LEITURA: Um romance de Assis Brasil

Rogel Samuel  (*)
Em ”O prestígio do diabo” (São Paulo, Melhoramentos, 1988) Assis Brasil apresenta o panorama da vida da pequena classe média daquela época com maestria, pois o personagem Lázaro é escriturário, bem comportado, humilde, correto, calmo, preocupado com as aparências (“o que vão pensar?”, “começaram a olhar”, “podiam pensar que fosse um ladrão”), cuidadoso com a mãe e a irmã, tímido (nunca se declarou para Cacilda) e de repente, depois de algumas “quedas” (em que sentia que algo o empurrava ao chão) perde o emprego e começa a mudar. A alteração é lenta, quase imperceptível, mas vai assim até o seu surpreendente fim. O livro é muito bem construído, como todos os de Assis Brasil, e exibe a sociedade carioca das décadas de 60/70, o clima, o cotidiano, o centro da cidade, o subúrbio, no caráter humilde e bem comportado do jovem Lázaro (cujo nome é significativo). Sua mudança lenta e terrível, assim como foi a transformação moral da sociedade carioca. Há no livro um velado questionamento da luta do Bem contra o Mal, onde o “prestígio” do Mal vence.
O principal personagem, porém, é a sociedade carioca, a classe média pobre do Rio de Janeiro, a rua, a decadência das ruas, a vida, a corrupção do meio urbano. O romance é pessimista. Descreve com sutileza a loucura das grandes cidades. Abre a vida sem sentido, o aviltamento da moral brasileira, não só dos políticos ou da classe dominante, mas da sociedade como um todo, e principalmente a perda dos valores morais da classe média, o desvalorizar generalizado da vida privada, a sua favelização. O que está em jogo não é só vida pública, mas a contaminação do familiar, pois o mundo somos nós. O mestre Assis Brasil desse modo se faz herdeiro do romance machadiano.
(*) Escritor e crítico literário. Texto publicado originalmente em 29/11/21, na página do autor do Facebook. Uma nova edição da obra analisada saiu em 2017, através da Coleção Centenário, da APL. 

Abertas inscrições para a Cadeira de Assis Brasil

A Academia Piauiense de Letras publicou hoje (13/12) em seu site o edital abrindo inscrições à Cadeira 36, vaga com o falecimento do escritor e acadêmico Assis Brasil.

Conforme o edital, o prazo para as inscrições é de 30 dias. Com o recesso acadêmico regimental, o prazo de inscrições será interrompido e continuará com a abertura dos trabalhos da APL em 2022.

Os interessados deverão dirigir-se à Secretaria da APL (Avenida Miguel Rosa, 3300/Sul), no horário de 8h às 12h, através de requerimento dirigido ao Presidente, instruindo-o com exemplares de obras publicadas e curriculum vitae, com provas de naturalidade piauiense ou no referido Estado residir há mais de dez anos, conforme dispõem os arts. 1º e 7º, §§ 1º e 2º do Regimento Interno em vigor.

Eis o edital publicado pela APL:

Edital para o preenchimento da Cadeira 36 da APL

Academia de Letras do Vale do Riachão empossa membros

Os membros da ALVAR na solenidade de posse.

A Academia de Letras do Vale do Riachão (ALVAR) realizou na terça-feira (21/12) a solenidade de posse oficial dos acadêmicos da instituição.

O evento aconteceu no Bistrô Campeiro, no município de Santo Antônio de Lisboa.

A Alvar foi criada em 2020, durante assembleia realizada no dia 17 de agosto. Ao todo, 31 acadêmicos tomaram posse, entre eles o poeta Francisco Miguel de Moura, filho do município de Francisco Santos e titular Cadeira 8 da Academia Piauiense de Letras.

A primeira diretoria da ALVAR é assim composta: Nilvon Batista (presidente): Samuel Nascimento (vice-presidente); Felipe Valentim e Marli Veloso (primeiro e segundo secretários); Geovane Leal e Francisco de Assis de Sousa (primeiro e segundo tesoureiros).

A nova academia abriga intelectuais e produtores culturais de Francisco Santos, Santo Antônio de Lisboa, São Julião, Vila Nova do Piauí e de outros municípios da região do Vale do Riachão, na Grande Picos.

Francisco Miguel de Moura recebe seu diploma da ALVAR.

  

 

Acadêmico destaca aspectos relevantes da história do ensino superior em Parnaíba

Acadêmico Elmar Carvalho, em Sessão Especial da APL.

