APL presta homenagem póstuma a Celso Barros

A memória do acadêmico, jurista e professor Celso Barros Coelho foi reverenciada, neste sábado (19/11), pela Academia Piauiense de Letras (APL), onde ele ocupou a Cadeira 39, sendo o presidente da entidade no período de 1998 a 2000.

O panegírico de Celso Barros Coelho, falecido em 10 de julho passado, aos 101 anos de idade, foi realizado em sessão da Academia instalada no auditório da Nova ESA (Escola Superior de Advocacia), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Piauí.

O orador da sessão, presidida pelo acadêmico Zózimo Tavares, foi o escritor e acadêmico Oton Lustosa, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Piauí.

Ele discorreu sobre a vida e a trajetória profissional do homenageado, começando pela sua infância pobre, no interior do Piauí; a passagem pelo seminário e o ingresso no magistério, como professor de português, francês, grego e latim; até alcançar posições de destaque como jurista, docente universitário, político e intelectual.

“Na advocacia foi um gigante. Já ouviram os senhores e as senhoras que ele, ainda jovem advogado, notabilizou-se pelas defesas no júri que fez Piauí afora”, destacou o orador.

Na política

Oton Lustosa lembrou também a cassação de seu mandato de deputado estadual pelo regime militar de 1964 e seu retorno à atividade política, dez anos depois, como deputado federal.

“No exercício de seus mandatos eletivos, na Câmara dos Deputados, revelou-se um parlamentar operoso, combativo, requisitado pelo parlamento para o debate dos temas mais complexos da República. Integrou a Comissão de Constituição e Justiça, o colegiado mais expressivo da Câmara Federal. Mercê de sua condição de jurista, dotado de invejável preparo intelectual, foi-lhe confiada uma subrrelatoria do projeto de lei do maior estatuto de Direito Privado de nosso País, o Código Civil Brasileiro, cabendo-lhe a parte correspondente ao Direito das Sucessões”, destacou.

Na Academia

O orador observou que Celso Barros tinha relação de afetividade com a Academia Piauiense de Letras; a ela se referia com ufanismo e bem-querer. Era frequentador assíduo das sessões ordinárias aos sábados, e nas sessões solenes, muitíssimas foram as vezes em que a ele coube representar o sodalício, proferindo palestras, conferências ou discursos de recepção a acadêmicos neófitos ou de saudação a visitantes ilustres. Sobre ela escreveu vários artigos, destacando-se um substancioso ensaio histórico que publicou em 1992, por ocasião dos 75 anos de fundação da referida Casa de Letras.

Também produziu uma variada bibliografia, de que são referência obras como Homens de ideias e de ação, Perfis paralelos, Confronto de ideias, Política: tempo e memória, Memórias de Pastos Bons, Tempo e memória: Pastos Bons, Crônicas e perfis.

Agradecimento

O presidente da OAB-PI, Celso Barros Coelho Neto, falou em nome da família, agradecendo a homenagem da Academia.

Em discurso de improviso, lembrou momentos alegres e emocionantes da convivência com o avô.

À sessão estiveram presentes, além de acadêmicos, advogados e outros convidados, como o reitor da Universidade Federal do Piauí, Gildásio Guedes; o secretário municipal de Educação, Nouga Cardoso, representando o prefeito de Teresina; ex-senador Elmano Férrer e o ex-deputado federal Jesus Tajra, eleito para a Cadeira 39 da APL.

Estiveram presentes também a viúva de Celso Barros, dona Antônia Campelo, e sua filha Karine Barros.

A Academia Campomaiorense de Letras e Artes foi representada pelo acadêmico Ernani Napoleão e a Academia de Letras da Região Valenciana pelo seu presidente, Paiva Igreja.

A sessão foi transmitida simultaneamente pelos canais da OAB-PI e da APL no YouTube. Veja aqui:

Imagens: Jairo Moura/APL

APL presta homenagem à memória de Assis Brasil

“Assis Brasil foi o maior fenômeno da prosa ficcional da história literária do Piauí”, afirmou o professor e acadêmico Dilson Lages, na oração da saudade em memória do escritor.

O panegírico de Assis Brasil foi realizado no sábado passado (28/05), na Academia Piauiense de Letras, exatamente na passagem de seis meses do falecimento do escritor.

Dilson Lages disse que Assis Brasil, nascido em Parnaíba, em 1929, escreveu e publicou 140 livros, muitos deles reeditados várias vezes.

