APL doa livros para a Biblioteca Assis Brasil

A Academia Piauiense de Letras dou mais de 200 livros para o acervo da Biblioteca Assis Brasil, que está sendo instalada no Museu do Mar, em Parnaíba.

As obras foram selecionadas das Coleções Centenário e Século 21. Entre elas, está o romance “O Prestígio do Diabo”, do próprio Assis Brasil, homenageado com o nome da biblioteca.

Os romances “Teodoro Bicanca” e “A Civilização do Couro”, do parnaibano Renato Castelo Branco, também constam da relação dos livros doados pela APL.

A inauguração do novo espaço cultural está prevista para este semestre, conforme a Secretaria de Cultura.

Projeto de Leitura

A APL participou, no ano passado, do Projeto Te Aquieta e Lê, lançado e executado pela Secretaria Estadual de Cultura para incentivar a leitura durante o isolamento social da pandemia da Covid-19.

Ao longo do ano, foram distribuídos gratuitamente mais de 7 mil livros para leitores de mais de 100 municípios piauienses.

A Academia sugeriu à Secretaria de Cultura que esse projeto seja executado de forma permanente.

Novo imortal será eleito em segundo turno no próximo sábado (09)

Os imortais da Academia Piauiense de Letras se reúnem para definir, em segundo turno, o novo ocupante da cadeira 24. A vaga pertencia ao desembargador Paulo de Tarso Mello e Freitas, falecido aos 86 anos. O novo pleito acontecerá no próximo sábado (09).

No primeiro turno, ocorrido no dia 1º de dezembro do ano passado, 13 candidatos concorreram a três cadeiras. Para a cadeira 18 foi eleito o médico Itamar Abreu Costa e para a cadeira 32 o economista Felipe Mendes. Agora, estão concorrendo à vaga da cadeira 24 os candidatos Moisés Reis e Plínio Macedo, que conseguiram maioria no primeiro turno, mas nenhum dos dois atingiu os 19 votos necessários para se eleger.

Conforme o regimento interno, para ser eleito, o candidato deve obter maioria absoluta. Ao todo, estão aptos a votar 37 imortais, já que os dois primeiros eleitos ainda não tomaram posse. Aqueles que residem em Teresina, devem comparecer à sede da academia para depositar o voto na urna. Já os que residem fora, podem enviar o voto pelos Correios. A Comissão Eleitoral é encarregada de arrecadar todas as cédulas de forma sigilosa e fazer a apuração.

O horário da votação segue até as 11h30 do dia 09. Logo em seguida, a comissão faz a apuração e proclama o resultado.

Imortal: 13 escritores concorrem a cadeiras vagas na Academia Piauiense de Letras

Com três cadeiras em aberto, a Academia Piauiense de Letras elegerá os novos imortais no dia 1º/12, em eleição direta. Ao todo, 13 escritores fizeram a inscrição para concorrer no pleito. “Nos últimos meses, a Academia sofreu com as perdas do desembargador Paulo Freitas, do nosso querido Herculano Moraes e do estimado professor Raimundo Santana. Então, resolvemos unificar as eleições, promovendo todas em uma mesma data”, explica o presidente da instituição Nelson Nery Costa.

 

Os eleitos ocuparão as cadeiras 18, 24 e 32 que pertenciam a Paulo de Tarso Mello e Freitas, Herculano Moraes da Silva Filho e Raimundo Nonato Monteiro de Santana. Cada um dos candidatos, no ato da inscrição, teve a oportunidade de escolher para qual cadeira concorrerá. Entre os pré-requisitos para a participação, segundo o regimento da APL, estão: ser piauiense ou morar no Estado há mais de 10 anos e ter ao menos um livro publicado.

 

Os 37 imortais estão aptos a votar. Cada um deve escolher três nomes, um para cada cadeira. Pelo regimento, a votação poderá ser feita presencialmente (para aqueles que residem no Piauí) ou o voto pode ser enviado em envelope lacrado pelos Correios (para os imortais que moram em outros estados).

