O poeta e compositor Climério Ferreira, ocupante da cadeira 36, da Academia Piauiense de Letras, lançou, nesta terça-feira (08), no Beirute da 109 Sul, em Brasília, a coletânea Poemas Reunidos, com textos de 6 livros esgotados.
A obra foi apresentada por Clodo Ferreira, irmão do poeta, que falecera em julho deste ano.
Climério considera o livro um ato de celebração da vida, visto que, após um tratamento intensivo de oito meses, ele venceu o câncer.
De acordo com Severino Francisco, jornalista do Correio Brasiliense, a poesia de Climério é uma mistura desconcertante de quadrinha nordestina, hai kai piauiense, crítica social sutil e lirismo com sopro de música.
Climério Ferreira expressou o sentimento de lançar seu novo livro: “Sinto-me animado em encontrar os meus amigos. Desde o lançamento do meu primeiro livro, os meus livros seguintes foram lançados aqui no Beira Cultural e é sempre a mesma festa!”
SOBRE O ACADÊMICO: O poeta e compositor Climério Ferreira, ocupante da cadeira 36 da APL, que teve como último ocupante o escritor Assis Brasil, é também professor aposentado da Universidade de Brasília. Trabalhou no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, e fez mestrado no Canadá. Nasceu em Angical do Piauí, residiu em Teresina e se mudou para Brasília na década de 1960. Na década de 1970, gravou discos com os irmãos Clodo e Clésio. Um deles, “São Piauí”, é considerado pela crítica como um disco antológico da MPB. Suas canções já foram gravadas por intérpretes como Ednardo, Fagner, Belchior, Dominguinhos, Elba Ramalho, Amelinha, Milton Nascimento e Fernanda Takai.
O livro “Monsenhor Boson, missionário da educação” foi lançado na Feira Literária da ALVAL – 1ª Edição, no último sábado (28/09), no município de Barras, a 120 quilômetros de Teresina.
De autoria do professor e escritor Arnaldo Boson Paes, desembargador do Tribunal Regional do Trabalho – Piauí, o livro reconstitui a história de um importante sacerdote católico e educador brasileiro, que exerceu seu protagonismo na virada do século XIX para o século XX.
Através da biografia do monsenhor, a obra reconta as transformações que ocorreram na Igreja Católica e na educação, no Maranhão e no Piauí.
O livro foi publicado pela Bienal Editora.
O biografado Monsenhor Boson nasceu em São Raimundo Nonato, em 1868, e foi ordenado padre em São Luís, em 1892.
Na capital do Maranhão, foi professor e reitor do Seminário Episcopal. Após retornar ao Piauí, em 1901, passou a exercer, nas três décadas seguintes, postos-chave na Igreja e na educação.
Foi vigário de Barras, reitor do Seminário Episcopal e o primeiro e o mais longevo diretor do Colégio Diocesano, em Teresina. Ele faleceu em 1945, em Parnaíba, onde residiu os últimos anos de sua vida.
A Feira Literária
A Feira Literária da ALVAL foi promovida pela Academia de Letras do Vale do Longá, em parceria com a Prefeitura de Barras e a Universidade Federal do Piauí.
A programação incluiu o lançamento de livros no auditório da Secretaria Municipal de Educação, seguido de exposição de livros na Praça Monsenhor Boson.
O presidente da ALVAL, professor Viriato Campelo, afirmou que o evento promoveu um momento ímpar para divulgação de obras literárias, troca de experiências e fortalecimento da literatura local.
A Academia Piauiense de Letras e a Universidade Estadual do Piauí celebraram, ontem (2), a renovação, por mais um ano, do convênio para que a universidade encaminhe estagiários no intuito de dar impulso às atividades da APL.
Fides Angélica Ommati, presidente da APL, ressaltou a importância da parceria e enfatizou que é essencial dar vez aos estagiários para que eles mostrem o que podem oferecer à entidade.
