Piauí perde Nildomar da Silveira Soares

O desembargador, escritor e acadêmico Nildomar da Silveira Soares faleceu hoje (22/08), no início da tarde, por complicações decorrentes da Covid-19.

Ele tinha 84 anos e ocupava a Cadeira 22 da Academia Piauiense de Letras, na qual tomou posse em 27 de setembro de 2000.

Nildomar da Silveira Soares foi internado há dez dias, depois de ser diagnosticado com a Covid-19, chegando a ser entubado no último dia 17.

Ele não resistiu às complicações da doença e faleceu no começo da tarde. O sepultamento será no final da tarde, no cemitério Jardim da Ressurreição, em cerimônia reservada apenas à família.

A APL divulgou Nota de Pesar pelo falecimento do acadêmico.

Desembargador tomou as duas doses da vacina

O presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, afirmou que instituição recebeu com muita tristeza a notícia do falecimento do acadêmico Nildomar da Silveira Soares.

Segundo ele, os acadêmicos vinham acompanhando as notícias da internação do desembargador Nildomar desde o início.

O próprio desembargador postou no grupo de WhatsApp da APL que tinha contraído a Covid-19 e que estava a caminho da internação.

Os acadêmicos tinham a mesma confiança da família na sua recuperação, pois Nildomar havia tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19 e também a da H1N1.

Nildomar com os pais, quando criança, em Teresina

Da OAB ao TJ

Nildomar da Silveira Soares nasceu em Teresina, em 27 de novembro de 1937. Filho de Domingos Cordeiro Soares e Nilza da Silveira Soares.

Concluiu, em 1955, o Curso Científico no Internato do secular Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Formado pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro (1961).

Membro, representante da OAB-PI, na Comissão Examinadora do Concurso para o cargo de Juiz de Direito Adjunto do TJ/PI (1977). Secretário, Vice-presidente e Presidente da OAB – Piauí (1986/1991). Professor, desde 1988, da Escola Superior de Magistratura do Estado do Piauí. Chefe da Assessoria Jurídica do Banco do Brasil.

Juiz Eleitoral Substituto do TRE-PI. Juiz Conciliador do Juizado Especial Cível de Teresina (1991/1992). Assistente Jurídico do Prefeito de Teresina (1993/2002).

Membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros e da Academia Piauiense de Letras.

Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, empossado em 22 de abril de 2003.  Aposentou-se em 27 de novembro de 2007. Patrono do Fórum da Comarca de Marcolândia. Patrono da Sala dos Desembargadores Aposentados do Tribunal de Justiça do Piauí, instalada no Prédio Anexo. Patrono do Anexo do Juizado Especial Cível e Criminal da Vila da Paz.

Era casado com a professora Salete, com quem teve três filhos: Nildomar Filho, Marcelo e Sérgio.

Nildomar e Salete, na celebração do Jubileu de Ouro

Capas dos últimos livros lançados por Nildomar

Livros sobre Direito, Literatura e Memória

Nildomar da Silveira Soares escreveu e publicou vários livros na área jurídica, todos eles com grande aceitação: “Juizado Especial Civil – A Justiça da Era Moderna”, em 3ª edição, Editora Letras – São Paulo, 1996; “Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Piauí”, 1996; “Princípios Elementares da Organização Judiciária do Estado do Piauí”, 1997; “Eleições 98 – Lei nº. 9.504/97”, 1998; “Leis Básicas do Estado do Piauí”, 2000; “Leis Básicas do Município de Teresina”, em 3ª edição, 2001; “Leis Básicas do Judiciário Piauiense”, 2001; “Constituição do Estado do Piauí”, atualizada até 2003.

Na celebração dos 100 anos da Academia Piauiense de Letras, em 2017, ele publicou o “Livro do Centenário”. Trata-se de um livro-álbum que conta a história da Academia, ilustrada com a reprodução de documentos e de imagens de época.

No início deste ano, ele publicou o livro “Retalhos de Memórias”, escrito durante o isolamento social decorrente da pandemia da Covid-19.

