Ópera da Serra da Capivara chega à 5ª. edição

A 5ª edição do espetáculo Ópera da Serra da Capivara será realizada de 17 a 29 de julho, no anfiteatro do Parque Nacional da Serra da Capivara.

O evento é apoiado pelo Governo do Piauí, por meio das Secretarias de Cultura e Turismo.

A Ópera Serra da Capivara atrai a imprensa nacional. Uma reportagem de 7 minutos no programa Fantástico, da TV Globo, mostrou toda a beleza do espetáculo e o impacto do evento na economia e turismo da região.

Nesta edição, o evento apresentará o tema Carmen do Sertão, uma leitura popular da ópera Carmen, do compositor francês Georges Bizet. 

O Ato Carmen do Sertão será apresentado durante uma hora e meia pelos artistas Helena dos Andes, Maria Joaquina, Raissa Fayet e Alê Palma e os grupos Ares, Redemoinho de Dança (Escola Lenir Argento), Cia Aire Flamenco, Ave Lola e Rosa Armorial.

Eles levarão ao palco do anfiteatro muita dança, atuação e música durante os dias 27, 28 e 29 de julho.

Após cada apresentação, ocorrerão shows de Zeca Baleiro, Lia Sophia e Felipe Cordeiro.

Além da ópera em si, o evento terá outras atividades na Praça do Abrigo. Dos dias 17 a 23, haverá oficinas e feiras.

Nos dias 24 e 25, será a vez dos shows musicais de Giu Negreiros, Renata Rosa, Daniela Cazuza, As Fulô do Sertão e Gil Preto.

Ao todo, 300 pessoas trabalham na realização do evento.

(Com informações da Secult-PI)

ABROL realiza Encontro Literário no Piauí

A Academia Piauiense de Letras participou do I Encontro Literário da ABROL – Academia Brasileira Rotária de Letras.

O evento foi realizado ontem (11/04) no Centro Cultural Sesc Cajuína, em Teresina, com o objetivo de apresentar à comunidade acadêmica e à sociedade piauiense produções literárias dos membros da ABROL-PI e de obras literárias sobre o Rotary.

O encontrou contou ainda com exposição de revistas e manifestações artísticas, incluindo música e poesia.

A APL se fez presente ao evento através do seu presidente, Zózimo Tavares, e dos acadêmicos Elmar Carvalho, Itamar Costa e Luiz Ayrton Santos Júnior.

A Academia Brasileiras Rotária de Letras foi fundada em 23 de fevereiro de 2011, com a missão de congregar rotarianos para estimular o desenvolvimento de estudos, de obras literárias e culturais.

A entidade está subdividida em 23 seções estaduais, dentre elas a ABROL-PI, fundada em julho de 2020.

A secional piauiense foi instalada em outubro de 2020, em evento nacional, realizada no formato on-line.

A palestra magna foi proferida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares, que falou sobre a comunicação na era digital.

A ABROL-PI é presidida pelo acadêmico Raimundo Neto de Carvalho.

Acadêmicos Itamar Costa, Zózimo Tavares, Luiz Ayrton e Elmar Carvalho.
Publicações expostas no evento da ABROL-PI.

Combate no Piauí ajudou a consolidar a Independência

Batalha do Jenipapo terminou com derrota brasileira, mas desestabilizou tropas leais a Portugal na região

João Pedro Pitombo (*)

SALVADOR

Um dos episódios mais importantes para a consolidação da Independência do Brasil e manutenção da unidade nacional aconteceu nas margens de um rio. Não foi o Ipiranga, e suas margens não estavam plácidas no dia 13 de março de 1823.

O entorno do rio Jenipapo, curso de água que corta as planícies de Campo Maior, interior do Piauí, foi palco de uma das lutas mais sangrentas do período da Independência, opondo brasileiros e portugueses no campo de batalha.

De um lado, estava um Exército organizado e bem armado de portugueses que tentavam manter o domínio de Portugal nas províncias do Norte do Brasil. Do outro, milícias brasileiras organizadas às pressas que lutaram com facas, foices, machados e um canhão enferrujado.

Com vitória dos portugueses, a Batalha do Jenipapo deixou um saldo de centenas de brasileiros mortos, mas representou um revés para a resistência de Portugal, que tentava manter o domínio das províncias do Norte brasileiro após o grito de dom Pedro nas margens do Ipiranga.

O embate no Piauí aconteceu em meio a uma escalada de animosidades entre os portugueses e brasileiros que vinha desde antes da Independência.