“Quando a Uespi acredita que o estagiário tem habilitação para colaborar, é o início de uma grande parceria e de melhorias para todos os envolvidos. A Academia tem um número muito reduzido de servidores e esta força de trabalho dá um impulso importante às nossas atividades. Portanto, eu demonstrei, às autoridades da Uespi, gratidão por essa grande ajuda”, celebrou.
Fides Angélica acrescentou que espera que esta parceria se revigore ainda mais e que se expanda para outros setores, não somente ao curso de letras, mas também à biblioteconomia e à informática, que são áreas carentes na Academia Piauiense de Letras.
A Academia Piauiense de Letras comemorou, sábado (28), às 10h, o Dia do Cordel, com exposição, palestras e apresentação musical de repentistas.
A presidente da APL, Fides Angélica Ommati, abriu a sessão celebrando o momento e a importância de se homenagear essa expressão cultural que ocupa uma posição relevante no cenário cultural do país e que é uma importante ferramenta de preservação da cultura e da memória do povo.
Na solenidade, o advogado da União e cordelista Francisco Almeida explanou sobre a origem do cordel e suas características, fazendo também a leitura da história da APL em cordel. Ele falou, ainda, sobre a importância do evento:
“Este momento memorável é extremamente importante para nós que amamos o cordel. Muitos têm a falsa ideia de que a Academia é elitizada, que aqui não cabe o popular, e hoje comprovamos que não. A presidente Fides Angélica está de parabéns por assegurar espaço para todos e, principalmente, para esta manifestação da cultura popular brasileira tão nordestina e tão apaixonante como o cordel. Nosso muito obrigado!”
O repentista Raimundo Clementino falou sobre o cordel e a música.
O presidente da Cordelaria Chapada do Corisco, Joames, discorreu sobre o cordel no Piauí e seus principais cordelistas.
A vice-presidente da Cordelaria Chapada do Corisco, Marina Campelo, participou com uma alocução sobre a gramática e o cordel.
Joaquim da Mata, servidor público federal, cordelista e declamador, teve sua participação falando sobre “causos” cômicos de repentistas e tocando para o público.
Ao final da solenidade, houve a apresentação musical dos repentistas Agamenon e Nonatinho.
O evento teve a participação especial de estudantes e membros da Academia de Letras Juvenil Nossa Senhora da Paz (ALENJUNSP), coordenados pela professora Socorro Rabelo.
O cordel foi instituído como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 19 de setembro de 2018; já o Repente recebeu igual título em novembro de 2021.
Para celebrar o Dia do Cordel, expressão cultural que ocupa uma posição relevante no cenário cultural e literário do país, a Academia Piauiense de Letras vai celebrar a data com uma rica programação, neste sábado (28), às 10h, no auditório Acadêmico Wilson de Andrade Brandão.
O evento terá um roteiro diversificado com exposição, palestras de especialistas, diálogos com os artistas, recitais de cordéis e participação dos cordelistas Francisco Almeida, Raimundo Clementino, bem como a presença do presidente da cordelaria Chapada do Corisco, Joames, Marina Campelo, declamador Joaquim da Mata e os repentistas Agamenon e Nonatinho, proporcionando aos participantes um espaço para apreciar a sabedoria e a imaginação nordestina de tecer o bom combate.
O encontro será uma oportunidade para cordelistas, escritores e admiradores dessa arte trocarem experiências e discutirem a produção e divulgação dos folhetos de cordel.
CORDEL: Instituída como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 19 de setembro de 2018, já o Repente recebeu o título em novembro de 2021.
De origem popular, o cordel é um tipo de poesia narrativa que aborda temas do cotidiano, passando mensagens e ensinamentos de forma simples e direta.
Com o passar dos anos, esse estilo ganhou reconhecimento e se espalhou por todo o país, contando também com influências de outros gêneros literários.
Com versos rimados e ritmo marcante, o cordel é uma importante ferramenta de preservação da cultura e da memória do povo brasileiro, abordando temas como amores, desafios, lendas e até mesmo acontecimentos históricos.
