Seduc lança projeto que leva Literatura Piauiense às escolas

A história da Literatura Piauiense foi contada, nesta segunda-feira (18) pela professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães, na aula inaugural do projeto de Leitura Literária intitulado “Conhecendo a Literatura de Expressão Piauiense”, da Secretaria Estadual de Educação.

Professores, acadêmicos, superintendentes, gerentes, diretores de escolas e estudantes acompanharam a aula, no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiências Visuais (CAP), localizado no bairro Monte Castelo, zona Sul de Teresina.

O evento marcou o lançamento do Projeto Literatura de Expressão Piauiense nas Escolas: potencialidades para a formação de estudantes leitores”.

Na abertura, o secretário de Educação, Washington Bandeira, destacou que o programa será um fortalecimento do ensino e aprendizagem da literatura piauiense nas escolas da rede estadual, em parceria com a Academia Piauiense de Letras (APL).

O presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, afirmou que o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, assumia uma nova postura em relação ao ensino de Literatura Piauiense.

Formação e importância da Literatura

Na aula que ministrou a seguir, a professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães discorreu sobre as origens da Literatura Piauiense, sua evolução e a importância das obras literárias para o desenvolvimento cultural e social do Piauí.

Além do presidente da APL e da palestrante, estiveram presentes os acadêmicos Magno Pires (vice-presidente da APL), Felipe Mendes, Teresinha Queiroz e Fides Angélica (presidente eleita da Academia).

Também participou do lançamento do projeto de leitura literária o deputado federal Merlong Solano (PT).

Ele é o autor da lei que recomenda que pelo menos 30% das obras paradidáticas adotadas pelas escolas públicas e privadas do Piauí devem ser de autores locais.

Aula pública abre nesta segunda Projeto de Literatura Piauiense na Escola

Uma aula pública a ser ministrada pela professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães marcará, nesta segunda-feira (18/12), o lançamento do Projeto “Literatura de Expressão Piauiense nas Escolas: Potencialidades para a Formação de Estudantes Leitores”.

O projeto é da Secretaria Estadual de Educação, em parceria com a Academia Piauiense de Letras.

A aula de Leitura Literária “Conhecendo a Literatura de Expressão Piauiense” será ministrada a partir das 9h, no Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), situado na Rua Desembargador Mota, S/N, bairro Monte Castelo, perto da Av. Barão de Castelo Branco.

A professora Elenice Nery será a mediadora.

O projeto

O projeto será executado no período de dezembro 2023 a novembro de 2024.

Esta primeira etapa compreende a formação de formação de professores de Língua Portuguesa.

A segunda etapa estará voltada para o desenvolvimento do projeto, tendo como público-alvo professores de Língua Portuguesa e estudantes das escolas da Rede Pública Estadual de Ensino do Piauí.

Conforme o presidente da APL, Zózimo Tavares, com essa iniciativa o secretário de Educação, Washington Bandeira, e sua equipe põem em prática um compromisso público de valorização e fortalecimento da Literatura Piauiense.

Fides Angélica é eleita para presidir a APL

A Academia Piauiense de Letras elegeu neste sábado (16/12) sua Diretoria para o biênio 2024-2026.

A atual secretária geral da APL, Fides Angélica, é a nova presidente da instituição. Ela encabeçou uma chapa de consenso.

O acadêmico Fonseca Neto, atual 1º secretário, foi eleito vice-presidente.

A acadêmica Socorro Rios Magalhães é a 1ª secretária.

O acadêmico Magno Pires, atual vice-presidente, foi eleito secretário geral.

O novo tesoureiro é o acadêmico Reginaldo Miranda, ex-presidente da APL.

A posse da nova diretoria ocorrerá em 24 de janeiro do próximo ano.

O presidente da Academia, Zózimo Tavares, eleito como 2º secretário da nova diretoria, agradeceu a participação dos acadêmicos e cumprimentou os eleitos.

Ele disse que a APL está fazendo história, mais uma vez, ao eleger uma mulher para presidir a instituição e outra como secretária.