Em sua palestra “Faculdade de Administração – um dos cincos pilares da UFPI”, o acadêmico e poeta Elmar Carvalho fez uma contextualização da história econômica, social e educacional de Parnaíba.

Ele ressaltou a vocação empresarial e empreendedorista da cidade, tanto na indústria, no comércio, como na prestação de serviços, sobretudo nas áreas da saúde e da educação.

A palestra de Elmar Carvalho foi proferida na Sessão Especial da Academia Piauiense de Letras  dedicada à Faculdade de Administração de Parnaíba.

Ao discursar em nome da APL, ele relatou um fato hoje desconhecido, até mesmo por quase todos os parnaibanos: antes da Faculdade de Administração, já existira em Parnaíba dois cursos superiores, o de Teologia e o de Filosofia, que funcionaram de 1950 até 1966, quando foram transferidos para Fortaleza e Guaramiranga, no Ceará.

A Faculdade de Administração

O palestrante discorreu sobre os antecedentes da Faculdade de Administração, os embates e dificuldades para sua criação, bem como sobre a instituição da Fundação Educacional de Parnaíba, sua entidade mantenedora. Citou os pioneiros dessas duas instituições educacionais.

Também relatou as principais as ocorrências dessa faculdade, desde seus primórdios até sua incorporação pela Universidade Federal do Piauí (1971), e, posteriormente (2018), pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPar.

Sua palestra mostrou a evolução do Campus Ministro Reis Velloso (UFPI), que inicialmente tinha apenas os cursos de Administração de Empresas, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis, e que depois foi implantando novos cursos, até merecer, em 1992, o status de Centro de Ensino (unidade acadêmica), no organograma da UFPI.

Avançou até os dias atuais, quando  Administração de Empresas e os demais cursos foram absorvidos pela UFDPar, criada por desmembramento da UFPI.

Elmar Carvalho encerra ciclo de palestras em homenagem ao cinquentenário da UFPI.

Livro traz estudo sobre a obra de Clodoaldo Freitas

A capa do novo livro de Socorro Rios Magalhães

“O folhetim de Clodoaldo Freitas” é o título do novo livro da professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães, a ser lançado no início do próximo ano.

O livro traz um estudo sobre a obra ficcional de Clodoaldo Freitas, um dos fundadores e primeiro presidente da Academia Piauiense de Letras.

Na apresentação do livro, o professor Pedro Vilarinho Castelo Branco, da Universidade Federal do Piauí, acentua que a obra ficcional de Clodaldo Freitas, pela peculiaridade de ter sido publicada em forma de folhetins, passou muitas décadas desconhecida do público leitor e dos pesquisadores interessados em literatura.

Documento

Ele destaca ainda que, “este livro de Socorro Magalhães, elaborado com a sagacidade analítica que é peculiar na sua escrita, é parte do esforço de um grupo de pesquisadores das áreas de história e literatura que nas últimas décadas utilizam os folhetins de Clodoaldo Freitas como fontes documentais e como meio de acessar sociabilidades, universo político, os valores, os afetos e as tensões que marcaram a sociedade brasileira no final do século XIX e o início do século XX”.

A obra é prefaciada pela professora, historiadora e acadêmica Teresinha Queiroz.

O sumário do livro sobre Clodoaldo Freitas

Acadêmica Socorro Rios Magalhães.

ARTIGO “Bandeirantes”, de Assis Brasil

Francisco Miguel de Moura (*)

                                                                                                      

                       Primeiro pensei em falar apenas sobre o livro “Bandeirantes – Os Comandos da Morte”, Editora Imago, Rio, 1999, Volume I da série “500 Anos da Descoberta do Brasil”.  São 224 pgs. da epopéia do bandeirismo. De Borba Gato a Garcia Pais, Raposo Tavares, Fernão Dias e muitos outros personagens da História, sem contar os inventados.

– Não! – disse comigo mesmo, pois não se deve dizer muito sobre o livro no dia do lançamento, é indiscrição. Sugerir sua leitura, sim, é melhor homenagem ao escritor.

Depois pensei em falar sobre o Autor, Francisco de Assis Almeida Brasil, ou somente ASSIS BRASIL. Mas lembrei-me logo: São 106 livros publicados, contando com “Bandeirantes”, marca até então somente superada, ao que sei, por Coelho Neto. A singularidade de sua construção romanesca foi outra alternativa que me ocorreu. Mas não calha bem para o momento. Uma análise merece paciência e tempo mais do que me é dado.