Nildomar participava ativamente dos eventos virtuais da APL e tomava todas as precauções para evitar o contato com o vírus da Covid-19.

A despedida dos acadêmicos

Vários acadêmicos se manifestaram sobre a falecimento de Nildomar da Silveira Soares através do Grupo de WhatsApp da APL.

O médico e acadêmico Dagoberto Carvalho Júnior escreveu de Recife: “Admirador do confrade Nildomar Silveira, sobre quem escrevi recente memória, associo-me à saudade do bom amigo. Marcou um tempo em nossa ilustre Casa de Lucidio Freitas”.

O vice-presidente da Academia, Magno Pires, postou: “A tragédia mundial  da pandemia acaba de sacrificar mais um ser humano – O nosso querido e estimado Nildomar. Morte lamentável sob todos os aspectos. Nildomar era um ser humano querido e amado na APL. Deus o conserve no melhor lugar da corte celestial. ADEUS, AMIGO!”

Do primeiro secretário da APL, professor e acadêmico Fonseca Neto: “A Covid não é gripezinha e nosso confrade tinha cuidados de si”.

O ex-presidente da APL, Nelson Nery Costa, escreveu: “Muito triste. Era meu parente. Grande ser humano. Tristeza para todos nós”.

O juiz aposentado e poeta Elmar Carvalho postou: “Lamento demais. Gostava do confrade e amigo Nildomar. Sempre o considerei um homem honrado, digno e bom. Que Deus o receba em sua Glória e dê conforto a seus familiares”.

O médico e acadêmico Luiz Ayrton Santos Júnior escreveu: “Lastimável notícia. Deus guarde a todos. Sinto-me muito triste”.

O odontólogo, professor e acadêmico Plínio Macedo postou no grupo: “Lamentamos a triste partida do Confrade Des. Nildomar Silveira!”

O deputado e acadêmico Wilson Brandão escreveu: “Notícia muito triste! Doença tão traiçoeira que o confrade Des. Nildomar chegou a nos avisar pelo grupo que estava sendo internado. Fica para todos nós o caráter, a sua humildade, a intelectualidade, o compromisso e a amizade tenra do nosso querido desembargador. Que Deus possa estar ao seu lado e de sua família neste momento de tamanha tristeza”.

O economista, professor e acadêmico Felipe Mendes postou esta mensagem: “Triste notícia! Que ele esteja na Paz do Senhor, e que seu exemplo de vida nos inspire a todos”.

A professora e acadêmica Socorro Rios Magalhães escreveu: “Muito triste com esta notícia! Ele estava em pleno vigor, trabalhando nos seus escritos, como o livro de memórias que acabou de lançar”.

O médico, professor e acadêmico Anfrísio Lobão postou: “Notícia muito triste. Que Deus o tenha, traga conforto aos seus familiares e que seu exemplo frutifique entre nós”.

O professor e acadêmico Dilson Lages escreveu: “Associo-me ao pensamento de tristeza comum à APL, nesta tarde de domingo, diante da triste notícia do desaparecimento físico do acadêmico e des. Nildomar, cuja bela história é digna de grandes aplausos!”

“Lamentamos a morte do nobre Confrade Nildonar Silveira. Ficarão as boas lembranças de sua obra e de sua vida”, escreveu o advogado e acadêmico Valdeci Cavalcante.

O desembargador e acadêmico Oton Lustosa postou: “Uma triste notícia… Lamentamos profundamente. Nildomar Silveira deixa obras de referência, para a Casa de Lucídio Freitas e para a Capital de Saraiva”.

O advogado, escritor e acadêmico Moisés Reis também externou seu pesar: “O passamento do confrade Nildomar resulta em perda irreparável. Perde o Piauí, a APL e toda a sociedade teresinense. Foi-se um homem de relevante trajetória de vida, marcada pela decência, simplicidade e profundo respeito humano. Deixou, por onde passou, rastros luminosos. Grande cidadão!”