A Comissão Eleitoral foi composta pelos acadêmicos Elmar Carvalho (presidente), Carlos Evandro e Felipe Mendes (secretários).

A nova presidente da APL ocupa a Cadeira 40, que tem como patrono o poeta Mário Faustino. Ela é advogada, procuradora do estado, professora, conferencista e escritora. Natural de Floriano, tomou posse na APL em 26 de agosto de 1994.

APL faz eleição neste sábado para renovar Diretoria

A Academia Piauiense de Letras realiza, neste sábado (16/12), eleição para renovação de sua Diretoria.

A votação será processada no horário de 8 às 11, na sede da instituição, na Avenida Miguel Rosa, 3.300. A apuração será em seguida.

Os acadêmicos que residem fora de Teresina ou que estão viajando puderam votar pelos Correios.

A Chapa

Uma chapa de consenso foi inscrita para a eleição deste sábado. Ela é encabeçada pela atual secretária geral da APL, Fides Angélica, que concorrerá à presidência.

O candidato a vice-presidente é o acadêmico Fonseca Neto, atual 1º secretário da APL.

A acadêmica Socorro Rios Magalhães é candidata a 1ª secretária.

O candidato a secretário-geral é o acadêmico Magno Pires, atual vice-presidente.

O candidato a tesoureiro é o acadêmico Reginaldo Miranda, ex-presidente da APL.

O atual presidente da Academia, Zózimo Tavares, está inscrito como candidato a 2º secretário.

O mandato da diretoria da APL é de dois anos. Os eleitos tomam posse em 24 de janeiro.

Jonathas Nunes ganha prêmio nacional de crônica

O professor e acadêmico Jonathas Nunes foi o vencedor do Concurso Nacional de Crônica 2023, coordenado nacionalmente pela Associação dos Jornalistas e Escritores do Brasil (AJEB), sediada no Rio de Janeiro.

O edital do Concurso sobre “A literatura regionalista do Nordeste” foi lançado em 2022, sendo realizado este ano.

Jonathas Nunes inscreveu a crônica “A criança que escrevia com as duas mãos”, vencedora do concurso.

O troféu, o colar e a medalha da premiação foram encaminhados para a Academia Piauiense de Letras para serem entregues a Jonathas Nunes.

O presidente da APL, Zózimo Tavares, parabenizou o acadêmico pela conquista literária.

Leia a crônica premiada:

A criança que escrevia com as duas mãos!

                                                      Jonathas Nunes

Nasci canhoto. Fui alfabetizado, escrevendo com a mão esquerda. Os primeiros chutes com bola de pano e de borracha eram instintivamente com o pé esquerdo. A perna direita não tem muita força, nem jeito.  Chute certeiro só com o pé esquerdo. Nas competições de queda de braço, apoiava logo o cotovelo esquerdo sobre a mesa ou peitoril, e até meninos mais altos e mais fortes acabavam perdendo pra mim. Já com a direita, era visível a “capitis diminutio”. Rabo-de-saia da mãe, o hábito é reforçado com a preferência do pai pelo mano mais velho para recado, mensagens, ida à rua, ida ao Puçá, e até viagem a Teresina a serviço.

Desde ainda bem pequeno, minha mãe era, de longe e de perto, a pessoa que mais me cativava. Aos sete ou oito anos de idade, num daqueles fins de tarde, na varanda do Cansanção, em Floriano, ela conversa com algumas pessoas de fora, e, lá pelas tantas, se sai com essa: “Doutor Demerval me disse que o Jontinha (meu apelido familiar) “tem o coração dilatado”. Próximo a ela, ouvi bem a afirmação de minha mãe comigo. Guardei-a sem entender do assunto. A tristeza, em tom de lamento, da palavra materna, de alguma forma excita um par de neurônios na mente daquela criança pela vida afora.