As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, que exigiam o retorno do Brasil à condição de colônia de Portugal e a retomada das restrições ao comércio suspensas com a abertura dos portos, nomearam militares portugueses como novos governadores de armas das províncias brasileiras.

No Piauí, o escolhido como governador de armas foi o major português João José da Cunha Fidié. Ele desembarcou na província em agosto de 1822 com a missão de mantê-la sob domínio português.

A província era considerada estratégica por ser uma espécie de porta de entrada para as províncias do Norte, especialmente Maranhão e Grão-Pará, onde os portugueses tinham prestígio dentre as elites locais.

Também havia uma importância econômica: nesta época, o Piauí tinha uma pecuária pujante, com um dos maiores rebanhos de bovinos do país, e era um dos principais fornecedores de carne seca do Norte e Centro-oeste, sendo suplantado apenas pelo charque do Rio Grande do Sul.

A proclamação da Independência, contudo, movimentou as elites do Piauí, que declararam apoio ao Brasil independente da coroa portuguesa. A notícia chegou primeiro na vila de Parnaíba, onde predominava o grupo político liderado pelo comerciante Simplício Dias, que anunciou apoio a dom Pedro.

A adesão de Parnaíba ao Brasil independente motivou uma marcha liderada por João José da Cunha Fidié, que levou tropas à vila para sufocar o movimento de apoio a dom Pedro.

A marcha para o litoral, contudo, desguarneceu a vila de Oeiras, então capital da província. Foi justamente neste momento que o brigadeiro Manoel de Souza Martins, que representava a elite econômica ligada à pecuária e havia sido alijado pelas Cortes de Lisboa, também declarou apoio à Independência.

Quando as tropas lideradas por Cunha Fidié chegaram à Parnaíba, os apoiadores da Independência haviam fugido para o Ceará, onde organizaram uma milícia para enfrentar os portugueses.

Os desencontros tiveram fim no dia 13 de março de 1823, quando brasileiros e portugueses se encontraram na vila de Campo Maior, hoje uma cidade de 47 mil habitantes a 80 km de Teresina.

As margens do rio Jenipapo foram palco de uma batalha desigual. Foram cerca de 1.600 soldados das tropas portuguesas, armadas com 11 canhões e lideradas por oficiais experientes.

Do outro lado, estava uma milícia precária, formada às pressas, com cerca de 2.000 homens do Piauí e Ceará. Em sua maioria, eram vaqueiros e trabalhadores rurais, arregimentados por líderes políticos locais, além de indígenas e negros libertos.

A Batalha do Jenipapo durou cinco horas: começou por volta de 9h e seguiu até as 14h, deixando um saldo de 36 mortos do lado português e entre 200 e 400 mortos nas tropas brasileiras.

“A batalha foi trágica, foi uma derrota para os independentistas. Mas foi uma também ‘vitória de Pirro’ para os portugueses, que tiveram perdas em sua logística”, avalia o historiador Johny Santana de Araújo, professor da Universidade Federal do Piauí.

Ele afirma que a batalha minou a logística da tropa portuguesa, que optou por não perseguir e sufocar os soldados independentistas. A ideia era reagrupar forças e voltar a Oeiras para derrubar os aliados de dom Pedro na capital.

O Exército ficou acampado na fazenda Tombador, seguiu para a vila do Estanhado e depois seguiu para Caxias, no Maranhão, onde houve um princípio de rebelião entre soldados portugueses.

Ao mesmo tempo, os independentistas da capital organizavam suas tropas e recebiam reforços do Ceará, Pernambuco e Bahia, chegando a perto de 22 mil soldados arregimentados.

O reforço também veio pelo mar. Depois de expulsar os portugueses da Bahia, escorraçando o Exército liderado por Madeira de Melo, a esquadra do almirante escocês Thomas Cochrane desembarcou em São Luís e fez com que a junta governativa, sob a mira de canhões, jurasse lealdade a dom Pedro.

Enquanto isso, o Exército português ficou isolado em Caxias, sem a possibilidade de receber reforços de Oeiras, Parnaíba e São Luís, já dominados pelos brasileiros. Cercado, Cunha Fidié se rendeu em 28 de julho de 1823.

Para Araújo, a Batalha do Jenipapo foi fundamental para garantir a unidade nacional e também foi importante para forjar no estado um sentimento de piauiensidade. Ainda assim, permaneceu como um episódio obscuro na historiografia brasileira, sendo pouco conhecido fora do Piauí.