O poeta e acadêmico Francisco Miguel de Moura postou: “Nildomar foi meu colega duas vezes. Primeiro, no Banco do Brasil: Funcionário inteligente, cordato, aposentando-se por tempo de serviço, servindo no cargo de advogado, que desempenhou brilhantemente; depois, como confrade na APL, modesto, eficiente, generoso como amigo, aceitando contribuir sempre em todos momentos com sua paciência e devotamento.
Desembador exerceu seu cargo com proeminência de sábio, humilde, mas rigoroso no cumprimento da Lei.
Sua morte deixa um vazio impreenchivel no nosso coração, tão agradável e saudável que era o seu convívio.
Quem quiser saber do ser humano que foi Nildomar da Silveira
Soares, leia seu primoroso depoimento que é seu livro “Retalhos de memórias” (1937-2021).
Que Deus o receba lá no Altíssimo, sua limpa e virtuosa alma, com um coro de anjos em sua companhia.

Meus sentidos pêsames à distinta família enlutada.”

Conselho também lança nota de pesar

“O Conselho Estadual de Cultura do Piauí vem lamentar o falecimento do des Nildomar da Silveira Soares no dia de hoje, depois de muito lutar pela vida quando estava internado em hospital da cidade.

Além de advogado por muito anos do Banco do Brasil, foi Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Piauí, e Desembargador do Tribunal d Justiça do Estado Piauí. Publicou várias obras sobre Direito, especialmente sobre Juizado Especial.

Integrou a Academia Piauiense de Letras e lançou a obra Livro do Centenário da APL 1917 –  2017.

Intelectual, homem de bem e cidadão exemplar, vai deixar uma lacuna na vida cultural e institucional do Estado. Nelson Nery Costa. Presidente do CEC”.

Nota da Academia de Letras da Magistratura

“O Desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, presidente da Academia de Letras da Magistratura Piauiense, cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento do Des. Nildomar da Silveira Soares e externa, em nome da ALMAP, sinceros votos de pesar à viúva Maria Salete e aos filhos Nildomar Filho, Marcelo e Sérgio Wilson”.

Academia relembra a história da FAFI

A FAFI funcionou neste prédio, na Praça Saraiva.

A história da Faculdade Católica de Filosofia do Piauí será lembrada neste sábado (21/08) em sessão especial da Academia Piauiense de Letras.

Durante o evento, o professor e acadêmico Pedro S. Ribeiro vai proferir a palestra “FAFI: Vivências e Memórias”.

O acadêmico foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, criada pelo arcebispo metropolitano de Teresina, dom Avelar Brandão Vilela, e instalada oficialmente em 1958.

50 anos da UFPI

O presidente da APL, Zózimo Tavares, informou que a Academia vem realizando sessões especiais para homenagear as faculdades que contribuíram para a criação da Universidade Federal do Piauí.

“A FAFI foi um desses pilares, juntamente com a Faculdade de Direito, já homenageada pela APL. Vamos homenagear ainda as Faculdades de Odontologia, Medicina e Administração, que são as fundadoras da UFPI”, adiantou.

Com esses eventos, a Academia Piauiense de Letras está celebrando os 50 anos de criação da UFPI.

A sessão deste sábado está marcada para as 10h e será realizada no formato virtual, com transmissão pelo Canal da APL no YouTube.

Historiador fala na APL sobre identidade visual de Teresina

“Teresina demorou muito para ter uma identidade visual”. A opinião do jornalista, historiador e fotógrafo Paulo Gutemberg, e foi manifestada na sessão especial dedicada à cidade, cujo aniversário se comemora nesta segunda-feira (16/08).

A sessão foi realizada neste sábado (14/08) conjuntamente pela Academia Piauiense de Letras e pelo Instituto Histórico e Geográfico do Piauí, no formato virtual.

O palestrante disse que Teresina foi retratada primeiramente através de imagens verbais, literárias, como o título de “Cidade Verde” que ganhou do escritor maranhense Coelho Neto.