De passagem em Teresina, o escritor e acadêmico José Ribamar Garcia, quinto e atual ocupante da Cadeira 11, da Academia Piauiense de Letras, que reside no Rio de Janeiro, há mais de 50 anos, refletiu sobre o que a literatura significa em sua vida e como escrever tem sido terapia, catarse e cura – do que jorra de nós e nos salva.
“A queda pela literatura foi desde os 12 /13 anos. Escrever é onde eu recupero as energias. É tão importante que é o que não me deixa ficar doido, não me deixa ficar bi ou tripolar, porque quando eu tenho qualquer problema, descarrego a dor, escrevo, vomito o que estou sentindo. E me ajuda muito. A literatura é uma coisa engraçada, porque enquanto você não puser para fora o que está lhe perturbando, aquela angústia vai crescendo. E quando o escritor coloca no papel, tudo se tranquiliza”, declarou.
Romancista, cronista, contista e jornalista, bacharel em Direito pela Faculdade Nacional de Niterói. Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB-RJ, em quatro mandatos. Participou do Concurso de Contos João Pinheiro, promovido pela Fundação Cultural do Piauí. Colaborou com as revistas Presença e Cadernos de Teresina. Tem alguns trabalhos jurídicos publicados em revistas especializadas.
Bibliografia:
Imagens da Cidade Verde, 1981, crônicas. “É um extraordinário conjunto de crônicas, de estilo leve, direto e objetivo que se constitui num verdadeiro documentário de Teresina”.
Os Cavaleiros da Noite, 1984, contos. Livro em que o contista reuniu episódios engraçados, dramáticos, um tipo de gente que há muito não se vê, pequenos relatos passados com o autor, alguns dos quais teve conhecimento efetivo, outros dos quais ouviu falar. É livro carregado de piauiensidade.
Pra onde vão os Ciganos? “Este livro não fala só de ciganos, fala do nosso povo e o que se passa com ele. Fala das inquietações que povoam o autor, que que não são tão diferentes das que nos incomodam, apenas Garcia sabe como administrar este grito, sabe como provocar-nos a pensar, sabe o momento exato do nos dizer para onde deveremos ir, independente dos ciganos.”
Em Preto e Branco, a personalidade principal é um piauiense que saiu de Teresina e se tornou jornalista no Rio de Janeiro. É uma crônica que mostra o retrato, a história de quem não esmoreceu ante as adversidades, deparou-se com nada na sua nova vida.
Além da obra Das Paredes, crônicas, publicação que fala de um país que não aparece na mídia. Autor de quase uma centena de crônicas publicadas em periódicos da cidade do Rio de Janeiro.
A Academia Piauiense de Letras lançou, sábado (21), a Revista APL nº 83-2022 e Revista APL – Edição Especial 50 Anos da UFPI, nº 80, como também os romances Vozes da Ribanceira- 2ª edição e Meia-vida- 3ª edição, de Oton Lustosa, com apresentação do Acadêmico Carlos Evandro Martins Eulálio.
A edição especial de sua revista, nº 80 – Ano CV, trata dos 50 anos de fundação da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
O acadêmico Oton Lustosa falou sobre importância do momento.
“Para mim, foi motivo de grande alegria o lançamento das reedições dos meus romances, ocorrido no último sábado, no auditório da Academia Piauiense de Letras. Era meu propósito fazer as reedições de Meia-Vida, meu romance de estreia, publicado em 1999, e do meu segundo romance, Vozes da Ribanceira, publicado em 2003. Ambos têm como ambiência a cidade de Teresina, que não é minha terra natal, mas é a capital do meu estado, cidade onde resido e pela qual sinto muito amor”, declarou.
O evento foi prestigiado por intelectuais, escritores, juristas, professores, estudantes e autoridades. Participaram ainda da cerimônia os acadêmicos e familiares do escritor.