Situemos, pois, a contribuição de ASSIS BRASIL como escritor. Depois que Jorge Amado parou de produzir, quem seriam os melhores romancistas deste país? Citam-se Rubem Fonseca, Ana Miranda e Assis Brasil. Para meu gosto, o primeiro é um grande contista mas deixa muito a desejar como romancista. Ana Miranda escreveu três romances bons, mas anda longe de possuir a versatilidade de Assis Brasil, que é, sem dúvida, o maior escritor vivo e em exercício, levando-se em conta quantidade e qualidade, sem esconder que Assis Brasil é também o maior crítico literário que possui o Brasil.

Resta dizer o óbvio. Que saiu muito jovem de Parnaíba, onde nasceu, que enfrentou o mundo no peito e na raça, e venceu, continuando os estudos em Fortaleza, onde começa a trabalhar.  E que depois vai para o Rio, onde continua a luta maior, faz-se escritor, participa dos melhores grupos de sua geração, é vanguarda, e torna-se grande. Grande sem vaidade, sem orgulho tolo. Como homem realizado no ofício de escritor, vem-lhe o desejo natural de participar da Academia de Letras de seu Estado e vai eleito, assume, participa, aqui lança seus livros, aqui convive. Embora não tenha exatamente um espírito acadêmico.

Em se falando de Academia, permitam-me uma indiscrição. Na última carta que me fez, Assis Brasil informa: “Ontem fui à posse da Stella Leonardos na Academia Carioca de Letras. Ela é esforçada, quer sair da marginália, mas comete o erro de tentar se afirmar pela periferia…  A coisa é complicada. Passou 15 anos levando bolinhos e chás para os acadêmicos da ABL: Aurélio, Montelo, et caterva, e aplaudiam-na. Era uma festa. Quando se sentiu segura para candidatar-se a uma vaga – merecia – não entrou. Agora, o inexpressivo Murilo Melo Filho, bava-ovo do Bloch… Bem, a Stella teve um voto… Nem a prima Rachel votou nela.”

Depois da morte de Carlos Castelo Branco, nosso Estado ficou sem a representação que possuía na Academia Brasileira de Letras.  Assis Brasil bem merece participar da ABL. O falecimento de Dias Gomes abriu uma vaga. Creio que ele teria mais que o voto que teve minha amiga, a escritora Stella Leonardos. Assis Brasil merece muito mais, já venho dizendo e escrevendo há muito tempo. E por que não o Prêmio Nobel de Literatura para o Brasil e para Assis Brasil? Por que nasceu no Piauí, não merece? Merece, sim. Outros escritores brasileiros também merecem. Mas no momento seria oportuno e justo que alguma entidade cultural o lançasse.

Para nós, é uma alegria tê-lo como amigo, a Academia Piauiense de Letras se orgulha de tê-lo em seu quadro.  O Piauí deve orgulhar-se disto. Os brasileiros devem orgulhar-se da sua inteligência, capacidade e operosidade, do trabalho que faz para que a literatura cresça e prospere. Porque um povo sem literatura é um povo incompleto. Um povo com uma literatura fraca é um povo fraco. Uma língua sem literatura é uma língua fadada a morrer.

Numa época de dificuldades econômico-financeiras como a que atravessamos, é um milagre tanto estímulo para escrever, para publicar, e existir quem dispense tanta atenção como Assis Brasil dispensa à literatura e aos demais colegas, embora reconheça que muitos “coleguinhas” têm ciúme do seu sucesso e porque publica muito. Ora, ora, vão-se às capembas!

Não posso mencionar todos os livros que escreveu. Quanto a “Bandeirantes”, aviso que a introdução de ensaios didáticos, necessários, é bem elaborada. Tendo paciência, aprende-se. É neste ponto que lembramos de “Os Sertões”, com seus capítulos iniciais de geografia, geologia e ciências sociais, antes de entrar propriamente na epopéia de Canudos. E o livro Euclides da Cunha é padrão em nossa literatura.  Também não custa referir-me a uma obra internacional, “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera, que possui longa introdução teórico-filosófica. É a tendência universal, pós-moderna, do romance. Os romances históricos de Assis Brasil são assim, muito especialmente “Bandeirantes”.