Durante sua palestra, o historiador e fotógrafo apresentou imagens de Teresina representativas de diferentes períodos, desde a Floresta Fóssil, com 250 milhões de anos, até a atualidade.

Ele prestou homenagens aos primeiros fotógrafos e artistas gráficos que retrataram Teresina, como Homero Rios de Lima, José Medeiros, Valdir Fortes, Guilherme Müller e Totó Barbosa.

A sessão foi transmitida pelo Canal da APL no YouTube e pela TV Nestante.

Teresina recebe homenagens da APL e do IHGP pelos seus 169 anos

A Academia Piauiense de Letras vai homenagear Teresina com dois eventos pela passagem do aniversário da cidade, a ser comemorado na próxima segunda-feira, dia 16.

A primeira homenagem é o “Chá das 5” desta quinta-feira (12), dedicado à capital, com o tema “Narrativas geográficas de Teresina”.

O entrevistado do programa da APL na TV Nestante (YouTube) será o professor Antônio Façanha, do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Piauí.

Ele é um pesquisador sobre a configuração urbana e social da capital.

O programa vai ao ar às 17h e contará com a participação especial do professor, historiador e acadêmico Fonseca Neto.

Imagens de Teresina

A segunda homenagem da APL a Teresina será prestada no sábado (14/08), às 10h.

A Academia e o Instituto Histórico e Geográfico do Piauí (IHGP) farão sessão especial conjunta na qual o historiador, jornalista e escritor Paulo Gutemberg vai proferir a palestra “Teresina 169: imaginário, figurações, imagens”.

A sessão será realizada no formato virtual, com transmissão pelo Canal da APL no Youtube.

Paulo Gutemberg, que é também fotógrafo, é autor de dois livros referenciais sobre a cidade: “Teresina”, publicado em 2004, e “Guilherme Müller e a invenção visual de Teresina”, de 2017.

No primeiro livro, ele mostra a origem de Teresina no sítio arquitetônico original, identificando os traços de criação e planejamento da cidade.

No segundo, documenta e reproduz imagens do fotógrafo Guilherme Müller sobre Teresina durante meio século, a partir do final da década de 1930.

APL recebe imagens inéditas de Alcides Freitas

Poeta Alcides Freitas, em foto de 1911, no Rio de Janeiro.

A Academia Piauiense de Letras recebeu esta semana um presente inusitado e precioso: um álbum digital com imagens até então desconhecidas do poeta Alcides Freitas, patrono da Cadeira 9.

As imagens foram feitas no início do século 20, no Rio de Janeiro. Várias delas são de 1911, ou seja, de dois anos antes do falecimento do poeta.

Elas foram encontradas casualmente pelo poeta Alexei Bueno, ex-diretor do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro.

Ele se comunicou com o cineasta Douglas Machado, seu amigo no Piauí, oferecendo o achado à Academia Piauiense de Letras.

Douglas Machado repassou a informação ao presidente da APL, Zózimo Tavares, que imediatamente entrou em contato com o poeta e recebeu as imagens, precedidas do seguinte e-mail:

Prezado Zózimo,

 Encontrei essa meia centena de cartões postais, ou fotos impressas sobre papel de cartões postais, como era comum na época, no chão, em frente da minha casa. Quase metade deles tem relação direta com o Alcides Freitas, parentes, contraparentes, amigos, etc. Os outros eram cartões do início do século, muitos de escritores, uns tantos sobre a Família Imperial Brasileira. Escaneei todos eles, e lhe mandarei agora aqueles onde há algo escrito, inclusive uma bela foto da Amélia de Freitas Beviláqua e do Clóvis Beviláqua, autografada pelos dois.

Surpresa e agradecimento

O presidente da Academia Piauiense de Letras agradeceu a contribuição do poeta Alexei Bueno à memória histórica da APL, ao repassar gentilmente as imagens à Academia.