“A Batalha do Jenipapo é um evento muito importante na história do Brasil, mas é esquecido, como todo o contexto do processo de Independência ocorrido no Norte. Isso muito por conta da forma como a historiografia oficial tentou amansar a ideia de que houve conflito”, avalia Araújo.

Nesta segunda-feira (13), os 200 anos da Batalha do Jenipapo serão celebrados em Campo Maior, no Piauí. A cidade abriga um monumento, um museu e um cemitério nas margens do rio.

Neste campo santo despido de adornos e mausoléus, estão enterrados os restos mortais dos brasileiros anônimos que morreram em batalha, cercados por pedras e cruzes de madeira. O cemitério do Batalhão é considerado patrimônio nacional e foi tombado em 1990.

(Originalmente publicado na Folha de S. Paulo, em 12/03/2023: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/03/combate-sangrento-no-piaui-ajudou-a-consolidar-independencia-ha-200-anos.shtml)

Evento debate política e economia do Piauí

Assuntos como as fazendas dos jesuítas, o planejamento e obras estruturantes do Piauí foram abordados ontem (04/03), na Academia Piauiense de Letras, pelo economista, professor e acadêmico Felipe Mendes.

Sua palestra abriu o Ciclo de Conferências sobre Política, Desenvolvimento e Estado, evento conjunto da Academia com a Universidade Federal do Piauí, através do seu Núcleo de Estudos Políticos e Eleitorais (NEPE).

O coordenador do NEPE, professor-doutor Cleber de Deus, explicou os objetivos do projeto.

Técnica e política

Em sua exposição, o acadêmico Felipe Mendes afirmou que o planejamento é a ligação entre a política e a técnica.

Segundo ele, o técnico precisa ter sensibilidade política e o político deve ter uma compreensão técnica da realidade.

No final, porém, conforme o palestrante, o que prevalece nos regimes democráticos é a decisão política.

Após a exposição do acadêmico, foi aberta discussão com os participantes.

O presidente da APL, Zózimo Tavares, anunciou que outros eventos do gênero serão realizados ainda neste semestre, em parceria com a UFPI.

A sessão foi transmitida on-line e está disponível no Canal da APL, com acesso através do link:

https://www.youtube.com/watch?v=e4Ag_DfoVNY&t=1870s

O palestrante

Economista, professor e político, Felipe Mendes formou-se em Economia pela Universidade Federal do Ceará. Professor da UFPI. Foi secretário da Fazenda do Piauí (1975-1977);  secretário do Planejamento (1977-1979 e 1979-1982); Pró-Reitor de Planejamento da, UFPI (1983-1984); assessor da Sudene (1984-1985); e presidente da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro).

Representou o Governo do Piauí junto ao Conselho Deliberativo da Sudene e foi membro do CONFAZ, como secretário da Fazenda.

Exerceu três mandatos consecutivos de deputado federal, o primeiro deles como constituinte.  Foi vice-governador (2001-2002) e secretário-executivo do Ministério das Cidades.

Presidiu a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (COMDEVASF).

Obras Publicadas:

Ações políticas para o desenvolvimento. Teresina: COMEPI; A indústria de couro e peles do nordeste. Fortaleza: BNB, 1971; A implantação dos sistemas de programação financeira e da conta única do Piauí, Teresina: Cepro, 1979; Funções de governo, política econômica e desenvolvimento. Teresina: Gráfica Júnior, 1979; Por uma nova fase. Teresina: Gráfica Júnior, 1979.

Publicou, ainda, “Formação Econômica do Piauí (Fundapi, 1995, Cap. III – p.55-81)”, e “Economia e Desenvolvimento do Piauí (1662-2002)” (que acaba de sair em segunda edição) e “Água Para Todos”.

Tem outros projetos literários em andamento. Desde março de 2019, ocupa a Cadeira 32 da APL.

Acadêmico Felipe Mendes sobre Ciclo de Conferências.
Acadêmicos presentes ao evento conjunto da APL/UFPI.

Acadêmico Fonseca Neto na Aclamação das Efemérides.
Professor Cleber de Deus, coordenador do NEPE/UFPI.

Ex-deputado Jesus Tajra, colega de Felipe na Constituinte.