Sua trajetória literária foi iniciada em 1953, com o romance infanto-juvenil “Verdes mares bravios”.

Ao mesmo tempo, publicava artigos que o levaram a ser um escritor profissional.

A busca da perfeição

A professora Divaneide Carvalho fez o discurso de agradecimento da homenagem da APL, em nome da família, e destacou que Assis Brasil incursionou por todos os gêneros literários,

Foi jornalista, professor, historiador literário, tradutor, antologista, ensaísta e dicionarista, ao longo de mais de 60 anos de intensa atuação no campo das letras.

“Ascendeu sempre rumo à perfeição textual”, enfatizou, assinalando que o escritor atingiu o seu apogeu com o centésimo livro, intitulado “O sol crucificado”, publicado em 1998 e dedicado ao romancista O. G. Rego de Carvalho.

A homenagem

O panegírico de Assis Brasil, realizado no auditório da APL, contou ainda com a presença dos acadêmicos Carlos Evandro Eulálio, Elmar Carvalho, Felipe Mendes, Fides Angélica (secretária geral da APL e cerimonialista), Fonseca Neto (1º secretário), Francisco Miguel de Moura, Itamar Costa, Luiz Ayrton Santos Júnior, Magno Pires (vice-presidente), Nelson Nery (presidente do Conselho Estadual de Cultura), Oton Lustosa, Plínio Macêdo, Reginaldo Miranda e Teresinha Queiroz.

Também participaram virtualmente da Sessão Solene da Academia, realizada no formato híbrido e conduzida pelo presidente Zózimo Tavares, os acadêmicos Jonathas Nunes, Moisés Reis e Pedro da Silva Ribeiro, este de Brasília.

Entre os convidados, destacaram-se as presenças da presidente da União Brasileira de Escritores, Seção do Piauí, Lisete Napoleão Medeiros, da professora Raimunda Celestina (UESPI) e do professor Luiz Romero, da coordenação do Salão do Livro do Piauí (Salipi).

A Academia Piauiense de Letras publicou de Assis Brasil o livro “O Prestígio do Diabo”, volume 83 da Coleção Centenário,

Mesa de honra do Panegírico de Assis Brasil, na APL.

Acadêmicos presentes ao panegírico de Assis Brasil.

Academia homenageia a memória de Wilson Gonçalves

Panegírico do acadêmico Wilson Gonçalves.

A Academia Piauiense de Letras se reuniu nesta quarta-feira (16/03), às 17h, em sessão solene, para realizar o panegírico do acadêmico Wilson Carvalho Gonçalves, último ocupante da Cadeira 12. Ele faleceu em 15 de outubro do ano passado, aos 98 anos.

A oração da saudade foi proferida pelo acadêmico Nelson Nery Costa. O orador discorreu sobre seus vínculos familiares com Barras e com o homenageado.

O orador citou também as obras de Wilson Gonçalves – “Terra dos Governadores” (1987); “Os homens que governaram o Piauí” (1989); “Teresina, pesquisas históricas” (1991); “Dicionário Histórico Biográfico Piauiense” (1992/93); “Vultos da História de Barras” (1994); “Roteiro Cronológico da História do Piauí” (1996); “Grande Dicionário Histórico Biográfico Piauiense Comentado” (1997); “Antologia da Academia Piauiense de Letras” (2000); “Lucílio Albuquerque” (2002); “Dicionário Enciclopédico Piauiense Ilustrado” (2003) e “Antologia dos Poetas Piauienses” (2003).

A artista plástica Josefina Gonçalves, filha de Wilson Gonçalves, agradeceu a homenagem em nome da família.

Participaram da sessão, conduzida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares, os acadêmicos Carlos Evandro, Dilson Lages, Elmar Carvalho, Felipe Mendes, Fides Angélica, Fonseca Neto, Jonathas Nunes, Nelson Nery, Plínio da Silva Macêdo e Socorro Rios Magalhães, além de convidados. A sessão foi realizada no formato virtual.

O presidente da APL disse que as obras de Wilson Carvalho Gonçalves vão atravessar os tempos e viverão na memória dos piauienses como recortes e registros históricos que marcaram várias gerações.

 

Panegírico de Wilson Gonçalves será na quarta-feira, dia 16

Acadêmico Wilson Gonçalves.

 

A Academia Piauiense de Letras, realiza na próxima quarta-feira (16/03), às 17 horas, o  panegírico do acadêmico Wilson Carvalho Gonçalves, falecido em 15 de outubro do ano passado.