A historiadora e acadêmica Teresinha Queiroz, estudiosa há mais de 30 anos da vida e da obra de Clodoaldo Freitas, Alcides Freitas e Lucídio Freitas, recebeu com entusiasmo a notícia que lhe foi repassada pelo presidente da APL: “Fiquei muito surpreendida e feliz com esse achado”.

Alcides Freitas na história 
“O poeta Alcides Freitas foi uma chama votiva e passageira da poesia piauiense”, como assim o definiu Assis Brasil. Vítima de tuberculose, morreu aos 23 anos, mal acabara de se formar em medicina. O poeta quase não teve tempo de ver publicado o seu primeiro livro, Alexandrinos, editado em 1912. Morreu no ano seguinte. A implacável doença mataria, algum tempo depois, o seu irmão Lucídio Freitas, que também estreou na literatura com Alexandrinos.

 Alcides Freitas nasceu em Teresina, em 4 de julho de 1890. Era filho do escritor Clodoaldo Freitas, um dos fundadores e primeiro presidente da Academia Piauiense de Letras.

 É o patrono da Cadeira 9 da APL, que teve como primeiro ocupante o poeta Lucídio Freitas (1894-1921). A cadeira foi ocupada sucessivamente por Pedro Borges da Silva (1890-1861) e Fontes Ibiapina (1921-1986).

Seu ocupante atual é o acadêmico Hugo Napoleão.

Fonte: ‘Sociedade dos Poetas Trágicos’, 2ª. ed (Teresina, 2006), de Zózimo Tavares.

Prefeitura de Teresina quer parceria com a APL

A valorização da literatura piauiense foi o tema principal da agenda do presidente da APL, Zózimo Tavares, com o secretário municipal de Educação, professor Nouga Cardoso.

A audiência foi na terça-feira passada (20/07), no gabinete do secretário, e contou também com a presença do presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, Sheyvan Lima.

Os dois secretários garantiram ao presidente da APL que o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, e o vice-prefeito Robert Rios lhes passaram instruções para que busquem ações de valorização da literatura piauiense na atual gestão.

O presidente da APL falou aos dois secretários sobre o movimento encabeçado pela Academia para o cumprimento das leis que determinam a implantação do ensino de literatura piauiense nas escolas públicas e privadas do Piauí.

Em 10 de junho o presidente da FCMC fez visita de cortesia à APL e manifestou a disposição da Prefeitura de Teresina de fazer parcerias com a instituição na área cultural.

Acadêmica Fides Angélica representa APL em inauguração de Biblioteca na OAB

A secretária-geral da Academia Piauiense de Letras, professora Fides Angélica, representou a APL na solenidade de inauguração da Biblioteca Advogado Hélio Martins Correia Lima, que teve a sua estrutura renovada.

A biblioteca está localizada na Nova ESA Piauí, que recentemente teve seu espaço amplamente reestruturado. O ato solene de inauguração foi realizado ontem (20/07).

O presidente da OAB-PI, Celso Barros Coelho Neto, explicou que a biblioteca é mais um investimento da Seccional para fomentar a cultura jurídica dos piauienses.

O espaço funciona das 8h às 14h com agendamento pelo telefone (86) 2107-5823 ou pelo WhatsApp (86) 9 9993-2042.

A solenidade de inauguração foi prestigiada ainda pelos membros honorários vitalícios da OAB-PI, Nelson Nery e Sigifroi Moreno, além de Fides Angélica, também ex-presidente da Ordem; por familiares do homenageado e conselheiros seccionais, presidentes e membros de Comissões Temáticas.

(Com informações e imagens da Ascom OAB/PI)

A nova biblioteca da OAB-PI

APL digitaliza acervo do boletim “Notícias Acadêmicas”

Toda a coleção do boletim “Notícias Acadêmicas” está sendo digitalizada. Trata-se do informativo oficial da Academia Piauiense de Letras, cuja primeira edição circulou em 1986, por iniciativa do então presidente da APL, professor A. Tito Filho.

O boletim circulou regularmente de 1986 até 1992. Daí para a frente, saiu em edições esporádicas e voltou a circular novamente a partir de 2020.