Livro sobre Torquato Neto será lançado sábado na APL

O livro “Torquato Neto – Arte inacabada” será lançado no próximo sábado (19/11) na Academia Piauiense de Letras.
A obra foi publicada pela Editora da UFPI (Edufpi) para lembrar os 50 anos da partida do poeta.
O lançamento do livro na APL está marcado para as 9 horas, no Auditório Acadêmico Wilson Brandão.
Torquato Neto – Arte inacabada” foi organizado pelos professores George Mendes, Paulo José Cunha e Viriato Campelo.
Eles explicam que a obra reúne as visões de pesquisadores, jornalistas, professores, poetas, letristas, curadores e simples admiradores do poeta.
No livro, de 415 páginas, Torquato Neto é revisitado em textos de Augusto de Campos, Paulo Roberto Pires, Paulo José Cunha, Isis Rost, Marcelo da Silva Ribeiro, Edwar Castelo Branco e George Mendes.
Também escrevem sobre o poeta: Cláudio Leal, Dai Belquer, Jaislan Honório Monteiro, Marcus Fernando, Eduardo Ades, Edmar Oliveira, Viriato Campelo, Antônio Quinet e Fábio Leonardo.
O livro traz fragmentos da obra do poeta e um ensaio escrito e assinado por ele, aos 17 anos, intitulado “Arte e Cultura Popular”, no qual interpreta e questiona o cânone literário brasileiro.

Homenagens
Torquato Neto nasceu em Teresina em 9 de janeiro de 1944 e morreu no Rio de Janeiro, em 10 de novembro de 1972, após comemorar seus 28 anos.
Poeta, letrista e cineasta, é um dos fundadores da Tropicália.
Os 50 anos de seu falecimentos estão sendo lembrados no Piauí em programação conjunta da UFPI, APL, Plug Propaganda e UPJ.

Reprodução da capa do livro “Torquato Neto – Arte inacabada”

APL faz Ciclo de Conferências do Bicentenário

A Academia Piauiense de Letras realizou, sexta-feira (16) e ontem (17), o Ciclo de Conferências da Independência.

Com o título O Piauí e a Independência do Brasil – Conferências do Bicentenário, o evento ofereceu quatro palestras de especialistas sobre o tema.

Na sexta-feira (16), abrindo o programa, o escritor Reginaldo Miranda, ex-presidente da APL, ministrou a conferência A Guerra da Independência e a Unidade Nacional.

A seguir, a historiadora Teresina Queiroz, professora da UFPI e integrante da APL, proferiu a conferência 24 de janeiro de 1823: nomes, eventos e significados na História da Independência do Brasil.

No sábado (17/09), o evento teve prosseguimento com a conferência “Morra, é corcunda!”: a onda de saques em Campo Maior na Independência do Piauí., ministrada pelo professor João Paulo Peixoto Costa.

A última conferência do evento, intitulada 19 de Outubro – Projetos de Independência, foi proferida pelo historiador Fonseca Neto, professor da UFPI e membro da Academia Piauiense de Letras.

O evento foi coordenador pelo escritor e acadêmico Elmar Carvalho. Segundo o presidente da APL, Zózimo Tavares, foi mais uma ação da Academia para celebrar os 200 anos da Independência.

As palestras podem ser vistas no Canal da APL no YouTube.

Ele lembrou que em 5 de setembro a APL participou de um evento realizado conjuntamente pelo Governo do Estado e o Conselho Estadual de Cultura.

Nesse evento, foi aberta a exposição Pioneiras, homenageando mulheres piauienses, e lançados três livros da Coleção Bicentenário, todos eles tratando das lutas pela Independência no Piauí.

Acadêmica Teresinha Queiroz
Acadêmico Reginaldo Miranda
Professor João Paulo
Acadêmico Fonseca Neto
Acadêmico Elmar Carvalho fala sobre o evento.

Piauí celebra os 200 anos da Independência

Três atos realizados no Palácio de Karnak marcaram a cerimônia de abertura das celebrações dos 200 anos da Independência no Piauí, nesta segunda-feira (5/9).

O primeiro foi o lançamento de três livros da Coleção Bicentenário, organizada pelo Governo do Estado, através das Secretarias de Cultura e da Educação, pelo Conselho Estadual de Cultura e pela Academia Piauiense de Letras.

Os livros que inauguram a coleção são: “Memória Cronológica, Histórica e Corográfica da Província do Piauí”, de Pereira da Costa; “A Guerra do Fidié”, de Abdias Neves, e “A Contribuição do Piauí na Guerra do Paraguai”, com textos de Anísio Brito, Monsenhor Chaves, Nelson Nery, Odilon Nunes e Reginaldo Miranda organizados pelo acadêmico Felipe Mendes.