 

A comissão eleitoral é presidida pelo professor Fonseca Neto, tendo como membros Magno  Pires, Reginaldo Miranda, Elmar Carvalho e Dilson Lages. É essa comissão que comandará todo o processo. Os votos, tanto os presenciais como os enviados, serão depositados numa urna. Ao final do horário estabelecido, a comissão abrirá a urna e fará a contagem dos votos referentes a cada uma das cadeiras. O resultado é proclamado ao final da apuração.

 

Candidatos

 

Cadeira 18

 

– José Itamar Abreu Costa

– José Gregório da Silva Júnior

 

Cadeira 24

 

– Enéas do Rego Barros

– Eduardo Lins Cavalcante

– Gregório de Moraes

– José Maria de Carvalho

– Kernard Kruel Fagundes dos Santos

– Maria Gomes Figueiredo dos Reis

– Moisés Angelo de Moura Reis

– Plínio da Silva Macêdo

 

Cadeira 32

 

– Edgar Pereira

– Felipe Mendes de Oliveira

– Francisco Teotônio da Luz Neto

Grupo encena peça de Júlio Romão na Academia Piauiense de Letras

As portas da Academia Piauiense de Letras se abrem, no próximo sábado (29), às 10h, para o grupo Aspetúnias, que encenará a peça “A Mensagem do Salmo”, de Júlio Romão. O escritor piauiense ocupou a cadeira 31 da Academia e é reconhecido em todo país pela sua obra de teatro e poesia, especialmente o Teatro Experimental do Negro e o estudo e resgate de artistas e intelectuais afro-brasileiros. A encenação marca o lançamento do livro Teatro, em que Júlio Romão apresenta as peças “A Mensagem do Salmo” e “José, o Vidente”. O livro integra a Coleção Centenário, que comemora os 100 anos da instituição.

A peça “A Mensagem do Salmo” é uma saga dramática do Cristianismo, que integra a obra do chamado Ciclo Bíblico e foi base de roteiro para um filme mexicano. Ela foi publicada e encenada pela primeira vez em 1967, no Rio de Janeiro, num cenário de crise política e de golpe militar. Na obra, Júlio Romão recria os evangelhos bíblicos de Mateus, Marcos, Lucas e João que, através de parábolas contam a saga do Cristianismo e a de Jesus Cristo. A peça é escrita em verso e prosa e composta de apenas um único ato.

 

Segundo o presidente da Academia Piauiense de Letras, Nelson Nery Costa, o autor ganhou o prêmio Cláudio de Sousa da Academia Brasileira de Letras e teve ampla repercussão. Júlio Romão já integrava o Movimento da Negritude Brasileira ao lado de Solano Trindade e ajudou a fundar o Teatro Popular do Negro.

 

“Teatro de Júlio Romão da Silva é uma obra incompleta, pois faltam as peças do Teatro Experimental Negro, como Zumbo Zumbu e Os Escravos. Fica para outra vez, talvez não tarde. Porém, em Teatro estão seus textos de maior sucesso e reconhecimento, inclusive pelos prêmios obtidos. Cem anos depois de nascido, ainda em 1917, no ano em que a Academia Piauiense de Letras foi fundada, ocorre a celebração do homem magro e de olhos agitados, com um sorriso nos lábios e uma ideia na cabeça. Fez muito e em muitas áreas. Acima de tudo foi ele próprio – Júlio Romão da Silva, verbete de várias enciclopédias nacionais”, finaliza Nelson Nery Costa.

APL abre inscrições para eleger três novos imortais 

A Academia Piauiense de Letras o edital de inscrições para candidatos e fará a eleição para preenchimento de três cadeiras no dia 1º/12. As vagas surgiram após o falecimento dos imortais Paulo de Tarso Mello e Freitas, Herculano Moraes da Silva Filho e Raimundo Nonato Monteiro de Santana. Com o novo pleito, serão ocupadas as cadeiras 18, 24 e 32.

