A menina que já leu 500 livros

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Edilanni em visita à Academia Piauiense de Letras/Imagem: APL
Edilanni em visita à Academia Piauiense de Letras/Imagem: APL

Aos 13 anos, Edelainni Araújo Silva, aluna de escola pública de Teresina, está comemorando a leitura de 500 livros.

Ela esteve na sede da Academia Piauiense de Letras, na quinta-feira (1º/07), para celebrar o feito e recebeu de presente uma coleção de livros de autores do Piauí.

Ela foi recebida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares, e pela secretária-geral da Academia, Fides Angélica.

Muito comunicativa, Edelainni contou que começou a se interessar pela leitura já aos três anos de idade, e o gosto pelos livros se intensificou quando cursava a 3ª série.

Desde então, todo ano ela passou a se destacar em sua escola como a aluna que mais lia.

Em 2019, ela foi conferir as suas fichas de anotações nas bibliotecas e contou 375 livros já lidos.

De lá para cá, leu mais 175 livros, completando os 500 na semana passada.

São livros de todos os gêneros, mas sua preferência é pelos que contam histórias de magia e fadas.

O livro de número 500 lido por Edilanni foi “Vermelho, branco e sangue azul”, um romance de 385 páginas entre a Casa Branca e o Palácio de Buckingham.

O livro, escrito por Casey McQuiston, foi publicado em 2019.

Escritora mirim

Edelainni é de uma família pobre do bairro Água Mineral, zona Norte de Teresina. O pai, Deusenir Oliveira da Silva, vigilante, dá todo apoio à filha, com muito orgulho.

Ele acompanhava a jovem leitora na visita à Academia Piauiense de Letras, como faz sempre quando ela vai para as livrarias ou o Salão do Livro.

Em 2017, a Secretaria Municipal de Educação publicou um livro seu, intitulado “A Bolinha Mágica”, dentro de um projeto de incentivo à leitura nas escolas.

Por conta disso e pelo seu interesse pelos livros, já é chamada de escritora mirim.

Edilanni estuda na Escola Municipal 15 de Outubro, que funcionava na Avenida Duque de Caxias (dentro do Parque da Cidade).

Ela cursa o oitavo ano e sua escola foi transferida para a Governador Miguel Rosa, perto do Teatro do Boi, no bairro Matadouro.

Estuda das 13 às 17 horas e reserva a noite para as horas de leitura. “Gosto de ler à noite, não tem barulho”.

Ela reclama, entretanto, das aulas on-line, por causa da pandemia da Covid-19: “Não se aprende nada, é só tarefa e mais tarefa”.

Leitura no parque

A menina participa voluntariamente de um projeto cultural no Parque Lagoas do Norte.

A inciativa tem o objetivo de incentivar a leitura entre as crianças e foi interrompida por causa da pandemia.

Ela recebeu a garantia do presidente da APL de que a Academia vai apoiar o projeto quando ele for retomado.