu em Teresina, em 22 de agosto de 1989.
Foi professor e historiador brasileiro, membro da Academia Piauiense de Letras. Primeiro ocupante da cadeira 34, cujo patrono é Anísio Brito.
Na carreira de professor, em Teresina, exerceu a direção da Escola Normal Oficial do Estado e do Liceu Piauiense, duas das mais tradicionais escolas do Piauí.
Foi também Inspetor Técnico do Ensino, coordenador do Censo Estatístico Escolar, diretor da Instrução Pública do Estado e membro do Conselho Estadual de Educação. Como historiador nos legou grandes obras de estudo e pesquisa sobre a história piauiense.
Apaixonado pela historiografia dedicou-se com muito zelo à pesquisa histórica e abriu canais de informação em obra de repercussão nacional.
Realizou pesquisas às fontes primárias, quando possível, e abriu clareza em passagens até então obscuras de nossa história. Sua obra está credenciada e é considerada divisor de águas na historiografia piauiense, por realizar pesquisa criteriosa.
Um analista profundo que prestigiava a fonte documental e cotejava-a com outros dados de pesquisa.
A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí designou o Museu do Piauí com o nome do historiador. A Prefeitura de Teresina criou um centro de formação educacional com o seu nome e a Câmara Municipal o homenageou com o nome de uma rua.
O Piauí reconhece o trabalho e sua obra vem merecendo apreciação de muitos intelectuais, a cada dia aumentando sua fortuna crítica.
Para celebrar o Dia do Cordel, expressão cultural que ocupa uma posição relevante no cenário cultural e literário do país, a Academia Piauiense de Letras vai celebrar a data com uma rica programação, neste sábado (28), às 10h, no auditório Acadêmico Wilson de Andrade Brandão.
O evento terá um roteiro diversificado com exposição, palestras de especialistas, diálogos com os artistas, recitais de cordéis e participação dos cordelistas Francisco Almeida, Raimundo Clementino, bem como a presença do presidente da cordelaria Chapada do Corisco, Joames, Marina Campelo, declamador Joaquim da Mata e os repentistas Agamenon e Nonatinho, proporcionando aos participantes um espaço para apreciar a sabedoria e a imaginação nordestina de tecer o bom combate.
O encontro será uma oportunidade para cordelistas, escritores e admiradores dessa arte trocarem experiências e discutirem a produção e divulgação dos folhetos de cordel.
CORDEL: Instituída como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 19 de setembro de 2018, já o Repente recebeu o título em novembro de 2021.
De origem popular, o cordel é um tipo de poesia narrativa que aborda temas do cotidiano, passando mensagens e ensinamentos de forma simples e direta.
Com o passar dos anos, esse estilo ganhou reconhecimento e se espalhou por todo o país, contando também com influências de outros gêneros literários.
Com versos rimados e ritmo marcante, o cordel é uma importante ferramenta de preservação da cultura e da memória do povo brasileiro, abordando temas como amores, desafios, lendas e até mesmo acontecimentos históricos.
O livro Cartografias do Prazer: corpo, boemia e prostituição em Teresina (1930 -1970), de autoria de Bernardo Pereira de Sá Filho, foi lançado sábado (14), às 10h, na Academia Piauiense de Letras. A obra foi apresentada pelo acadêmico Fonseca Neto.
Bernardo Sá falou sobre o sentimento em lançar o seu livro na Academia Piauiense de Letras.
“A academia é a instituição mais representativa da produção literária e também historiográfica do nosso estado. É a instituição primeira, centenária, então é orgulho para qualquer escritor lançar uma obra nesta casa de tantos escritores e historiadores como Monsenhor Chaves, Higino Cunha e muita gente importante, como os atuais também. Eu me sinto muito honrado em estar lançando meu segundo livro neste lugar tão especial”, enfatizou.
O evento foi prestigiado por acadêmicos, autoridades, intelectuais, historiadores, amigos e familiares do escritor.
A publicação analisa a boemia e a prostituição em Teresina, dos anos 1930 a 1970, período em que se intensifica o processo de urbanização, com algumas políticas públicas voltadas para a modernização.
Sobre o autor – Bernardo Pereira de Sá Filho é natural de Esperantina (PI). Graduado e mestre em História pela Universidade Federal do Piauí. Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em História do Brasil (PUC-MG); Especialista em História do Piauí (UFPI). Professor do Departamento de História, da UFPI. Coautor dos livros Tribunal de Contas do Piauí: narrativas sobre uma História Centenária (1899 – 2022), Cidades Brasileiras, História em Poliedros, História de Vário Feitio e Circunstância e Apontamentos para uma História Cultural do Piauí.
A Comissão de Literatura da Academia Piauiense de Letras participou, hoje (10), de uma reunião com a Gerência de Formação da SEDUC (GEFOR). O encontro tinha o intuito de avaliar o percurso formativo em literatura piauiense.
A reunião contou com a participação da presidente da APL, Fides Angélica Ommati, do acadêmico e coordenador da Comissão, Carlos Evandro Eulálio, da primeira secretária da APL, Socorro Rios Magalhães, do acadêmico Zózimo Tavares e das professoras Rosimar Soares Costa e Pollyana Ayremoraes, da gerência de formação da Secretaria de Educação do Piauí (SEDUC).
Clodoaldo Freitas (07.09.1855, Oeiras – 29.06.1924, Teresina), cujo nome completo era Clodoaldo Severo Conrado Freitas, bacharelou-se na Faculdade de Direito de Recife, em 1880.
Foi magistrado, jornalista, político, poeta, ensaísta, historiador, romancista e cronista.
Sua atuação sociocultural não se restringiu apenas ao Piauí e Pernambuco: estendeu-se por outros estados (Amazonas, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro), tendo residido em alguns desses estados e ajudado a fundar a Academia Maranhense de Letras, da qual era membro.
Começou com “Os Fatores do Coelhado”, 1892, obra política, e entrou pela história com “História do Piauí” (sinopse), 1902; “Vultos Piauienses” (apontamentos crítico-biográficos), 1903; “Memórias de um Velho”, romance publicado em rodapés do jornal “Pátria”, em 1905; “O Bequimão”, 1908; “Em Roda dos Fatos”, 1911; e “Contos a Teresa”, 1915.
Na sua História da Faculdade de Direito do Recife, Clóvis Beviláqua (1859-1944) assim se expressa a respeito de Clodoaldo:
“Inteligência superior, possuindo largo preparo literário e filosófico, tendo-se ensaiado em várias direções, (…) foi principalmente jornalista vivaz, solerte, elegante e maleável, para quem não havia assunto árido, e cuja pena mais se enriquecia em vibrações e mais se aligeirava no produzir, quanto mais dela exigiam a circunstâncias.”
Hoje é uma data importante para o nosso país, comemoramos a independência do Brasil. Na Academia Piauiense de Letras, escritores e acadêmicos compreendem que a independência também é uma conquista cultural e intelectual. Desde a fundação desta casa, em 1917, lutamos por um país com mais educação, mais acesso à cultura e reconhecimento da nossa literatura. É por isso que hoje é um motivo de orgulho e inspiração.
Enquanto piauienses e brasileiros, temos o compromisso de continuar escrevendo a nossa história e construindo um país cada vez mais justo e desenvolvido. Neste dia, prestamos homenagem aos nossos heróis da independência, mas também celebramos o papel da nossa literatura e da nossa cultura na construção da nossa identidade.
Que neste dia, possamos renovar nossas energias e seguir em frente com a certeza de que cada letra e cada palavra escrita por nós faz a diferença na construção do nosso país.