Com base em historiadores de peso, uns mais criativos e outros mais anotativos, a Assis Brasil não lhe faltam boa matéria e imaginação. O imaginário para o romance histórico americano começa quando se sabe que não se sabe nada da origem dos povos primitivos da América, especialmente os do Brasil. Mas Assis Brasil investiga minuciosamente e coloca muitas perguntas de pé: se somos descendentes de asiáticos, dos atlantis, dos víquingues, dos fenícios, dos árabes ou autóctones. No final do capítulo introdutório, o Autor chega a uma conclusão. É quando escreve que “Ninguém, na realidade, sabe de onde viemos ou de onde se originaram os tupinambás (…)  …mas é simpático e curioso sabermos – talvez pelos desvãos mitológicos da História – que tupis e guaranis, em algum momento teriam exercido o papel de guarda-costeira dos vikings, do rio da Prata ao Amazonas e delta do Parnaíba. Na cidadezinha de Pedra do Sal, no Piauí, existiria um túnel viking, construído para a defesa da colônia e acesso a regiões mais seguras. Cremos que um dia será encontrado. No entanto, é estimulante para o romancista, cuja matéria prima é a imaginação, compartilhar da opinião de alguns pesquisadores que têm ligado a Àsia às Américas e seguido as pegadas dos enigmáticos migrantes, primeiro até a região central dos Estados Unidos, e depois até Monte Alegre, no Pará. Poderiam ter sido duas ‘pinças’ que, afinal, se encontraram. Mas, para os arqueólogos detalhistas, há diferença cultural entre os dois grupos a partir mesmo da ponta das flechas… Admitindo ainda os estudiosos do passado americano e brasileiro que poderiam existir outros povos nesse cadinho de especulação científica e histórica, resta saber quem eram os ‘intermediários’ entre os amazonenses e os norte-americanos.”

Por curiosidade, vão mais estas passagens, diante do que a gente se espanta com a crueldade daqueles homens, colonizadores e bandeirantes: a) –  Que Domingos Jorge Velho “recebeu francos elogios do arcebispo da Bahia por ter trazido, numa de suas entradas, 260 pares de orelhas de índios”;  b)  – que “os homens santos (jesuítas), em 1549, assistiram à cruel demonstração de força do comandante português (Governador Geral, Tomé de Sousa), ao estraçalhar, na boca dos canhões, o corpo de alguns índios velhos… e rebeldes”;  c) –  que “os membros da Companhia de Jesus, como José de Anchieta, diziam coisas tais como estas:  Para este gênero de gentes (os índios) não há melhor pregação do que espada e vara de ferro” .

“Bandeirantes”, de Assis Brasil, é um livro caleidoscópico no sentido próprio e no figurado, pois que apresenta seus personagens no presente, em ação.  Claro que se trata de  uma paráfrase, mas justo onde desponta a criatividade que falta à História, presa a documentos muitas vezes fictícios, forjados, apócrifos – especialmente a nossa. É justamente isto que se admira em Assis Brasil: não repetir-se na estruturação, enquanto escreve tanto, usando da técnica estilística da repetição. Forma, fórmula e fôrma. Assis é adepto da forma, abjura as fórmulas porque é criador, e da fôrma, nem falar, visto que quem a usa é o artesão. Primeiramente, como referi, vêm os ensaios. O romance começa mesmo lá pela pag. 71, com personagens da História que se transformam em personagens de romance, de drama, de tragédia. São eles João Ramalho, Borba Gato, Garcia Pais, Raposo Tavares, Fernão Dias Pais, Maria Betim, Maria Leite, Bartyra, Tanyyá, Tibiriçá, Brás Cubas e outros, em episódios diversos, sendo principais a fundação de São Paulo de Piratininga e Ipiroig.   Mas aí já é a estória da História, a qual nenhum bom apresentador  conta, quando muito aponta,  para que os leitores fiquem de água na boca.

Assis Brasil é um bandeirante das letras, no melhor sentido, enquanto caçador de pedras preciosas, com aquele ímpeto e a coragem indomável de quem sabe que busca o caminho da verdade, da beleza e das virtudes mais humanas.

Finalizando, refiro-me a um pequeno e comovedor episódio de “Bandeirantes”,  do capítulo “Estranho Leilão”.  O capitão Matias Cardoso e Fernão Dias Pais se encontram, descem de seus cavalos, abraçam-se e conversam sobre os entreveros com os índios mapaxós. Fernão Dias preocupa-se com os filhos José Dias e Garcia Pais e por um instante fica pensativo, coça a longa barba branca e diz que o primeiro “é veterano no combate e no matar”, mas Garcia Pais, embora animado, é inexperiente. Terá coragem de matar no fragor da batalha, mas, a sangue frio, que acontecerá? E se, chegado o momento, ele fracassar?