Outros cinco volumes da coleção serão publicados até o final do ano.

A governadora Regina Sousa lembrou que no Piauí as comemorações da Independência seguirão até março de 2023.

Exposição

A seguir, foi aberta a exposição ‘Pioneiras’, homenageando a força e representatividade da mulher piauiense.

A Academia Piauiense de Letras está representada por três das 29 homenageadas: Luiza Amélia de Queiroz, Fides Angélica e Niéde Guidon.

Com a curadoria da coordenadora do Centro Cultural M. Paulo Nunes, Poliana Sepúlveda, a exposição é uma viagem abrangente pela experiência feminina nos séculos XIX a XXI, enaltecendo ícones das mais distintas áreas no Estado. 

Cidade cenográfica

Por fim, foi instalada nos jardins do Palácio de Karnak uma cidade cenográfica, com a representação das vilas e cidades que constituíam o Piauí na época das lutas pela Independência.

As exposições estão abertas à visitação pública até outubro, quando deverão ser deslocadas para outros espaços.

Governadora Regina Sousa preside cerimônia pelo bicentenário da Independência
Judoca Sarah Menezes fala em nome das homenageadas
Governadora Regina Sousa, uma das homenageadas na exposição Pioneiras.
Presidente do Conselho Estadual de Cultura, Nelson Nery, fala sobre exposição.
Acadêmico Felipe Mendes, organizador de livro sobre os 200 anos da Independência.
Presidente da APL, Zózimo Tavares, fala sobre a Coleção Bicentenário.
Cidade cenográfica montada nos jardins do Palácio de Karnak.

Piauí lança livros sobre a Independência

“Contribuição do Piauí na Guerra do Paraguai” é um dos livros que serão lançados na segunda-feira (5/09), às 11h, no Palácio de Karnak, nas celebrações dos 200 anos da Independência.

A obra foi organizada pelo professor e acadêmico Felipe Mendes e reúne textos de Anísio Brito, Monsenhor Chaves, Nelson Nery, Odilon Nunes e Reginaldo Miranda.

Também serão lançadas na ocasião as obras Memória Cronológica, Histórica e Corográfica da Província do Piauí e A Guerra do Fidié, da Coleção Bicentenário, organizada pelo Governo do Estado, através das Secretarias de Cultura e da Educação; do Conselho Estadual de Cultura, da Academia Piauiense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí.

Outros volumes da Coleção Bicentenário serão publicados e lançados até o final do ano, segundo o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Nelson Nery, que coordena a coleção.

Teresina recebe o poeta Antonio Cicero, da ABL

O filósofo e poeta Antonio Cicero, da Academia Brasileira de Letras, fará palestra na Academia Piauiense de Letras na próxima segunda-feira, às 19 horas.

Ele abordará o tema “O percurso filosófico do verso”, através do qual contará a sua trajetória literária.

O acadêmico é o homenageado da I Caminhada Literária de Teresina, que será realizada na terça-feira (16) à tarde, no Parque da Cidadania, pela Academia Teresinense de Letras, com o apoio da APL.

O filósofo

Antonio Cicero Correia Lima nasceu no Rio de Janeiro, em 6 de outubro de 1945. É compositor, poeta, crítico literário, filósofo e escritor.

É filho dos piauienses Amélia Correia Lima e Ewaldo Correia Lima. Seu pai foi um dos intelectuais fundadores do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), tendo sido também diretor do BNDE durante o governo JK.

Antonio Cicero fez seus estudos secundários nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, começa a cursar filosofia na PUC do Rio de Janeiro e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Concluiu o curso na Universidade de Londres.

O poeta

Antonio Cicero escreve poesia desde jovem, mas seus poemas só apareceram para o grande público quando sua irmã, a cantora e compositora Marina Lima, musicou um deles.

A partir desse momento, passou a escrever, além de poemas para serem lidos, letras para as melodias que sua irmã – e, depois, outros parceiros – lhe enviavam.

Produziu, então, várias letras de canções como, por exemplo, as de FullgásPra começar e À francesa – as duas primeiras em parceria com sua irmã, e a última com Cláudio Zoli.

A partir de então, Cicero tornar-se-ia um dos mais próximos parceiros de Marina. Entre outras parcerias, destacam-se aquelas com Waly Salomão, João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos (co-autor, junto com Antonio Cicero e Sérgio Souza, do hit O Último Romântico, de 1984).

