Municípios valorizam literatura, história e geografia locais

O município de São João da Canabrava – situado a 302 quilômetros de Teresina, na Microrregião de Picos – adotou o ensino de história, geografia e literatura locais.

A iniciativa partiu do prefeito Elson Silva de Sousa, que assinou decreto nesse sentido, em maio passado.

A Academia Piauiense de Letras está fazendo uma campanha junto aos municípios para que valorizem a literatura, a história e a geografia locais.

A orientação da APL é no sentido que essas disciplinas sejam incluídas nos currículos das escolas municipais através de lei.

Em Pedro II, a prefeita Elisabete Brandão aprovou recentemente lei na Câmara Municipal adotando o ensino de história e geografia locais.

Em Parnaíba, a Câmara Municipal aprovou no mês passado projeto do vereador Carlson Pessoa implantando também as disciplinas de história e geografia parnaibanas nas escolas do município.

A APL sugeriu que os dois municípios emendam essas leis acrescentando o ensino de literatura local.

Um dia histórico para a Literatura Piauiense

“Um dia histórico para a Literatura Piauiense”. Foi assim que o presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, resumiu a importância do lançamento do Projeto “Literatura de Expressão Piauiense nas Escolas: potencialidades para a formação de estudantes leitores”.

O lançamento do projeto foi feito ontem (18) pela Secretaria Estadual de Educação, com aula pública sobre a Literatura Piauiense ministrada pela professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães.

“A Secretaria de Estado da Educação dá vida a uma letra morta da Constituição do Piauí e de várias outras leis estaduais”, afirmou o presidente da APL.

Zózimo Tavares discorreu sobre a campanha da Academia pela implantação do ensino de Literatura Piauiense, iniciada em 2020.

Segundo ele, essa ideia foi acelerada na Secretaria de Educação na atual gestão e, agora, está ganhando corpo.

“O projeto está bem feito e foi realizado com empenho, zelo, competência e dedicação por toda a equipe da Seduc”, garantiu o presidente da Academia Piauiense de Letras.

Ele parabenizou o secretário Washington Bandeira e sua equipe e afirmou que, a partir de agora, o Piauí vai contar uma nova história sobre a literatura piauiense.

Lançamento do projeto que leva a Literatura Piauiense as escolas da rede estadual de ensino.

Seduc lança projeto que leva Literatura Piauiense às escolas

A história da Literatura Piauiense foi contada, nesta segunda-feira (18) pela professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães, na aula inaugural do projeto de Leitura Literária intitulado “Conhecendo a Literatura de Expressão Piauiense”, da Secretaria Estadual de Educação.

Professores, acadêmicos, superintendentes, gerentes, diretores de escolas e estudantes acompanharam a aula, no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiências Visuais (CAP), localizado no bairro Monte Castelo, zona Sul de Teresina.

O evento marcou o lançamento do Projeto Literatura de Expressão Piauiense nas Escolas: potencialidades para a formação de estudantes leitores”.

Na abertura, o secretário de Educação, Washington Bandeira, destacou que o programa será um fortalecimento do ensino e aprendizagem da literatura piauiense nas escolas da rede estadual, em parceria com a Academia Piauiense de Letras (APL).

O presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, afirmou que o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, assumia uma nova postura em relação ao ensino de Literatura Piauiense.

Formação e importância da Literatura

Na aula que ministrou a seguir, a professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães discorreu sobre as origens da Literatura Piauiense, sua evolução e a importância das obras literárias para o desenvolvimento cultural e social do Piauí.

Além do presidente da APL e da palestrante, estiveram presentes os acadêmicos Magno Pires (vice-presidente da APL), Felipe Mendes, Teresinha Queiroz e Fides Angélica (presidente eleita da Academia).

Também participou do lançamento do projeto de leitura literária o deputado federal Merlong Solano (PT).

Ele é o autor da lei que recomenda que pelo menos 30% das obras paradidáticas adotadas pelas escolas públicas e privadas do Piauí devem ser de autores locais.

Ensino de Literatura Piauiense começa pela formação de professores

O professor e acadêmico Carlos Evandro representou a Academia Piauiense de Letras em mais uma reunião de trabalho da equipe da Secretaria Estadual de Educação que está trabalhando o projeto de implantação do ensino de Literatura Piauiense na rede estadual de ensino.

A reunião foi realizada no último dia 27 de novembro, na sede da Secretaria de Educação.

A primeira fase do trabalho está voltada para a formação de professores que lidarão com a disciplina. Nesse sentido, a equipe da Seduc, à frente as professoras Shirley e Silvia, apresentou ao acadêmico a minuta do “Projeto de Leitura Literária: Conhecendo a Literatura de Expressão Piauiense”.

O projeto será lançado oportunamente pelo secretário de Educação, Washington Bandeira, durante aula pública a ser ministrada pela acadêmica Socorro Rios Magalhães, professora e doutora em Literatura.

A implantação do ensino de Literatura Piauiense vem sendo defendida em campanha da APL lançada em 2020.