Nas sessões de ginástica de maior esforço físico, na Escola Preparatória, na AMAN, e já Oficial à frente de tropa, invariavelmente, traziam à tona a história do menino do “coração dilatado”. Já tenente em Amaralina, Salvador (BA), numa dessas lembranças, decidi, por precaução e também pra tirar a “prova dos nove”, ser chegada a hora de procurar um médico especialista em coração. Fi-lo com o justo receio de que, em havendo algo mais grave, estaria com a carreira militar comprometida. Agendei a consulta. Consultório bem ali na avenida Sete de Setembro, Centro de Salvador. Explico ao médico o motivo de minha ida ao consultório; este ausculta e manda me deitar numa mesa; não me lembro se chegou a tirar radiografia. Passou algum tempo me auscultando, sem dizer palavra. Não perguntou nada que me chamasse atenção. Ao final, a explanação feita me deixa ainda mais intrigado. Disse: “tenente, até uns vinte anos atrás, a anomalia que você tem era considerada uma doença. Hoje, porém, este fato é considerado apenas uma anomalia congênita. O problema é o seguinte:  as pessoas em geral imaginam que a gente nasce com o músculo cardíaco do lado esquerdo do peito; não é verdade. A posição do músculo cardíaco é rigorosamente no centro da caixa torácica; a extremidade inferior, no entanto, é ligeiramente voltada para a esquerda. Ao palpitar com mais intensidade, a vibração mais acentuada da parte inferior dá a sensação de que o coração como um todo fica do lado esquerdo. No seu caso, porém, o coração como um todo, e não apenas a extremidade inferior, é ligeiramente voltado para a esquerda, dando a impressão de que ele assim está, por efeito de alguma dilatação, o que não é verdade.  Trata-se simplesmente de uma conformação genética”.

Após deixar o consultório, viajo no tempo, aos primeiros dias de internato no Seminário Menor em Teresina. Ao me ver escrevendo com a mão esquerda, o Prefeito Isidoro, Seminarista do último ano, vira-se pra mim em tom de admoestação, e diz: “…olhe… dizem que quem escreve com a mão esquerda tem pauta com o diabo”. Aos treze anos de idade, longe da família, só gente estranha em volta, sinto-me emocionalmente aturdido. Disse pra mim mesmo: “É, desse jeito, vou ter que tentar aprender a escrever com a mão direita”. Na época, o internato funcionava como se cada seminarista fosse uma espécie de redoma de vidro em que a gente vê todo mundo e todo mundo vê a gente, mas sem se falar, a não ser na breve hora do recreio ao meio dia e a noite, após o jantar, e ainda assim, em voz comedida. Pergunta, confusão, dúvida começava na gente, rodopiava dentro da gente e acabava na gente.

Deixar a mão esquerda e reaprender tudo com a direita, por pouco não me custou caro. Discuto o assunto demoradamente. Comigo mesmo. E assim, aos treze anos, parto para o desafio de tentar desenvolver o hemisfério esquerdo do cérebro, responsável pelo lado direito do corpo. Mal sabia eu que os circuitos neurais desses dois hemisférios se cruzam na altura das cordas vocais. Foi o que aconteceu. Mensagens com direções conflitantes se cruzando na altura da garganta, e me põem em situação difícil na pronúncia de fonemas diversos. O Centro Acadêmico Dom Joaquim, se reunia às quintas feiras, à noite, na hora do recreio, no pátio interno do seminário. Conduzido pelo seminarista-chefe, este escalava o orador para de improviso falar sobre algum assunto indicado ou deixado a critério. Passei meses com visível dificuldade na pronúncia de certas palavras na Tribuna. A princípio atribuí o fato ao nervosismo da hora. Cheguei a imaginar que eu estava começando a ficar meio gago, e ainda assim, sem atinar a causa.  A dificuldade em emitir um fonema, me leva a trocar uma palavra por outra, gerando sensação de dislalia.