Oton Lustosa é membro da Academia Piauiense de Letras, cadeira nº 5, cujo patrono é Areolino de Abreu. Ocupa a cadeira nº 13 da Academia Piauiense de Letras Jurídicas, cujo patrono é Elias de Oliveira e Silva. Nasceu em Parnaguá, é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Piauí. Autor de três livros jurídicos. O acadêmico estreou na literatura com o romance Meia-Vida (1ª edição), em 1999. Em 2000, publicou O pescador de personagens (contos). Depois, publicou o romance Vozes da ribanceira, em 2003.
Em 2022, publicou Em busca de uma rede na varanda (contos). O romance Meia-Vida teve uma 2ª edição publicada em 2016, como obra integrante da Coleção Centenário, da Academia Piauiense de Letras. Em 2023, foi publicada a 2ª edição (revisada) do romance Vozes da Ribanceira, pela editora Mondrongo (Itabuna, BA). Em 2024, é publicada a 3ª edição (revisada) do romance Meia-Vida, pela Bienal Editora (Teresina, PI).
SOBRE AS OBRAS: Meia-Vida, romance de estreia de Oton Lustosa, tem como cenário a região central de Teresina, a partir da feira do Troca-Troca, na primeira metade dos anos 1980. No texto de orelha do livro, diz o autor:
“Para além do ambiente da feira, com seu emaranhado de relações negociais e interpessoais, o enredo evolui e vai às ruas e praças da urbe; e aí flagra a vida como ela é – feita de opostos: riquezas e pobrezas, alegrias e tristezas, sonhos e pesadelos, esperanças e desilusões… O tempo da narrativa, porém, coincide com o limiar da redemocratização do Brasil. Logo, no contexto do enredo há mais esperanças que desilusões. De toda forma, qualquer que seja a sua face, será ela, a vida, motivo para a criação literária; e não vem ao caso questionar se a literatura importa ou não.”
Já o romance Vozes da ribanceira ambienta-se no bairro Poti Velho, no final dos anos 1970. Diz o autor, na orelha do livro: “Com sua mochila às costas, chega o hippie Tenório ao Poti Velho, o bairro mais antigo de Teresina, localizado na confluência dos rios Parnaíba e Poti, muito afastado do centro da cidade. São fins dos anos 1970. Com a acolhida do líder dos moradores, ele se instala num pequeno espaço comunitário. Sua chegada causa impacto: seja pela beleza do homem, seja por sua maneira libertária de ser. […] A partir do seu relacionamento amoroso com uma radialista – ativista política, desafiadora do regime militar –, muito querida de toda a gente do Poti Velho, passa o forasteiro a ter a estima de repentistas, oleiros, pescadores, vazanteiros e de vários outros tipos característicos da povoação. Por outro lado, desperta a desconfiança de várias pessoas. […] Tais pessoas o acusam de maconheiro, de comunista, e o perseguem, utilizando-se do aparato policial, subserviente e autoritário a um só tempo. De posse desse quadro sociológico, com leveza na linguagem e alguma ironia nas sentenças, o autor fabula intrincadas situações, imprimindo-lhes verossimilhança intensa, com o propósito de causar reflexões, mas, sobretudo, de presentear o leitor com informações curiosas e uma prazerosa leitura.”
A Academia Piauiense de Letras vai lançar, sábado (21), a Revista APL, nº 83-2022, e a Revista APL – Edição Especial 50 Anos da UFPI, nº 80, bem como os livros Vozes da Ribanceira – Romance, 2ª edição, e Meia-vida – Romance, 3ª edição, de Oton Lustosa, estes com apresentação do Acadêmico Carlos Evandro Martins Eulálio.
A edição especial da revista, Nº 80 – Ano CV, trata dos 50 anos de fundação da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Reunindo sete artigos, o volume traz reflexões sobre a relevância da Universidade para o Estado e para a cultura local, consolidando-se como um marco histórico e um centro vital de pesquisa e ensino no Piauí.