No atual biênio já foram publicadas quatro edições do informativo, todas elas nos formatos impresso e digital.

Acesso público

O presidente da APL, Zózimo Tavares, afirma que a digitalização de todo o acervo do “Notícias Acadêmicas”, com mais de 100 exemplares, deve ser entendida como mais um esforço da Academia no sentido de preservar a sua memória.

Depois da digitalização, já iniciada, todo o acervo do “Notícias Acadêmicas” será colocado à disposição do público interessado, no site da APL.

A digitalização do boletim é uma das ações constantes do projeto da APL aprovado para este ano pelo SIEC (Sistema de Incentivo Estadual à Cultura – Secult), com patrocínio do Grupo Claudino, através da Socimol.

O presidente da Academia Piauiense de Letras informou que está buscando financiamento para digitalizar também toda a coleção da Revista da APL, com mais de 80 números.

 

A menina que já leu 500 livros

Aos 13 anos, Edelainni Araújo Silva, aluna de escola pública de Teresina, está comemorando a leitura de 500 livros.

Ela esteve na sede da Academia Piauiense de Letras, na quinta-feira (1º/07), para celebrar o feito e recebeu de presente uma coleção de livros de autores do Piauí.

Ela foi recebida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares, e pela secretária-geral da Academia, Fides Angélica.

Muito comunicativa, Edelainni contou que começou a se interessar pela leitura já aos três anos de idade, e o gosto pelos livros se intensificou quando cursava a 3ª série.

Desde então, todo ano ela passou a se destacar em sua escola como a aluna que mais lia.

Em 2019, ela foi conferir as suas fichas de anotações nas bibliotecas e contou 375 livros já lidos.

De lá para cá, leu mais 175 livros, completando os 500 na semana passada.

São livros de todos os gêneros, mas sua preferência é pelos que contam histórias de magia e fadas.

O livro de número 500 lido por Edilanni foi “Vermelho, branco e sangue azul”, um romance de 385 páginas entre a Casa Branca e o Palácio de Buckingham.

O livro, escrito por Casey McQuiston, foi publicado em 2019.

Escritora mirim

Edelainni é de uma família pobre do bairro Água Mineral, zona Norte de Teresina. O pai, Deusenir Oliveira da Silva, vigilante, dá todo apoio à filha, com muito orgulho.

Ele acompanhava a jovem leitora na visita à Academia Piauiense de Letras, como faz sempre quando ela vai para as livrarias ou o Salão do Livro.

Em 2017, a Secretaria Municipal de Educação publicou um livro seu, intitulado “A Bolinha Mágica”, dentro de um projeto de incentivo à leitura nas escolas.

Por conta disso e pelo seu interesse pelos livros, já é chamada de escritora mirim.

Edilanni estuda na Escola Municipal 15 de Outubro, que funcionava na Avenida Duque de Caxias (dentro do Parque da Cidade).

Ela cursa o oitavo ano e sua escola foi transferida para a Governador Miguel Rosa, perto do Teatro do Boi, no bairro Matadouro.

Estuda das 13 às 17 horas e reserva a noite para as horas de leitura. “Gosto de ler à noite, não tem barulho”.

Ela reclama, entretanto, das aulas on-line, por causa da pandemia da Covid-19: “Não se aprende nada, é só tarefa e mais tarefa”.

Leitura no parque

A menina participa voluntariamente de um projeto cultural no Parque Lagoas do Norte.

A inciativa tem o objetivo de incentivar a leitura entre as crianças e foi interrompida por causa da pandemia.

Ela recebeu a garantia do presidente da APL de que a Academia vai apoiar o projeto quando ele for retomado.

Presidente da APL fala de Literatura Piauiense na UFPI

O presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, participou, hoje (30/06), de aula on-line da disciplina “Literatura Nacional VI – Autores Piauienses” do Curso de Letras da Universidade Federal do Piauí.

A convite da professora Jasmine Malta, ele apresentou aos estudantes uma síntese da história e das atividades da APL, com destaque para o plano editorial.