Ele ocupava a Cadeira 12 da APL. A oração da saudade será proferida pelo acadêmico Nelson Nery Costa.

A Sessão Solene em memória do acadêmico Wilson Gonçalves será realizada no formato virtual.

Celso Barros, 99 anos, comove APL no panegírico do Padre Raimundo José

A memória do padre Raimundo José Airemoraes Soares, último ocupante da Cadeira 20, foi reverenciada pela Academia Piauiense de Letras em sessão solene realizada ontem (5/6).

O panegírico teve como orador o acadêmico Celso Barros Coelho, de 99 anos. Foi ele quem fez também o discurso de recepção ao padre, quando ele tomou posse na APL, em 12 de agosto de 2004.

“Foi um momento de glória e felicidade, porque recebíamos o sacerdote e intelectual. Hoje é o contrário. Já não celebramos o ingresso dele na imortalidade, mas na eternidade”.

Celso Barros acentuou a presença do diálogo e da fé na vida do padre Raimundo José e disse que ainda podemos continuar a ouvi-lo, sempre que abrirmos o seu livro “A cidade medita”.

O discurso de agradecimento da homenagem, em nome da família, foi proferido pelo advogado João Pedro Ayrimoraes Soares, irmão do padre Raimundo José.

Ele destacou que o padre, no plano existencial, foi um gênio e um sábio e, no plano espiritual, um verdadeiro santo.

A sessão

A sessão virtual foi conduzida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares, com os trabalhos de cerimonial desenvolvidos pela secretária-geral, acadêmica Fides Angélica.

Compuseram a mesa de honra o reitor da Universidade Federal do Piauí, professor Gildásio Guedes, e o presidente do Conselho Estadual de Cultura, acadêmico Nelson Nery Costa, além de Celso Barros e João Pedro Ayrimoraes Soares.

Participaram da sessão ainda os acadêmicos Dilson Lages, Elmar Carvalho, Felipe Mendes, Jônathas Nunes, Itamar Costa, Moisés Reis, Nelson Nery, Nildomar da Solveira Soares, Oton Lustosa e Plínio Macedo, além de amigos e ex-alunos do homenageado.

O padre Raimundo José faleceu em Teresina em 7 de novembro do ano passado.

João Pedro agradece homenagem ao irmão na APL

Sessão da APL em homenagem ao padre e acadêmico Raimundo José

APL homenageia a memória do padre Raimundo José

A Academia Piauiense de Letras realiza Sessão Especial, neste sábado (5/6), em memória do padre e acadêmico Raimundo José Airemoraes Soares, último ocupante da Cadeira 20. O orador será o acadêmico Celso Barros Coelho.

A sessão começa às 10h e será realizada e transmitida através de plataformas digitais.

O padre Raimundo José Airemoraes Soares faleceu em 7 de novembro do ano passado, em Teresina, aos 87 anos.

Ele tomou posse na Academia Piauiense de Letras em 12 de agosto de 2004.

Doutor da Igreja – Nascido em São Pedro do Piauí, em 30 de março de 1933, Raimundo José Airemoraes Soares fez o Curso de Filosofia no Seminário Maior de Olinda, Pernambuco.

Era diplomado em Filosofia pela Academia Romana de Santo Tomás. Bacharel e licenciado (mestrado) em Sagrada Escritura, pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália.

Bacharel e licenciado (com mestrado) em Teologia, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Era doutor (PhD) em Teologia Pastoral, pela Universidade de Montreal, Canadá).

Publicou, entre outros, o livro “A Cidade Medita”.

 

APL presta homenagem a professor Santana neste sábado (15)

Os membros da Academia Piauiense de Letras se reúnem neste sábado (15) para o panegírico de Raimundo Nonato Monteiro de Santana, carinhosamente conhecido como professor Raimundo Santana, falecido aos 82 anos, em junho deste ano.

A homenagem será comandada pelo presidente da instituição, Nelson Nery Costa. Em seu discurso, Nelson destacará a presença e a atuação do professor Raimundo Santana na cultura e na produção de conhecimento piauienses.

 

“O que realmente o professor Monteiro de Santana buscava em suas pesquisas e estudos? Não a fórmula da pedra-filosofal para transformar o barro piauiense em ouro, como se fosse por magia e não pelo esforço. Ao contrário. Em suas reflexões demonstrava a necessidade do planejamento estratégica, do rigor científico e da paciência para se seguir passo a passo o roteiro necessário ao desenvolvimento.  A sua própria vida indicava que o trabalho e a meditação era o nexo correto para a redenção de uma terra pobre e inexpressiva”, afirma Nelson.