Clique e veja o Edital Cadeira 18 -22-32

Os interessados terão 30 dias, segundo o edital, para efetuarem suas inscrições. O documento estipula que os candidatos devem ser piauienses ou residirem no Estado há mais de 10 anos. Além disso, devem ter ao menos um livro publicado. As inscrições devem ser feitas na sede da Academia, localizada na avenida Miguel Rosa, 3300, centro/sul.

Falecido no dia 17 de maio deste ano, Herculano Moraes ocupava a cadeira de número 18 e estava no exercício do cargo de secretário geral da Academia. Porém, sua vida foi construída sob uma constante e ativa vontade de participação em movimentos literários e produção contínua, desbravando e fundando academias de letras em várias cidades do Piauí.

Já o professor Raimundo Santana faleceu aos 92 anos em junho deste ano. Dedicou-se aos estudos sobre a história política, cultural, econômica, social e sindical do Piauí, e incentivou a realização e a publicação de livros. Fundou o Movimento de Renovação Cultural do Piauí (1960) e o Centro de Estudos Piauienses (1957). Trabalhou com o objetivo de fundar a Fundação de Apoio Cultural do Piauí. Foi, inegavelmente, um batalhador incansável em prol do desenvolvimento de nossa cultura.

O desembargador Paulo Freitas falece no dia 23 de janeiro deste ano. Além de renomado professor das disciplinas de as disciplinas de Direito Judiciário, Civil, Penal, Penitenciário, Eleitoral e de Organização Judiciária da Universidade Federal do Piauí – UFPI, foi o primeiro juiz auditor da Justiça Militar do Piauí; jornalista; diretor da revista Piauí Judiciário; membro do Conselho Penitenciário; presidente da Associação dos Magistrados Piauienses e escritor ocupante da cadeira 34 da APL.

A eleição para a ocupação das três vagas está marcada para o dia 1º de dezembro deste ano. Os eleitos deverão atingir maioria absoluta de votos entre os imortais.

APL presta homenagem a professor Santana neste sábado (15)

Os membros da Academia Piauiense de Letras se reúnem neste sábado (15) para o panegírico de Raimundo Nonato Monteiro de Santana, carinhosamente conhecido como professor Raimundo Santana, falecido aos 82 anos, em junho deste ano.

A homenagem será comandada pelo presidente da instituição, Nelson Nery Costa. Em seu discurso, Nelson destacará a presença e a atuação do professor Raimundo Santana na cultura e na produção de conhecimento piauienses.

 

“O que realmente o professor Monteiro de Santana buscava em suas pesquisas e estudos? Não a fórmula da pedra-filosofal para transformar o barro piauiense em ouro, como se fosse por magia e não pelo esforço. Ao contrário. Em suas reflexões demonstrava a necessidade do planejamento estratégica, do rigor científico e da paciência para se seguir passo a passo o roteiro necessário ao desenvolvimento.  A sua própria vida indicava que o trabalho e a meditação era o nexo correto para a redenção de uma terra pobre e inexpressiva”, afirma Nelson.

 

A vida de Raimundo Santana foi profícua. Além de advogado, foi professor de economia tanto na Universidade Federal do Piauí quanto da Universidade de Brasília. Foi um intelectual preocupado com a economia do Estado e dedicou suas publicações a esse tema. Mas também se dispôs a servir ao povo de sua terra, elegendo-se prefeito de Campo Maior.

 

“Depois de longo silêncio, em que se colocou, nos últimos anos como se ainda meditasse sobre o sentido da vida e sobre o destino do povo do Piauí, resolveu agora partir dessa nossa existência. Em meados de 2018, nos deixou, para virar uma estrela no céu, destinos dos heróis brasileiros, como na lenda contada por Macunaína de Oswald de Andrade”, finaliza Nelson Nery.