Os romances que serão lançados no mesmo sábado são do escritor Oton Lustosa, que é membro da APL, onde ocupa a cadeira nº 5, cujo patrono é Areolino de Abreu. Nascido em Parnaguá, é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Piauí. Autor de três livros jurídicos.
O acadêmico estreou na literatura com o romance Meia-Vida (1ª edição), em 1999. Em 2000, publicou O pescador de personagens (contos). Depois publicou o romance Vozes da ribanceira, em 2003. Em 2022, publicou Em busca de uma rede na varanda (contos). O romance Meia-Vida teve uma 2ª edição publicada em 2016, como obra integrante da Coleção Centenário, da Academia Piauiense de Letras. Em 2023, foi publicada a 2ª edição (revisada) do romance Vozes da Ribanceira, pela editora Mondrongo (Itabuna, BA). Em 2024, é publicada a 3ª edição (revisada) do romance Meia-Vida, pela Bienal Editora (Teresina, PI).
SOBRE AS OBRAS: Meia-Vida, romance de estreia de Oton Lustosa, tem como cenário a região central de Teresina, a partir da feira do Troca-Troca, na primeira metade dos anos 1980. No texto de orelha do livro, diz o autor:
“Para além do ambiente da feira, com seu emaranhado de relações negociais e interpessoais, o enredo evolui e vai às ruas e praças da urbe; e aí flagra a vida como ela é – feita de opostos: riquezas e pobrezas, alegrias e tristezas, sonhos e pesadelos, esperanças e desilusões… O tempo da narrativa, porém, coincide com o limiar da redemocratização do Brasil. Logo, no contexto do enredo há mais esperanças que desilusões. De toda forma, qualquer que seja a sua face, será ela, a vida, motivo para a criação literária; e não vem ao caso questionar se a literatura importa ou não.”
Já o romance Vozes da ribanceira se ambienta no bairro Poti Velho, no final dos anos 1970. Diz o autor, na orelha do livro: “Com sua mochila às costas, chega o hippie Tenório ao Poti Velho, o bairro mais antigo de Teresina, localizado na confluência dos rios Parnaíba e Poti, muito afastado do centro da cidade. São fins dos anos 1970. Com a acolhida do líder dos moradores, ele se instala num pequeno espaço comunitário. Sua chegada causa impacto: seja pela beleza do homem, seja por sua maneira libertária de ser. […] A partir do seu relacionamento amoroso com uma radialista – ativista política, desafiadora do regime militar –, muito querida de toda a gente do Poti Velho, passa o forasteiro a ter a estima de repentistas, oleiros, pescadores, vazanteiros e de vários outros tipos característicos da povoação. Por outro lado, desperta a desconfiança de várias pessoas. […] Tais pessoas o acusam de maconheiro, de comunista, e o perseguem, utilizando-se do aparato policial subserviente e autoritário a um só tempo. De posse desse quadro sociológico, com leveza na linguagem e alguma ironia nas sentenças, o autor fabula intrincadas situações, imprimindo-lhes verossimilhança intensa, com o propósito de causar reflexões, mas, sobretudo, de presentear o leitor com informações curiosas e uma prazerosa leitura.”
Acadêmicos de quatro Estados (MT, PI, ES e SC) foram convidados a declamar poemas na abertura oficial do Congresso Nacional das Academias Estaduais de Letras, no auditório da Assembleia Legislativa do Pará. O acadêmico Zózimo Tavares declamou um poema do poeta popular piauiense Hermes Vieira (1911-2000). O evento foi realizado em Belém, no período de 8 a 12 de agosto, com transmissão da TV ALEPA.
O livro Cartografias do Prazer: corpo, boemia e prostituição em Teresina (1930 -1970), de autoria de Bernardo Pereira de Sá Filho, foi lançado sábado (14), às 10h, na Academia Piauiense de Letras. A obra foi apresentada pelo acadêmico Fonseca Neto.
Bernardo Sá falou sobre o sentimento em lançar o seu livro na Academia Piauiense de Letras.
