Amostragem faz pesquisa sobre leitura no Piauí

Estatístico Batista Teles discute pesquisa sobre leitura com acadêmicos

O Instituto Amostragem está fazendo uma pesquisa sobre leitura no Piauí.

A pesquisa foi solicitada pela Academia Piauiense de Letras com o objetivo de mapear o hábito de leitura dos piauienses.

Os objetivos da pesquisa e sua metodologia foram discutidos por uma comissão de acadêmicos com o diretor do Amostragem, professor e estatístico Batista Teles, na Sala de Reuniões da Academia.

Participaram do encontro os acadêmicos Felipe Mendes (coordenador do trabalho na APL) e Elmar Carvalho, além do presidente Zózimo Tavares.

O acadêmico Dilson Lages também colaborou com a formulação do questionário.

O acadêmico Felipe Mendes, economista, professor da UFPI e ex-secretário de Planejamento, disse que se trata da primeira pesquisa do gênero no Piauí.

O resultado do estudo deve sair em fevereiro próximo.

Biblioteca Nacional discute caminhos da leitura

A Fundação Biblioteca Nacional realiza, através da Biblioteca Euclides da Cunha, o webnário “Caminhos da leitura: Ações práticas em prol da formação leitora e cidadã de crianças, jovens e adultos no atual contexto de dispositivos tecnológicos”.

O evento começou dia 14 de setembro e vai até 5 de outubro, às terças-feiras, às 16 horas, na modalidade virtual.

O webnário gratuito e aberto é destinado a todos os interessados em ações culturais para a difusão do livro e da leitura.

Trata-se de um convite ao compartilhamento de informação teórica e de conhecimento sobre iniciativas desenvolvidas na atualidade por diferentes agentes sociais comprometido com o tema.

Confira a programação Inscrição: https://www.even3.com.br/webnario_bec… Envie suas dúvidas para o e-mail:[email protected]

(Com informações da FBN)

A menina que já leu 500 livros

Aos 13 anos, Edelainni Araújo Silva, aluna de escola pública de Teresina, está comemorando a leitura de 500 livros.

Ela esteve na sede da Academia Piauiense de Letras, na quinta-feira (1º/07), para celebrar o feito e recebeu de presente uma coleção de livros de autores do Piauí.

Ela foi recebida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares, e pela secretária-geral da Academia, Fides Angélica.

Muito comunicativa, Edelainni contou que começou a se interessar pela leitura já aos três anos de idade, e o gosto pelos livros se intensificou quando cursava a 3ª série.

Desde então, todo ano ela passou a se destacar em sua escola como a aluna que mais lia.

Em 2019, ela foi conferir as suas fichas de anotações nas bibliotecas e contou 375 livros já lidos.

De lá para cá, leu mais 175 livros, completando os 500 na semana passada.

São livros de todos os gêneros, mas sua preferência é pelos que contam histórias de magia e fadas.

O livro de número 500 lido por Edilanni foi “Vermelho, branco e sangue azul”, um romance de 385 páginas entre a Casa Branca e o Palácio de Buckingham.

O livro, escrito por Casey McQuiston, foi publicado em 2019.

Escritora mirim

Edelainni é de uma família pobre do bairro Água Mineral, zona Norte de Teresina. O pai, Deusenir Oliveira da Silva, vigilante, dá todo apoio à filha, com muito orgulho.

Ele acompanhava a jovem leitora na visita à Academia Piauiense de Letras, como faz sempre quando ela vai para as livrarias ou o Salão do Livro.

Em 2017, a Secretaria Municipal de Educação publicou um livro seu, intitulado “A Bolinha Mágica”, dentro de um projeto de incentivo à leitura nas escolas.

Por conta disso e pelo seu interesse pelos livros, já é chamada de escritora mirim.

Edilanni estuda na Escola Municipal 15 de Outubro, que funcionava na Avenida Duque de Caxias (dentro do Parque da Cidade).