Academia Piauiense de Letras presta homenagem ao escritor Herculano Moraes

Os imortais da Academia Piauiense de Letras se unem a amigos, familiares e admiradores da obra e vida do jornalista e escritor Herculano Moraes, para um panegírico. A solenidade, tradicional momento em que os acadêmicos homenageiam o confrade falecido, acontecerá no próximo sábado (23), às 10h, na sede da APL.

A solenidade será conduzida pelo colega de profissão e de Academia Zózimo Tavares. “Vou discorrer sobre a sua trajetória jornalística e literária e destacar a contribuição que ele deu à imprensa e às letras, durante mais de 50 anos de intensa atuação como um dos mais destacados intelectuais de sua geração. O marco inicial dessa trajetória é a fundação do Círculo Literário Piauiense (Clip), em 1968, culminando com sua ascensão, mais tarde, à Academia Piauiense de Letras, de onde irradiou a sua marcante ação com vistas ao incentivo à leitura, à produção cultural e à difusão dos autores do Piauí”, explica Zózimo.

 

Falecido no dia 17 de maio, Herculano Moraes foi homenageado no dia 02 do mesmo mês pela passagem do seu aniversário de 73 anos. Ele ocupava a cadeira de número 18 e estava no exercício do cargo de secretário geral da Academia. Porém, sua vida foi construída sob uma constante e ativa vontade de participação em movimentos literários e produção contínua, desbravando e fundando academias de letras em várias cidades do Piauí.

 

Abraçou cedo a profissão de jornalista, exercendo as funções de repórter, redator e editor dos principais jornais do Piauí. Começou como repórter de polícia no Jornal A Voz do Piauí. Atuou no Jornal do Piauí e no O Liberal. Foi secretário de redação e editorialista dos jornais O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi ainda repórter, redator, editorialista e editor do Jornal O Dia. Atuou no rádio como produtor do Grande Jornal Falado A Voz da Notícia, noticioso da Rádio Clube de Teresina.

 

Com jornalistas e intelectuais fundou a UBE-PI e o Círculo Literário Piauiense – CLIP, que revelaria para a literatura nomes como Hardi Filho, Francisco Miguel de Moura, José Magalhães da Costa, Osvaldo Lemos e Geraldo Borges.

 

Na política, foi vereador de Teresina, secretário de Estado de Comunicação Social no Governo Lucídio Portella e Assessor Especial no Governo Mão Santa. Foi diretor do Theatro 4 de Setembro, da Casa Anísio Brito e do Museu Histórico do Piauí. E em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados, recebeu título de cidadania nos municípios de Barras, Campo Maior e Teresina.

 

Como escritor, foi poeta citado em inúmeras antologias nacionais. Historiador da literatura, cronista, articulista, autor de várias obras em que se destacam Murmúrios ao Vento, Território Bendito, Meus Poemas Teus, Legendas (Poesias), Ethos (crônicas e artigos), Fronteiras da Liberdade (romance) e ainda Visão Histórica da Literatura Piauiense, livro referencial da historiografia literária, em sua 8ª edição.

 

Como intelectual, pertenceu à Academia Piauiense de Letras, à Academia de Letras do Vale do Longá, Academia de Letras do Médio Parnaíba, Academia de Ciências do Piauí, de que foi presidente, Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons (Maranhão), Academia do Leste Maranhense, entre outras instituições no Estado e no país. Foi presidente honorário da Academia Piauiense de Jornalismo e presidente de honra da Academia Piauiense de História, padrinho da Academia Juvenil de Letras do Pro Campus, da Academia de Letras da Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz e da Academia Campomaiorense de Letras.

Eleição para cadeira 24 será decidida em segundo turno

Os imortais da Academia Piauiense de Letras se reuniram no último sábado (19) para definirem, através de eleição, o ocupante da cadeira 24, que pertencia ao desembargador Paulo Freitas. Concorreram à vaga o ex-vice-governador Felipe Mendes de Oliveira e o médico cardiologista José Itamar Abreu. Ao todo, 33 membros da instituição votaram, sendo que 18 deram anuência ao nome de José Itamar e 15 votaram em Felipe Mendes, nesse sentido, como nenhum dos candidatos obteve o número mínimo necessário para a eleição no turno inicial (20 votos), o processo irá para o segundo turno.