Já adulto, fui tomando conhecimento de que ao tentar escrever com a mão direita, em oposição ao circuito neural da esquerda, mensagens oriundas dos dois hemisférios do cérebro acabam “se embaralhando” na altura das cordas vocais. Anos após, soube que a dislalia, tal como um dos futuros pokémons do netinho Tutu, bem poderia ter evoluído para algo irreversível. Uma vez mais, o “esforço interior solitário” do adolescente de treze anos estava conseguindo remover … “uma pedra no meio do caminho”.

Duas décadas, após, me vejo matriculado no King´s College da London University. Era um prédio antigo, de uns oito andares, situado ali na Strand, uns quinhentos metros da Trafalgar Square. Integro o Departamento de Matemática Aplicada, e, como estudante de Doutorado, disponho de um bureau no “room F”, sala onde ficavam outros onze estudantes nessa mesma situação. Quem me apresentou pela primeira vez a esses novos colegas foi o amigo brasileiro Marcos Duarte Maia, que eu conhecera ainda em Brasília e me ajudou muito em detalhes da ida para Londres. O Marcos já estava com dois anos no King´s quando lá cheguei. 

Voltando ao assunto da mão esquerda: estava eu já com alguns meses na Universidade, trabalhando no meu bureau, no Room F, quando, certa feita, entram dois Senhores querendo falar comigo. Ao me abordar, foram logo dizendo o seguinte: “Mr. Nunes, olhe, nós pertencemos ao Departamento de Psicologia da Universidade, e tomamos conhecimento que você tem habilidade para escrever com as duas mãos. Gostaríamos então de fazer algumas perguntas, sobre esse assunto:

1) – com qual mão comecei a escrever;

2) – o que me fez escrever com a outra mão;

3) – se ao longo da vida tive algum problema ou dificuldade para falar;

4) – se eu escrevo com as duas mãos indistintamente;

5) – se a grafia das mãos é diferente uma da outra;

6) – se eu escrevo indistintamente com as duas mãos a mesma palavra, ao mesmo tempo.

E a pergunta final: se escrevo ao mesmo tempo com as duas mãos palavras diferentes, o que é impossível.

A visita londrina de dois especialistas me leva de volta aos treze anos, no Internato de Teresina, e me dou conta de que por pura ironia do destino acabei, ainda criança, servindo de cobaia para uma experiência rara na espécie humana.

Anos depois, me vejo de volta a Teresina, já agora como Professor Titular de Física na UFPI. Muita gente ficava espantada com o fato inusitado de escrever igualmente com as duas mãos. Na aula, no lado esquerdo, uso mais a direita e no lado direito uso mais a esquerda. Não demorou muito e observei que este fato estava me fazendo mais conhecido na UFPI do que ser o primeiro PhD no Centro de Ciências da Natureza. Antes de saberem meu nome, estava ficando conhecido como o professor que escreve com as duas mãos. Muitos alunos e até professores indagavam sobre o fato de eu escrever com as duas mãos, ao mesmo tempo. Invariavelmente respondia:       “Olhe, pelo amor de Deus, não vá querer me imitar, pois o risco de adquirir sequela na fala é razoavelmente elevado”. Dito isto, voltava à ladainha dos treze anos. Entrementes, os alunos não davam trégua. E ao utilizar o quadro negro em sala de aula, muitas vezes começava a escrever com a mão direita do lado esquerdo e terminava com a esquerda do lado direito. A turma endoidava.

Acadêmico Jonathas Nunes recebe premiação da AJEB-RJ.

Ensino de Literatura Piauiense começa pela formação de professores

O professor e acadêmico Carlos Evandro representou a Academia Piauiense de Letras em mais uma reunião de trabalho da equipe da Secretaria Estadual de Educação que está trabalhando o projeto de implantação do ensino de Literatura Piauiense na rede estadual de ensino.

A reunião foi realizada no último dia 27 de novembro, na sede da Secretaria de Educação.

A primeira fase do trabalho está voltada para a formação de professores que lidarão com a disciplina. Nesse sentido, a equipe da Seduc, à frente as professoras Shirley e Silvia, apresentou ao acadêmico a minuta do “Projeto de Leitura Literária: Conhecendo a Literatura de Expressão Piauiense”.