 

A vida de Raimundo Santana foi profícua. Além de advogado, foi professor de economia tanto na Universidade Federal do Piauí quanto da Universidade de Brasília. Foi um intelectual preocupado com a economia do Estado e dedicou suas publicações a esse tema. Mas também se dispôs a servir ao povo de sua terra, elegendo-se prefeito de Campo Maior.

 

“Depois de longo silêncio, em que se colocou, nos últimos anos como se ainda meditasse sobre o sentido da vida e sobre o destino do povo do Piauí, resolveu agora partir dessa nossa existência. Em meados de 2018, nos deixou, para virar uma estrela no céu, destinos dos heróis brasileiros, como na lenda contada por Macunaína de Oswald de Andrade”, finaliza Nelson Nery.

Academia Piauiense de Letras presta homenagem ao escritor Herculano Moraes

Os imortais da Academia Piauiense de Letras se unem a amigos, familiares e admiradores da obra e vida do jornalista e escritor Herculano Moraes, para um panegírico. A solenidade, tradicional momento em que os acadêmicos homenageiam o confrade falecido, acontecerá no próximo sábado (23), às 10h, na sede da APL.

A solenidade será conduzida pelo colega de profissão e de Academia Zózimo Tavares. “Vou discorrer sobre a sua trajetória jornalística e literária e destacar a contribuição que ele deu à imprensa e às letras, durante mais de 50 anos de intensa atuação como um dos mais destacados intelectuais de sua geração. O marco inicial dessa trajetória é a fundação do Círculo Literário Piauiense (Clip), em 1968, culminando com sua ascensão, mais tarde, à Academia Piauiense de Letras, de onde irradiou a sua marcante ação com vistas ao incentivo à leitura, à produção cultural e à difusão dos autores do Piauí”, explica Zózimo.

 

Falecido no dia 17 de maio, Herculano Moraes foi homenageado no dia 02 do mesmo mês pela passagem do seu aniversário de 73 anos. Ele ocupava a cadeira de número 18 e estava no exercício do cargo de secretário geral da Academia. Porém, sua vida foi construída sob uma constante e ativa vontade de participação em movimentos literários e produção contínua, desbravando e fundando academias de letras em várias cidades do Piauí.

 

Abraçou cedo a profissão de jornalista, exercendo as funções de repórter, redator e editor dos principais jornais do Piauí. Começou como repórter de polícia no Jornal A Voz do Piauí. Atuou no Jornal do Piauí e no O Liberal. Foi secretário de redação e editorialista dos jornais O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi ainda repórter, redator, editorialista e editor do Jornal O Dia. Atuou no rádio como produtor do Grande Jornal Falado A Voz da Notícia, noticioso da Rádio Clube de Teresina.

 

Com jornalistas e intelectuais fundou a UBE-PI e o Círculo Literário Piauiense – CLIP, que revelaria para a literatura nomes como Hardi Filho, Francisco Miguel de Moura, José Magalhães da Costa, Osvaldo Lemos e Geraldo Borges.

 

Na política, foi vereador de Teresina, secretário de Estado de Comunicação Social no Governo Lucídio Portella e Assessor Especial no Governo Mão Santa. Foi diretor do Theatro 4 de Setembro, da Casa Anísio Brito e do Museu Histórico do Piauí. E em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados, recebeu título de cidadania nos municípios de Barras, Campo Maior e Teresina.

 

Como escritor, foi poeta citado em inúmeras antologias nacionais. Historiador da literatura, cronista, articulista, autor de várias obras em que se destacam Murmúrios ao Vento, Território Bendito, Meus Poemas Teus, Legendas (Poesias), Ethos (crônicas e artigos), Fronteiras da Liberdade (romance) e ainda Visão Histórica da Literatura Piauiense, livro referencial da historiografia literária, em sua 8ª edição.

 

Como intelectual, pertenceu à Academia Piauiense de Letras, à Academia de Letras do Vale do Longá, Academia de Letras do Médio Parnaíba, Academia de Ciências do Piauí, de que foi presidente, Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons (Maranhão), Academia do Leste Maranhense, entre outras instituições no Estado e no país. Foi presidente honorário da Academia Piauiense de Jornalismo e presidente de honra da Academia Piauiense de História, padrinho da Academia Juvenil de Letras do Pro Campus, da Academia de Letras da Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz e da Academia Campomaiorense de Letras.