Matias Cardoso, entretanto, lhe assegura que Garcia Pais matará, “se é que já não matou”.  E acrescenta que o menino traz essa vocação no sangue.

Mas, inconformado, Fernão Dias contrapõe: – “Sei que não é hora nem tempo para tal assunto, primo Matias. Nunca conversaria sobre isso com Borba Gato ou com José Dias. Eles já estão macerados pelo que viveram e presenciaram de violência e de matança. O meu jovem Garcia Pais, sei, tem algo que os outros não têm… ou que já tiveram. É o lado bom da mãe dele. Não, não gostaria de vê-lo perder a face de misericórdia e de perdão. Tampouco posso dizer isso para Garcia Pais. Tenho me feito durão, frio, calculista perante ele. É que já fui como meu filho…”

Para os que acham que a arte não tem nada a ver com a moral,  o episódio do romance de Assis Brasil sirva de lição. Até àqueles homens turbulentos, cruéis, assassinos, o remorso chega pela pena do romancista:  é uma luz na escuridão dos  espíritos.

Esta foi a minha leitura, vocês farão outras, certamente. A literatura é o reino da liberdade. E o romance é o melhor gênero para exercê-la. Leiam o romance de Assis Brasil, é a melhor homenagem que podemos prestar a um autor.

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* Francisco Miguel de Moura é escritor e membro da APL. Apresentação de “Bandeirantes” na Academia Piauiense de Letras.

Arquidiocese lança livro sobre Dom Severino

Dom Jacinto preside o ato de lançamento do livro sobre Dom Severino/Imagens: Renato Bezerra

A Arquidiocese de Teresina e a editora Nova Aliança lançaram no final de novembro, no Palácio Episcopal, o terceiro volume da Coleção “Sucessores dos Apóstolos em Teresina”.

A obra traz a biografia e a ação pastoral de Dom Severino Vieira de Melo, o terceiro bispo do Piauí.

Ele governou a Diocese entre 1924 a 1955. Foi também o primeiro arcebispo de Teresina.

O ato de lançamento foi presidido pelo arcebispo metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Brito, e contou com a presença de convidados.

Duas sobrinhas-netas do biografado, ambas residentes em Teresina, participaram do evento.

A Academia Piauiense de Letras se fez representar pelo seu presidente, Zózimo Tavares, e ainda pelos acadêmicos Itamar Costa, Plínio Macedo e Fonseca Neto, este autor da obra, juntamente com o professor Paulo Libório.

Membros do clero na capital, como o vigário-geral de Teresina, Tony Batista, e padres de paróquias dos municípios também participaram do lançamento.

Estiveram ainda no evento o senador Elmano Férrer, o deputado federal Flávio Nogueira e a deputada estadual Teresa Brito.

A obra é dedicada à memória de Dona Socorro Claudino. Seus filhos Cláudia e João Vicente agradeceram a homenagem.

A Coleção “Sucessores dos Apóstolos em Teresina”, idealizada por Dom Jacinto, já lançou também os volumes sobre Dom Joaquim e Dom Otaviano, os primeiros dois bispos do Piauí.

Continuam abertas inscrições para a Cadeira de Assis Brasil

A Academia Piauiense de Letras publicou o falecimento do escritor e acadêmico Assis Brasil.

Conforme o edital, o prazo para as inscrições é de 30 dias. Com o recesso acadêmico regimental, o prazo de inscrições será interrompido e continuará com a abertura dos trabalhos da APL em 2022.

Os interessados deverão dirigir-se à Secretaria da APL (Avenida Miguel Rosa, 3300/Sul), no horário de 8h às 12h, através de requerimento dirigido ao Presidente, instruindo-o com exemplares de obras publicadas e curriculum vitae, com provas de naturalidade piauiense ou no referido Estado residir há mais de dez anos, conforme dispõem os arts. 1º e 7º, §§ 1º e 2º do Regimento Interno em vigor.

Eis o edital publicado pela APL:

Edital para o preenchimento da Cadeira 36 da APL

Nova Academia empossa seus membros

Os membros da ALVAR na solenidade de posse.