O projeto será lançado oportunamente pelo secretário de Educação, Washington Bandeira, durante aula pública a ser ministrada pela acadêmica Socorro Rios Magalhães, professora e doutora em Literatura.

A implantação do ensino de Literatura Piauiense vem sendo defendida em campanha da APL lançada em 2020.

Homero lança novo livro de memórias

“A Casa dos 80” é o título do novo livro do economista e acadêmico Homero Castelo Branco.

Trata-se de uma obra de memórias, editado pela Nova Aliança, com lembranças, reflexões e tiradas de humor sobre a vida do autor.

O livro é ilustrado com fotografias de seu 80º aniversário de vida, comemorado em Teresina em abril deste ano.

Homero Castelo Branco nasceu em 1943, em Amarante. Viveu sua infância em Teresina, Altos e Luzilândia. Passou a juventude em Campos Sales, Quixadá e Fortaleza, no Ceará.

Formado em Economia, pela Universidade Federal do Ceará, retornou para Teresina no final da década de 1960 e passou a trabalhar na Coordenação de Desenvolvimento Econômico do Piauí (Codese), precursora da Secretaria Estadual de Planejamento.

Trabalhou ainda como professor da Escola Técnica Federal do Piauí (hoje IFPI) e do Colégio Leão XIII.

Foi secretário de Planejamento de Teresina e, daí, entrou para a política, no início da década de 1970, vindo a exercer oito mandatos de deputado estadual.

Também exerceu os cargos de secretário de Estado em três oportunidades, em diferentes pastas e governos.

É membro da Academia Piauiense de Letras, onde ocupa a Cadeira 31, e do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí, entre outras instituições literárias.

Publicou livros com variada temática, percorrendo vários gêneros literários – crônica, conto, história e memória.

Capa do novo livro de Homero Castelo Branco.

Municípios do Piauí são os que menos investem em cultura, diz IBGE

Os municípios piauienses reduziram os investimentos em cultura nos anos de 2020 e 2021.

A redução dos investimentos das prefeituras na área cultural ocorreu em função da pandemia da Covid-19.

Em 2022, os governos municipais do estado do Piauí retomaram os investimentos em cultura com um incremento de cerca de R$ 56,2 milhões a mais (+205%), tendo passado de R$ 27,4 milhões, em 2021, para R$ 83,7 milhões, em 2021.

Na série histórica de 2012 a 2022, a participação dos investimentos em cultura por parte das prefeituras piauienses sempre ficou em torno de 1% do total de gastos dos municípios do país. 

Na lanterna

No ano de 2022, os governos municipais do Piauí despenderam cerca de R$ 83,7 milhões com cultura.

Naquele ano, os municípios da região Nordeste despenderam um total de R$ 2,34 bilhões em atividades culturais e a participação dos municípios piauienses no total da região foi de cerca de 3,5%, o menor indicador do Nordeste.

As informações foram divulgadas pelo IBGE através da publicação “Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2011-2022”.

A pesquisa tem o propósito de produzir informações estatísticas, indicadores e análise de informações do setor cultural do país, de forma a trazer subsídios para o planejamento e a tomada de decisões em políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da cultura. 

Maiores investimentos

Com relação ao Brasil, os municípios de todo o país despenderam um total de R$ 8,04 bilhões e a participação dos municípios piauienses representou cerca de 1%, o que posicionou o estado com o 21º. indicador do país.

Os estados da região Nordeste cujos governos municipais mais investiram em cultura foram a Bahia, com R$ 671,3 milhões, o equivalente a 28,61% do total da região e 8,3% do país, e Pernambuco, com R$ 482,2 milhões, o equivalente a 20,5% do total da região e 6% do país.

No Brasil, o estado cujos governos municipais mais investiram em cultura foi São Paulo, com R$ 2,01 bilhões, o que representava cerca de 25% do total de investimento no país. 