Ela cursa o oitavo ano e sua escola foi transferida para a Governador Miguel Rosa, perto do Teatro do Boi, no bairro Matadouro.

Estuda das 13 às 17 horas e reserva a noite para as horas de leitura. “Gosto de ler à noite, não tem barulho”.

Ela reclama, entretanto, das aulas on-line, por causa da pandemia da Covid-19: “Não se aprende nada, é só tarefa e mais tarefa”.

Leitura no parque

A menina participa voluntariamente de um projeto cultural no Parque Lagoas do Norte.

A inciativa tem o objetivo de incentivar a leitura entre as crianças e foi interrompida por causa da pandemia.

Ela recebeu a garantia do presidente da APL de que a Academia vai apoiar o projeto quando ele for retomado.

Projeto “Te Aquieta e Lê” volta com 10 mil livros

O Projeto “Te Aquieta e Lê”, lançado em 2020, será retomado ainda este mês.

A Secretaria de Cultura está ultimando as providências para a execução da segunda etapa do programa.

O projeto foi implantado em abril do ano passado, com o apoio da Academia Piauiense de Letras, para incentivar a leitura durante o período de isolamento social decorrente da pandemia da Covid-19.

Até o início deste ano, mais de 8 mil livros foram distribuídos gratuitamente para leitores de mais de 130 municípios do Piauí.

Projeto permanente

A APL propôs, através de seu presidente, Zózimo Tavares, que o projeto seja permanente, como forma de fazer circular por todo o Estado os livros dos autores piauienses, cuja distribuição fica restrita praticamente a Teresina.

A Academia apoia o projeto também com a doação de livros de autores piauienses publicados pelas Coleções Centenário e Século 21, abrangendo todos os gêneros – romance, conto crônicas, poesia, história, etc.

Nesta nova etapa, o programa vai distribuir 10 mil livros, dos quais 3 mil já estão em estoque.

Cada leitor poderá escolher até dois livros no site da Secult, com o preenchimento de um cadastro com seu nome e endereço de entrega.

Brasil perde leitores para redes sociais

O Brasil perdeu cerca de 4,6 milhões de leitores entre 2015 e 2019, segundo dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.

Conforme os dados mais recentes sobre os hábitos de leitura no país, divulgados no final do ano passado, a redução foi sentida, sobretudo, entre leitores com ensino superior e na classe A.

A internet e as redes sociais são apontadas na pesquisa entre as causas da queda no índice de leitura no país.

Em 2015, 47% dos entrevistados informaram que usavam a internet no tempo livre. Esse percentual aumentou para 66% em 2019.

Já o uso de WhatsApp passou de 43% para 62%.

De acordo com o estudo, 82% dos leitores gostariam de ter lido mais, 34% alegaram falta de tempo e 28% disseram que não leram porque não gostam.

Nas redes sociais

Segundo a coordenadora da pesquisa, Zoara Failla, as pessoas estão usando o seu tempo livro não para a leitura de literatura, mas nas redes sociais.

“A gente nota que a principal dificuldade apontada é tempo para leitura e o tempo que sobra está sendo usado nas redes sociais”, afirma Failla.

Segundo a pesquisa, as maiores quedas no percentual de leitores foram observadas entre as pessoas com ensino superior, que passou de 82% em 2015 para 68% em 2019, e na classe A, que passou de 76% para 67%.

Esta é a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró Livro em parceria com o Itaú Cultural.

Média de leitura

O brasileiro lê, em média, menos de cinco livros por ano. Destes, a Bíblia é citada como o tipo de livro mais lido pelos entrevistados.

Segundo ainda a pesquisa, 5% dos leitores disseram que não leram mais porque acham os livros caros.

Um dos fatores que influenciam a leitura, diz o estudo, é o incentivo de outras pessoas. Um a cada três entrevistados, o equivalente a 34%, disse que alguém o estimulou a gostar de ler.

(Fonte: Agência Brasil e diáriodonordeste.verdesmares.com.br )