“A academia é a instituição mais representativa da produção literária e também historiográfica do nosso estado. É a instituição primeira, centenária, então é orgulho para qualquer escritor lançar uma obra nesta casa de tantos escritores e historiadores como Monsenhor Chaves, Higino Cunha e muita gente importante, como os atuais também. Eu me sinto muito honrado em estar lançando meu segundo livro neste lugar tão especial”, enfatizou.
O evento foi prestigiado por acadêmicos, autoridades, intelectuais, historiadores, amigos e familiares do escritor.
A publicação analisa a boemia e a prostituição em Teresina, dos anos 1930 a 1970, período em que se intensifica o processo de urbanização, com algumas políticas públicas voltadas para a modernização.
Sobre o autor – Bernardo Pereira de Sá Filho é natural de Esperantina (PI). Graduado e mestre em História pela Universidade Federal do Piauí. Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em História do Brasil (PUC-MG); Especialista em História do Piauí (UFPI). Professor do Departamento de História, da UFPI. Coautor dos livros Tribunal de Contas do Piauí: narrativas sobre uma História Centenária (1899 – 2022), Cidades Brasileiras, História em Poliedros, História de Vário Feitio e Circunstância e Apontamentos para uma História Cultural do Piauí.
Raimundo Zito Baptista, cadeira 16 da Academia Piauiense de Letras, nasceu no povoado Natal, hoje município de Monsenhor Gil/Piauí, em 16 de setembro de 1887. Adolescente, foi para Teresina com o irmão Jônathas Batista (1885 -1935), que depois se revelaria teatrólogo.
Escreveu poesias desde moço. Mais sonhador ou romântico que o irmão, Zito entregou-se de corpo e alma ao poder embriagante da poesia.
Por essa época, em Teresina, uma mocidade sonhadora dominava a cidade. Poesias, crônicas, cartas amorosas e os acontecimentos sociais que pudessem trazer alegrias ou tristezas ao meio eram traduzidos em versos por jovens poetas que se iniciavam em literatura.
Autodidata, jornalista e poeta, fundou as revistas Cidade verde e Alvorada, sendo diretor da Imprensa Oficial do Piauí.
Estreou na poesia em 1909, com a coletânea Almas irmãs, em parceria com Celso Pinheiro e Antônio Chaves, sendo o responsável pela parte intitulada Pedaços do coração.
Depois publicou Chama extinta, 1918 e Harmonia dolorosa, 1924, obras poéticas bem aceitas pela crítica brasileira, merecendo inclusive elogios por parte de Olavo Bilac e Afonso Celso.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de outubro de 1926.
A Academia Piauiense de Letras vai lançar, neste sábado (14), às 10h, o livro Cartografias do Prazer: corpo, boemia e prostituição em Teresina (1930 -1970), de autoria de Bernardo Pereira de Sá Filho, com apresentação do acadêmico Fonseca Neto.
A publicação analisa a boemia e a prostituição em Teresina, dos anos 1930 a 1970, período em que se intensifica o processo de urbanização, com algumas políticas públicas voltadas para a modernização. A cidade é enfocada enquanto locus de uma trama social urbana cuja tessitura é produzida através dos mais diversos tipos de relações que se estabelecem entre sujeitos de identidades subjetivas, os quais agem na noite em busca de prazeres, significando os lugares e sendo por eles significados. A concepção de corpo como território de significações sociais e culturais é o fio condutor que permeia todo o trabalho, articulando o conteúdo de cada capítulo.
Sobre o autor – Bernardo Pereira de Sá Filho é natural de Esperantina (PI). Graduado e mestre em História pela Universidade Federal do Piauí. Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em História do Brasil (PUC-MG); Especialista em História do Piauí (UFPI). Professor do Departamento de História, da UFPI. Coautor dos livros Tribunal de Contas do Piauí: narrativas sobre uma História Centenária (1899 – 2022), Cidades Brasileiras, História em Poliedros, História de Vário Feitio e Circunstância e Apontamentos para uma História Cultural do Piauí.