O desembargador Paulo Freitas, ocupante da cadeira 24, faleceu no dia 23 de janeiro do ano passado. O patrono da cadeira era Jonas de Moraes Correia. Esta foi a segunda eleição destinada a ocupação da vaga. No primeiro pleito, o resultado foi empate tanto no primeiro quanto em segundo turno. Segundo o regimento interno da Academia, em caso de empate, os imortais devem se reunir novamente para uma nova eleição.

Com o resultado, o presidente da Academia Piauiense de Letras (APL), o advogado Nelson Nery Costa, indicou que a instituição terá 30 dias para abrir o segundo turno e definir o ocupante da cadeira. “O estatuto prevê que se tenha a maioria absoluta, então temos até 30 dias para abrir o segundo turno, mas eu creio que a academia vai dar uma paradinha para refletir. A vaga vem desde fevereiro do ano passado em aberto, então estamos preocupados com isso e vamos refletir para definir qual o melhor caminho para recompor o número de imortais”, disse.

Veja breve perfil dos candidatos

José Itamar Abreu

Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, tem vasta experiência na área cardíaca, tendo passado por hospitais do Pará e São Paulo. Idealizou e instalou a Academia Longaense de Letras, Cultura, História e Ecologia (IALLCHE), com sede na invicta Alto Longá, quando resgatou à posteridade a importância dos valores culturais que constituem a história vitoriosa da cidade de Nossa Senhora dos Humildes. Os seus colegas de médicos também reconheceram o valor do cardiologista José Itamar Abreu Costa quando consagraram seu nome para a vice-presidência da Academia de Medicina do Piauí, biênio 2013/14. Entre suas obras estão Um Hospital de Excelência no Céu e Coronárias do Tempo.

Felipe Mendes de Oliveira

Formado em Economia pela Universidade Federal do Ceará com pós-graduação em Consultoria Industrial junto à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. Sua estreia na vida pública aconteceu no governo Dirceu Arcoverde como secretário de Fazenda e depois secretário de Planejamento, mantendo este último cargo durante o governo Lucídio Portela. Pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal do Piauí e assessor da Sudene a partir de 1983, foi eleito deputado federal e reeleito pelo PPR em 1994, foi candidato a vice-governador. Candidato a deputado estadual em 2002, obteve uma suplência. Foi secretário municipal de Planejamento e depois secretário municipal de Finanças nos dois mandatos do prefeito Sílvio Mendes em Teresina. Durante os três primeiros meses do governo Moraes Souza Filho retornou ao cargo de secretário de Planejamento e esteve à frente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Publicou as obras “A indústria de couros e peles do Nordeste”, “Estado do Piauí: metas físicas do curto prazo” e “A implantação dos sistemas de Conta Única e programação financeira no estado do Piauí – primeiros resultados”.

Sessão no Congresso Nacional homenageia APL e lembra morte de Herculano Moraes

Durante sessão solene ocorrida na manhã desta segunda-feira (21), o Congresso Nacional prestou uma homenagem aos 100 anos da Academia Piauiense de Letras. Em seu discurso, o senador Elmano Férrer, proponente da homenagem, destacou o papel da instituição para a difusão e preservação da cultura literária piauiense e lamentou a morte do acadêmico Herculano Moraes, ocorrida na quinta-feira (17).