A Academia de Letras do Vale do Riachão (ALVAR) realizou na terça-feira (21/12) a solenidade de posse oficial dos acadêmicos da instituição.
O evento aconteceu no Bistrô Campeiro, no município de Santo Antônio de Lisboa.
A Alvar foi criada em 2020, durante assembleia realizada no dia 17 de agosto. Ao todo, 31 acadêmicos tomaram posse, entre eles o poeta Francisco Miguel de Moura, filho do município de Francisco Santos e titular Cadeira 8 da Academia Piauiense de Letras.
A primeira diretoria da ALVAR é assim composta: Nilvon Batista (presidente): Samuel Nascimento (vice-presidente); Felipe Valentim e Marli Veloso (primeiro e segundo secretários); Geovane Leal e Francisco de Assis de Sousa (primeiro e segundo tesoureiros).
A nova academia abriga intelectuais e produtores culturais de Francisco Santos, Santo Antônio de Lisboa, São Julião, Vila Nova do Piauí e de outros municípios da região do Vale do Riachão, na Grande Picos.

Francisco Miguel de Moura recebe seu diploma da ALVAR.

Novo acadêmico visita APL e agradece acolhida

Imagens: Ascom/APL

Fonseca Neto, Carlos Evandro, Zózimo Tavares e Magno Pires, na APL.

O professor Carlos Evandro Eulálio, eleito no sábado passado (18/18) para a Cadeira 38 da Academia Piauiense de Letras, fez hoje (22/12) visita de cortesia à instituição.

Ele foi agradecer a todos os acadêmicos a acolhida para figurar entre os membros da Casa de Lucídio Freitas, em votação consagradora, na qual recebeu 30 dos 32 votos registrados.

Carlos Evandro foi recebido pelos acadêmicos Zózimo Tavares (presidente), Magno Pires (vice-presidente) e Fonseca Neto (1º secretário).

O novo acadêmico

Carlos Evandro Martins Eulálio formou-se em Letras em 1973, pela Universidade Federal do Piauí.

É professor, latinista, linguista, crítico literário e escritor. Estudioso da obra do poeta Mário Faustino. Tem mestrado em Educação.

Publicou os livros “Mário Faustino Revisitado” (textos críticos e antologia comentada), pela Coleção Centenário, da APL (vol. 115); “Elementos de Língua Latina (Nova Aliança, 2013); “Latim Forense para Estudantes” (2009); “A Literatura Piauiense em Curso – Mário Faustino, Seleta Comentada” (APL/Corisco, 2000).

Carlos Evandro no Salão de Reuniões da APL com membros da Diretoria.

Academia disponibiliza nova coleção do “Notícias Acadêmicas”

A Academia Piauiense de Letras disponibiliza em seu site uma nova coleção do boletim “Notícias Acadêmicas”.

A coleção postada é relativa ao ano de 1988 e registra as atividades da APL durante todo o ano.

Um dos destaques é para a visita do então presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, ao Piauí.

O acadêmico passou três dias em Teresina, como convidado oficial da APL.

Digitalização

Todo o acervo do informativo “Notícias Acadêmicas” já foi digitalizado e está sendo editado em PDF para facilitar o livre acesso dos interessados.

A digitalização decorre de projeto aprovado pelo Siec-21 (Secretaria Estadual de Cultura), com patrocínio do Grupo Claudino, via Socimol.

Veja o link: https://www.academiapiauiensedeletras.org.br/noticias-da-academia/

APL faz doação de livros ao Salipi

Livros doados ao Salipi 2021.

A Academia Piauiense de Letras doou livros para distribuição entre os participantes das palestras e dos cursos realizados pelo Salão do Livro do Piauí (Salipi), encerrado ontem (19/12).

Os livros doados pela APL são de autores piauienses e foram publicados pelas Coleções Centenário e Século 21, nos mais diversos gêneros: poesia, conto, crônica, romance, história, memória, etc.

O presidente da Academia, Zózimo Tavares, disse que a doação dos livros, além de simbolizar o apoio da APL ao Salipi, também tem o objetivo de divulgar os autores piauienses e incentivar a leitura.

O coordenador geral do Salão do Livro do Piauí, professor Kássio Gomes, agradeceu o incentivo da Academia e relatou que os contemplados com os livros, através de sorteio, ficaram muito felizes.

Este ano, o Salipi foi realizado em duas versões, no formato híbrido (presencial e virtual), correspondendo aos anos de 2020 e 2021.

O evento durou uma semana, no Espaço Cultural Rosa dos Ventos, da Universidade Federal do Piauí.

Salipi foi realizado no Espaço Cultural Rosa dos Ventos (UFPI).