Também discorreu sobre o movimento da Academia para implantar o ensino de Literatura Piauiense nas escolas das redes pública e particular do Piauí.

A professora Jasmine Malta informou que a disciplina que estuda os autores piauienses é obrigatória na UFPI desde 2010, com 60 horas-aula por semestre. Essa disciplina era optativa até 2009.

O Conselho Estadual de Educação baixou Resolução, no final do ano passado, a pedido da APL, cobrando o ensino de Literatura Piauiense a partir do ano que vem.

Aula no Curso de Letras da UFPI

APL faz convênio com o Sesc Piauí

A Academia Piauiense de Letras e o Serviço Social do Comércio (SESC), Administração Regional do Piauí, celebraram convênio com impactos positivos nas áreas cultural e social.

Através do convênio, os membros da APL, bem como seus dependentes, terão acesso aos serviços oferecidos pelo SESC/PI com pagamento de taxas de retribuição diferenciadas.

Entre os serviços oferecidos pelo SESC/PI estão: biblioteca, desenvolvimento artístico e cultural, desenvolvimento físico e esportivo, educação complementar e turismo social.

Esses serviços são prestados através de suas unidades em Parnaíba, Luís Correia, Teresina, Floriano, Oeiras, Piracuruca e Picos.

Os beneficiários do convênio precisam portar a Carteira do Sesc para acessarem os serviços assegurados pelo convênio, que foi assinado pela diretora administrativa financeira e de Operações do SESC/PI, Lara Socorro Pereira da Costa, e o presidente da APL, Zózimo Tavares.

O presidente da Academia destacou e agradeceu o empenho do acadêmico Valdeci Cavalcante, presidente da Fecomércio no Piauí, para a celebração do convênio.

Palestra sobre cultura nordestina na APL

Uma palestra sobre a cultura nordestina marcou o encerramento, ontem (26/06), do primeiro semestre acadêmico de 2021 na Academia Piauiense de Letras.

A palestra foi proferida pelo professor Wilson Seraine, membro do Conselho Estadual de Cultura.

Ele fez um panorama sobre as mais diversas expressões da cultura do Nordeste – literatura, música, dança, culinária, folclore, cordel, etc.

A sessão, conduzida pelo presidente da APL, Zózimo Tavares, foi realizada através de plataforma digital e transmitida pelo Canal da APL no YouTube.

Participaram da sessão os acadêmicos Dilson Lages, Elmar Carvalho, Fonseca Neto, Jonathas Nunes, Itamar Costa, Luiz Ayrton Santos Júnior, Moisés Reis, Nelson Nery Costa, Nildomar da Silveira Soares, Oton Lustosa, Pedro da Silva Ribeiro (de Brasília) e Plínio Macedo.

Além dos acadêmicos e dos convidados de Teresina, participaram ainda convidados de diversas cidades do interior piauiense, como Água Branca, Campo Maior, Parnaíba, Picos e São Gonçalo do Piauí. O deputado federal Paes Landim participou de Brasília.

A Academia volta a se reunir em agosto, quando será retomado o seu calendário de sessões e eventos.

Palestra sobre cultura nordestina na Academia Piauiense de Letras
Sessão de encerramento do semestre acadêmico na APL

O palestrante

Na apresentação do conferencista, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, acadêmico Nelson Nery, informou que Wilson Seraine é professor, produtor cultural, memorialista, pesquisador e escritor.

Formou-se em Licenciatura Plena em Física, na Universidade Federal do Piauí, em 1988.

É especialista em Proteção Radiológica em Aplicações Médicas, Industriais e Nucleares pela Faculdade Casa Branca/São Paulo.

É mestre em Ensino de Ciências e Matemática e doutorando em Engenharia Nuclear no PEN/COPPE/UFRJ.

Há 26 anos é professor de física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI).

É autor de 10 livros nos segmentos de educação e cultura popular, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, membro da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço e da Academia de Ciências do Piauí.