 

Segundo o senador Elmano Férrer, a instituição centenária é fruto da ousadia de um grupo de intelectuais, seus fundadores, e se tornou, ao longo do tempo, referência. “Desde então, a APL tornou-se a nossa guardiã da cultura, da educação e do saber e congrega os maiores expoentes do meio cultural do nosso Estado. A exemplo da criação da Academia Brasileira de Letras, a fundação da Academia Piauiense de Letras foi um ato de ousadia dos intelectuais da época que assumiam, a partir dali, as rédeas das ações culturais do nosso Estado. Dentre as inovações, a Revista da APL merece destaque. É a mais antiga publicação literária em atividade no Estado, um importante veículo de difusão do gosto pela literatura, a linguística, a história e sua geografia”, disse.

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Fotos: Agência Senado

Elmano destacou também a dinamicidade com que a Academia vem trabalhando e desenvolvendo diversos projetos, como a Coleção Centenário, a instalação do Museu da Cultura Literária Piauiense e a reforma do prédio sede da instituição, obra que preservou toda a arquitetura da centenária Casa de Lucídio Freitas. “O rol de personalidades da APL traz nomes que enchem de orgulho o nosso povo. São poetas, escritores e juristas da estatura do atual e dinâmico presidente, Nelson Nery Costa, que exerce magnífica gestão, conduzindo diversas iniciativas de incentivo à produção entre os acadêmicos e a sociedade em geral”, afirmou.

Foi lembrado também que alguns membros da Academia também tiveram passagem pelo Congresso Nacional, a exemplo de Alberto Silva, Hugo Napoleão e Petrônio Portela.

A sessão solene foi presidida pela senadora Regina Sousa e teve proposição conjunta do deputado federal Paes Landim. O presidente da instituição, Nelson Nery Costa, alguns acadêmicos e seus familiares, além de convidados e a vice-governadora Margarete Coelho, estiveram presentes à solenidade.

Memória

O senador Elmano Férrer fez referência também, durante seu discurso, à morte do acadêmico Herculano Moraes, jornalista e escritor falecido na quinta-feira (17). O parlamentar lembrou do seu importante papel como secretário estadual de Comunicação e sua atividade literária. “Proponho que esta sessão seja também em homenagem ao grande jornalista Herculano Moraes”, finalizou.

Acadêmico Herculano Moraes completa 73 anos e é homenageado pela academia

O jornalista, escritor e Acadêmico Herculano Moraes completou nesta quarta, 2 de maio, setenta e três anos de vida. Muitos destes anos, dedicados à literatura e à comunicação.

Homenagem da APL

Herculano Moraes recebeu homenagem ontem da Academia Piauiense de Letras, pela passagem de seu aniversário. O discurso de felicitações foi feito pelo professor e acadêmico Jônathas Nunes. O aniversariante fez o corte do bolo ao lado da esposa Nilza e das filhas. Herculano é secretário-geral da APL.

Quem é Herculano Moraes

Nasceu na cidade de São Raimundo Nonato em 1945, filho do Delegado de Polícia do Município,o sargento da PM, Herculano Moraes, e da dona de casa Olindina Carlos da Silva, ambos falecidos. Com a morte do pai quando tinha apenas seis meses de nascido, coube à família de Manoel Soares Gondim a educação do menino.

Abraçou cedo a profissão de jornalista, exercendo durante sua carreira, a função de repórter, redator e editor dos principais jornais do Piauí. Começou como repórter de polícia no Jornal A Voz do Piauí, dirigido por Turenne Ribeiro. Atuou no Jornal do Piauí, de José Vieira Chaves, e no O Liberal, de D’Anunciação Carvalho. Foi Secretário de Redação e Editorialista dos jornais O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi ainda Repórter, redator, editorialista e editor do Jornal O Dia. Atuou no Rádio, como produtor do Grande Jornal Falado A Voz da Notícia, noticioso da Rádio Clube de Teresina.

Desportista, foi Presidente do Metropol, time de futebol da juventude, e da Liga Esportiva da região sul; foi vice-Presidente do Auto Esporte e Presidente do River Atlético Clube.