(Com informações do IBGE)

Em discurso de recepção, Felipe Mendes destaca trajetória de Jesus Tajra

No discurso de saudação ao novo membro da Academia Piauiense de Letras, Jesus Tajra, o acadêmico Felipe Mendes de Oliveira destacou sua trajetória desde os tempos de estudante à sua aprovação em concurso público para o cargo de auditor da Receita Federal.

Também citou sua presença no magistério, ainda jovem, como professor da Faculdade de Direito do Piauí, e sua militância no jornalismo.

Sobre a vida pública do novo acadêmico, o orador lembrou sua atuação como deputado estadual, secretário de Estado e prefeito de Teresina.

Na Constituinte

Felipe Mendes recordou ainda a convivência com Jesus Tajra na Assembleia Nacional Constituinte, como representantes do Piauí, e destacou o seu espírito empreendedor, como diretor da Rádio Pioneira por 20 anos e fundador da TV Cidade Verde.

Finalmente, citou as obras publicadas pelo novo acadêmico, entre elas Memórias da Constituinte, editada nos 20 anos de promulgação da nova carta constitucional.

Jesus Tajra tomou posse na Cadeira 39 da APL em cerimônia realizada na noite de quarta-feira (6/12), no auditório da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi).

Segue, na íntegra, o discurso de Felipe Mendes.

CLIQUE E LEIA O DISCURSO

Academia recebe Jesus Tajra na Cadeira 39

A Academia Piauiense de Letras recebeu ontem (6/12) à noite, como novo ocupante da Cadeira 39, o advogado, empresário e jornalista Jesus Tajra, de 91 anos.

A cerimônia de posse foi realizada no auditório da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi) e foi conduzida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares.

A Cadeira 39 tem como patrono o poeta José Newton de Freitas e seu primeiro ocupante o jurista, professor e escritor Celso Barros Coelho, que faleceu em julho passado, aos 101 anos de idade.

Emoção

Em seu discurso de posse, Jesus Tajra fez o elogio de seu antecessor, que foi seu professor, e lembrou a vinda de Celso Barros – de Uruçuí para Teresina -, de balsa, pelo rio Parnaíba, no final da década de 1930, para estudar no seminário.

Após citar esta passagem, ele afirmou que chega à Academia “percorrendo o rio da vida, já com as margens alargadas e a balsa carregada com uma rica experiência de vida”.

O novo acadêmico concluiu sua oração com uma citação de Celso Barros, quando ele discorria sobre os 75 anos da APL: “A Academia adquire duas formas na sua dimensão histórica: os mortos que continuam vivos e os vivos que sonham com a imortalidade”.

E completou, em tom emocionado: “Então, Celso vive! E eu fico aqui, agora, sonhando com a imortalidade”.

Trajetória

O discurso de saudação foi proferido pelo acadêmico Felipe Mendes de Oliveira.

Ele lembrou que, em mais de 50 anos de amizade, “nós estamos juntos em dois livros importantes.  Um deles, Piauí: formação, desenvolvimento, perspectivas foi organizado pelo então ocupante da Cadeira 32, a quem sucedi, o professor Raimundo Santana, que o publicou em 1995, e logo se tornou uma das principais fontes de estudo para quem deseja conhecer o nosso Estado”.

Felipe Mendes discorreu sobre a trajetória de Jesus Tajra, citando seu destacado desempenho como estudante, a aprovação em concurso público para o cargo de auditor da Receita Federal ainda muito jovem e o exercício do magistério, como professor da Faculdade de Direito do Piauí.

Também lembrou sua atuação como desportista (presidente do Flamengo), a militância no jornalismo e a atuação na vida pública, como deputado estadual, secretário de Estado e prefeito de Teresina.

Na Constituinte

O acadêmico recordou também a convivência com Jesus Tajra na Assembleia Nacional Constituinte, como representantes do Piauí, e destacou o seu espírito empreendedor, como diretor da Rádio Pioneira por 20 anos e fundador da TV Cidade Verde.  

