(1937). Quinto e Atual Ocupante da Cadeira nº 22 da APL.
(Teresina-PI, 1937). Professor, jurista e escritor. Bacharel em Direito pela Universidade do Brasil. Ex- Presidente da Ordem dos Advogados-PI. Ex-assessor Jurídico do Banco do Brasil, no Piauí. Assistente Jurídico da Prefeitura de Teresina. Professor da Escola Superior da Magistratura, no Piauí. Juiz Eleitoral substituto do TRE/PI. Bibliografia. Juizado Especial Civil – A Justiça da Era Moderna, 1996; Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Piauí, 1996; Princípios Elementares do Organização Jurídica do Estado do Piauí; e Eleição, 1998.
Excerto do seu discurso pronunciado por ocasião de sua posse na Academia Piauiense de Letras.
Ingresso no Templo de Lucídio Freitas com muíto orgulho, Estou consciente do papel de singular relevo que as Academias têm por desenvolver no novo milênio. Há, entre tantas missões, de engajar-se esta Academia na luta contra a “desnacionalização linguística”, como definiu o crítico literário Wilson Martins. Há que apoiar movimentos de Defesa da Língua Portuguesa. Há, portanto, que – com grandeza e autoridade – procurar resgatar o idioma da danosa da “desnacionalização” que desfigura a nossa língua, levando à errônea conclusão de ser pobre, sem beleza, vaga e limitada, quando dispomos de 400 mil vocábulos, aliás um número igual ao inglês, segundo o filólogo Antônio Houaiss. Há, em suma, demonstrar que o português é dotado de incontáveis recursos léxicos capazes de acompanhar as inovações, as novas descobertas e as infreáveis mudanças por que passam o mundo moderno. Por outra lado, não obstante seja a Academia Piauiense de Letras uma instituição emblemática da cultura piauiense, nada impede possa ela conciliar e manter atuantes as duas coordenadas da tradição e da modernidade que “hão de constituir as referências obrigatórias deste esforço sinérgico de harmonia; os elementos fundantes da tradição e a necessária renovação ditada pelo novos tempos”, segundo o acadêmico Tarcísio Padilha, da Academia Brasileira de Letras. Acrescenta aquele imortal que “a cultura brasileira se opulenta a cada geração”, levando-me a comungar do entendimento de que esta Academia “há de estar atenta às modulações das ideias, das crenças e dos valores para inserir na ação cultural a sua marca e o seu peso institucional, de modo a abrir-se crescentemente a um fecundo diálogo com as demais entidades culturais”, tudo em benefício do Piauí, na permanente busca da humanização da cultura deste povo.
Fonte: SILVEIRA, Nildomar. Livro do Centenário da Academia Piauiense de Letras. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2018, Coleção 100 ANOS nº 1.