Em 1996, lançou o livro de poemas Guardar, vencedor do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira na categoria estreante. Lançou também um CD em 1996, Antonio Cicero por Antonio Cicero, onde recita seus poemas.

Poema premiado

Em 2001, seu poema “Guardar” foi incluído na antologia Os cem melhores poemas brasileiros do século, organizada por Ítalo Moriconi.

Em 2005, lançou o livro de ensaios filosóficos Finalidades sem fim, que foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria “Teoria / Crítica literária”.

Em 2017, o escritor Antonio Cicero foi eleito para a cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo o crítico e ex-ministro Eduardo Portella.

(Com informações da ABL)

 

Presidente do Supremo faz palestra no TCE-PI

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, proferiu ontem (05/08), em Teresina, a palestra de abertura do programa de comemorações dos 123 anos do Tribunal de Contas do Estado.

Sob o título “Os Tribunais de Contas e o STF: Eficiência, Controle e Accountability”, a palestra destacou a relevância institucional do TCE como órgão de controle e de busca da eficácia da gestão pública.

A palestra do presidente do Supremo foi assistida por autoridades, membros e servidores do Tribunal de Contas e outros convidados.

Homenagem

Na oportunidade, o ministro foi agraciado com a Outorga da Medalha do Mérito Conselheiro Jesualdo Cavalcanti, pelos relevantes serviços prestados à causa do controle externo e da administração pública.

A sessão foi conduzida pela presidente do TCE-PI, conselheira Lilian Martins, que classificou como ímpar a visita do presidente da Suprema Corte ao Piauí.

A Academia Piauiense de Letras foi representada no evento pelo seu presidente, Zózimo Tavares.

Ministro Luiz Fux no Piauí/Imagens: TCE
Presidente do Supremo recebe homenagem no TCE-PI

APL sugere edital específico para obras de autores piauienses

A Academia Piauiense de Letras encaminhou ofício à Secretaria Estadual de Educação sugerindo edital específico para a aquisição de obras de autores piauienses.

O presidente da APL, Zózimo Tavares, informou que em janeiro deste ano a Seduc lançou edital para aquisição de livros didáticos e paradidáticos para compor o acervo das bibliotecas e salas de leitura da rede estadual de ensino, incluindo obras da Literatura Piauiense.

Conforme o edital, a lista das obras recomendas sairia no final de fevereiro, após avaliação técnica da equipe da Secretaria de Educação do Estado.

Em função da elevada quantidade de títulos apresentados, a divulgação do resultado já foi adiada quatro vezes.

Mais de 3 mil títulos foram inscritos, em sua esmagadora maioria por grandes editoras que vendem livros didáticos para todo o país.

A seleção dos livros , através de chamada pública, ocorre em etapa diferente e separada do processo licitatório para compra.

Daí, a Academia sugeriu o edital específico para a aquisição de obras de autores piauienses, com o objetivo de dar maior celeridade e transparência ao processo.

Ofício da APL dirigido à Secretaria Estadual de Educação.

Acadêmico lança no Salipi o livro mais pesquisado sobre o Piauí

O livro “Economia e Desenvolvimento do Piauí”, lançado em segunda edição no 20º Salão do Livro do Piauí (Salipi), é o mais citado nas pesquisas bibliográficas sobre o Estado.

O autor da obra é o economista, professor e acadêmico Felipe Mendes, que fez a apresentação do livro no Bate-Papo Literário do Salipi, seguida de debate.

O livro foi publicado pela Editora da Universidade Federal do Piauí (EDUFPI), através de convênio com a Academia Piauiense de Letras.

A primeira edição saiu em 2003 e foi publicada pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves.

A nova edição é revista e atualizada.

O livro

O livro se divide em quatro partes. Na primeira, o autor aborda a questão da economia do Piauí, com foco nos fatores de produção e no sistema produtivo.

Na segunda parte, cuida das limitações e possibilidades de desenvolvimento do Piauí.

Já na terceira parte, seu foco é a política e o desenvolvimento recente (1950-2002).

Neste ponto, apresenta as conclusões da primeira e da segunda edições, estabelecendo um comparativo entre ambas.

Por fim, a quarta parte traz as referências bibliográficas, os dados estatísticos e outros documentos distribuídos ao longo das 480 páginas do livro, que pode ser adquirido na Livraria da UFPI, no Espaço Rosa dos Ventos, Campus da Ininga.

A capa do livro do acadêmico Felipe Mendes.