E citou, finalmente, as obras publicadas pelo novo acadêmico, entre elas Memórias da Constituinte, publicada nos 20 anos de promulgação da nova carta constitucional.

“Noite memorável”

A cerimônia foi prestigiada por acadêmicos, autoridades, parentes e amigos do empossando. Sua esposa Maria Amélia esteve presente acompanhada dos quatro filhos, das noras e genros – Jesus Filho e Gláucia; Gillian e Paulo; José Sobrinho e Nilza; Líllian e Sandro, netos, bisnetos.

Nas palavras do presidente da APL, “foi uma noite memorável”, de alegria e emoção.

Jesus Tajra toma posse nesta quarta (6) na APL

O advogado, empresário e jornalista Jesus Tajra toma posse nesta quarta-feira (6/12) na Cadeira 39 da Academia Piauiense de Letras.

A cerimônia será realizada às 19h, no auditório da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi).

O discurso de recepção será proferido pelo acadêmico Felipe Mendes.

A Cadeira 39 teve como primeiro e último ocupante o jurista e professor Celso Barros Coelho, falecido em 10 de julho passado, aos 101 anos de idade.

O patrono da cadeira é o poeta José Newton de Freitas.

O novo acadêmico

Nascido em Teresina, Jesus Elias Tajra tem 91 anos.

Além de advogado e empresário, exerceu também as profissões de professor da Faculdade de Direito do Piauí e de auditor da Receita Federal.

Foi deputado estadual de 1967 a 1971, prefeito de Teresina de 1982 a 1983 e deputado federal por dois mandatos, o primeiro deles como constituinte.

Presidiu a Telepisa (1995 a 1998) e foi também secretário do Trabalho e Ação Social (1983 a 1986) e presidiu o Esporte Clube Flamengo.

Foi ainda suplente dos senadores Helvídio Nunes, Dirceu Arcoverde, Alberto Silva e Heráclito Fortes.

Dirigiu por 20 anos a Rádio Pioneira de Teresina. Fundou e presidiu o Jornal da Manhã (1979). Membro do Fórum de Líderes da Gazeta Mercantil.

É diretor-presidente da TV Cidade Verde, afiliada do SBT no Piauí.

Bibliografia

Escreveu e publicou os livros Coragem e Equilíbrio I (publicado pela Câmara dos Deputados, em 1988) e Coragem e Equilíbrio 2 (publicado também pela Câmara no ano seguinte).

Publicou ainda Ação Parlamentar (1992), Até parece que foi ontem – Memórias da Constituinte (2008) e Linha de Coerência (2018).

Tem inédito o livro de memórias As voltas que a vida dá.

Conferência Estadual de Cultura começa nesta terça

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e o Conselho Estadual de Cultura promovem, nesta terça (5) e quarta-feira (6), no Blue Three Towers Rio Poty Hotel, a 5ª Conferência Estadual de Cultura, como parte da etapa nacional, a ser realizada em Brasília, em março de 2024. A abertura será às 13h desta terça.

O evento será uma oportunidade para o debate sobre a Política Nacional de Cultura e as propostas da sociedade civil piauiense para a atualização do Plano Nacional de Cultura.

As discussões serão em torno de seis eixos temáticos distintos: Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura; Democratização de Acesso à Cultura e Participação Social; Identidade, Patrimônio e Memória; Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural; Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade, e Direito às Artes e Linguagens Digitais, todos propostos pelo Ministério da Cultura (MinC).

Além da discussão das temáticas, haverá uma apresentação artística com a Orquestra Jovem de União, composta por 40 músicos, que antecede o debate dos eixos. Já na quarta (6), a atração artística ficará por conta do pagode do Mimbó, e irá ocorrer também a eleição dos delegados nacionais. 

Para participar, delegados eleitos para a votação, fazedores de cultura e sociedade em geral, realizaram a inscrição de formulário on-line, que já foram encerradas, no entanto, para quem perdeu o prazo, as inscrições ainda poderão ser feitas, de forma presencial no local do evento. 

(Com informações da secult-pi)