A Literatura Piauiense na escola

Cunha e Silva Filho (*)

Estou nessa luta pela adoção efetiva de autores piauienses nas escolas públicas e mesmo nas universidades locais, sejam oficias, sejam particulares. A Lei estadual neste sentido tem que ser cumprida e feita a sua fiscalização nas grades curriculares do ensino público ou privado do Piauí.
É uma tremenda contradição adotarem-se livros de autores considerados “nacionais” e relegarem os escritores da terra a segundo plano. É inconcebível e injusto.
A literatura piauiense tem muitos autores de valor, dignos de serem pesquisados pelos estudantes e professores piauienses. Os piauienses desconhecem seus próprios artistas e criadores no domínio literário, o que é deplorável. Não podemos ficar só nos exemplos de Assis Brasil, Torquato Neto, Mário Faustino, Esdras do Nascimento e poucos outros que têm mais visibilidade.
Eu fiz a minha parte quando escolhi para tema de dissertação do meu Mestrado a figura do poeta Da Costa e Silva. Consegui fazer muita gente fora do Piauí, professores, colegas de Mestrado e outras pessoas a convergirem seu olhar para o grande bardo da minha terra. Cumpri um dever para com uma parte significativa do valioso espólio da literatura piauiense, que tem tantos poetas, ficcionistas, contistas, ensaístas, cronistas, críticos e historiadores.

É preciso despertar a atenção do piauiense, através de seminários, simpósios e outros meios de encontros culturais para debaterem-se os valores da terra mafrense. Só assim a literatura piauiense se vai fundir, em condições de igualdade, com a chamada literatura “nacional”.

(Publicado originalmente em: https://poetaelmar.blogspot.com, em 28/03/2013)


(*) Piauiense nascido em Amarante e radicado no Rio de Janeiro desde a década de 1960. Professor, escritor e crítico literário. Doutor em Literatura Brasileira e pós-doutor em Literatura Comparada.

Assembleia adia audiência sobre ensino de Literatura Piauiense

A Assembleia Legislativa adiou a audiência Pública sobre o ensino de Literatura Piauiense, marcada para as 9h desta quarta-feira (23/08).

O adiamento decorre da impossibilidade do secretário de Educação, Washington Bandeira, estar presente ao evento.

O secretário se encontra no exterior, integrando a comitiva do governador Rafael Fonteles, está se retorno ao Brasil, mas não chegará a Teresina a tempo de participar da audiência pública.

O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, deputado Doutor Vinícius, marcará uma nova data para a audiência, após entendimento com o autor da proposta, deputado Franzé Silva.

A nova data será antecipadamente comunicada aos convidados e interessados no assunto.

A audiência pública sobre a Literatura Piauiense na Escola foi solicitada pela Academia Piauiense de Letras.

O presidente da APL, Zózimo Tavares, disse que o adiamento é prudente, pois o secretário de Educação é peça-chave do processo e já manifestou reiteradamente o interesse de tornar efetivo o ensino de Literatura Piauiense.   

Constituição e outras leis determinam ensino de Literatura Piauiense

O ensino de Literatura Piauiense, em seus mais diversos gêneros, está previsto na Constituição Estadual de 1989 e em várias outras normas legais editadas após a promulgação do texto constitucional.

A Academia Piauiense de Letras divulgou a relação das Leis Básicas e outras Normas Legais sobre o ensino de Literatura Piauiense:

 Constituição do Piauí (parágrafo 1º do Inciso V do Art. 226).

Emenda Constitucional nº 9, de 17 de dezembro de 1999, aprovada e promulgada, portanto, dez anos depois da Constituição do Piauí.

Lei Estadual nº 5.464/2005, “que institui a obrigatoriedade o Ensino de Literatura Brasileira de Expressão Piauiense no Ensino Fundamental e Médio, nas escolas das redes pública estadual e privada, no Estado do Piauí”.

Lei 6.563/2014 (Lei Merlong Solano), que dispõe sobre a adoção de livros paradidáticos pelas escolas públicas e privadas do Piauí. Esta lei fixa que pelo menos 30% dessas obras devem ser de autores piauienses.

Lei nº 7.323/2019 (Lei Evaldo Gomes), dispondo sobre a obrigatoriedade de questões de conhecimentos regionais nas provas de concurso público promovido pelo Governo do Estado do Piauí.

Resolução CEE/PI nº 097/2019 de 15/08/2019, com as diretrizes para o Currículo do Piauí que abrange a escolaridade dos estudantes da Educação Infantil e do Fundamental.

Resolução 124/2020 do CEE, com as diretrizes para o currículo do Novo Ensino Médio.

O seu Artigo 7º, que trata especificamente Formação Geral Básica, a Resolução define, no parágrafo 4º: “Os estudos de Língua Portuguesa devem incluir o ensino de literatura brasileira de expressão piauiense, nas escolas das redes pública estadual e privada, no Estado do Piauí, em obediência à Lei Estadual nº 5.464/2005 e Resolução CEE/PI nº 11/2009”.