Na juventude, foi Presidente do Grêmio Nilo Peçanha, da Escola Industrial de Teresina (hoje IFPI) e do Diretório Estudantil Maurício Silveira, do Colégio Paulo Ferraz. Exerceu ainda o cargo de Secretário- Geral da UPES. Autor do projeto da unificação das entidades estudantis UPES e CEP, de que resultou o Centro Colegial dos Estudantes Piauienses – CCEP, cujo nome foi de sua inspiração.

Com jornalistas e intelectuais, fundou a UBE-PI e o Círculo Literário Piauiense – CLIP, que revelaria para a literatura nomes como Hardi Filho, Francisco Miguel de Moura, José Magalhães da Costa, Osvaldo Lemos e Geraldo Borges.

Na política, foi vereador de Teresina, Secretário de Estado de Comunicação Social no Governo Lucídio Portella e Assessor Especial no Governo Mão Santa. Foi Diretor do Teatro 4 de Setembro, da Casa Anísio Brito e do Museu Histórico do Piauí. E em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados, recebeu título de cidadania nos municípios de Barras, Campo Maior e Teresina.

Escritor, é poeta citado em inúmeras antologias nacionais. Historiador da literatura, cronista, articulista, autor de várias obras, em que se destacam Murmúrios ao Vento, Território Bendito, Meus Poemas Teus, Legendas (Poesias) Ethos (crônicas e artigos), Fronteiras da Liberdade (romance) e ainda Visão Histórica da Literatura Piauiense, livro referencial da historiografia literária, em sua 8ª edição.

Intelectual, pertence á Academia Piauiense de Letras, de que é o atual Secretário Geral, à Academia de Letras do Vale do Longá, Academia de Letras do Médio Parnaíba, Academia de Ciências do Piauí, de que foi Presidente, Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons (Maranhão), Academia do Leste Maranhense, entre outras instituições no Estado e no país.

É Presidente Honorário da Academia Piauiense de Jornalismo e Presidente de Honra da Academia Piauiense de História. Padrinho da Academia Juvenil de Letras do Pro Campus, da Academia de Letras da Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz e da Academia Campomaiorense de Letras.

Patrono da Biblioteca da Unidade Premem, de Parnaíba; e da Biblioteca do SENAC de São Raimundo Nonato. Exerce atualmente o cargo de Secretário Geral da Academia Piauiense de Letras e da Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons, Maranhão.

Jonathas Nunes lança livro neste sábado

O ex-reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e membro da Academia Piauiense de Letras, Jonathas de Barros Nunes, lança, neste sábado (11), a obra “A moça da igreja e o homem da rosa vermelha”, um resgate da história de vida de seus pais Maria Baldoíno de Barros (dona Cota Nunes) e Aurino da Rocha Nunes, que se confunde com o resgate histórico sobre a macro-região de Picos. A relação de amor familiar é contada por Jonathas Nunes movido pela saudade e pelas lembranças, porém de forma contextualizada, permeando a história da cidade.

“Meus pais nasceram na última década da década de 1800. Famílias inteiras, fugindo das intempéries do sertão, encontraram ali a topografia do vale estuante de vida, cercado e protegido pelos picos picoenses. Duas famílias estão nesse meio. Dois de seus integrantes, nascidos na última década do século dezenove merecem aqui destaque. Um deles exibe na linhagem a presença dos Nunes, Rocha, Pereira e Araújo. O outro abre os olhos para a vida e chega aos Picos em plena noite de Natal de 1899; traz na fisionomia a eugenia dos Baldoínos, Barros, Leal e Borges. São movidos pelo fervor religioso, herdado do laço ibérico”, descreve o autor.

A obra é apresentada pela professora Maria Oneide Fialho Rocha, também ex-reitora da Uespi e integrante dessa linhagem familiar. Segundo Oneide, Jonathas, “no seu afã de pesquisador, adentrou nos caminhos da saga familiar, bebendo nas fontes da história oral e escrita. Nessa dinâmica, consultou arquivos, jornais, livros e sites em busca de pedras preciosas da história de sua família”.