JONATHAS de Barros NUNES

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(1934). Quarto e Atual Ocupante da Cadeira nº 2 da APL. 

(Jerumenha-PI, 05-06-1934). Militar. Professor e político. Bacharel em Física pela Universidade Federal de Brasília, em 1968. PhD em Física pela Universidade de Londres, em 1973. Bacharel em Direito pela

Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1964. Curso Superior da Academia Militar das Agulhas Negras, 1957. O Professor. Reitor da Universidade Estadual do Piauí. Ex-pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Rural do Rio de Janeiro. O Político. Deputado Federal pelo Estado do Piauí, na legislatura 1983-1987. Vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Bibliografia. Entre as publicações do professor Jônatas de Barros Nunes, destacam-se: Notas de Física, 1993, Editora da UFPI; Massive Spin Two Fields and General Relativity (PhD Thesis, Unio of London), 1973; Manual de Experiências com material caseiro, co-autoria, 1993, Editora da UFPI; Maia Helena: farol de olhos azuis, 2008; Jônathas, com a palavra, 2009; 1964: o DNA da conspiração, (Lançamento em edição nacional pela TV Globo) 2009; A Moça da Igreja e o Homem da Rosa Vermelha, (Lançamento pela APL e ACIPI) 2016.

Pertence à Academia Piauiense de Letras nº 02. Em 2008, tomou posse solene como Titular Vitalício da Academia de Ciências do Piauí. Desde 2013 ocupa a presidência da Academia de Ciências do Piauí, tendo sido reeleito para o triênio 2016/2018.

Uma exaltação a Zumbi

20 de Novembro
Dia Nacional da Consciência Negra
Homenagem a Zumbi dos Palmares

ORAÇÃO SEM VERBO

Palmeiras. Palmares. Quilombo. Zumbi! Quilombo de Palmares. Zumbi dos Palmares!
Afrodiáspora longa e penosa. Travessia do Atlântico Sul. Poemas épicos de Castro Alves, o cantor dos escravos: NAVIO NEGREIRO E VOZES D’ÁFRICA.
Os limites da condição humana!
Porões dos navios negreiros: o Getsémani da nação africana. Porões do sofrimento, da tortura e do desespero, mais do que os porões das ditaduras.

Princesa Aqualtune, avó de Zumbi: Rainha em seu próprio país e escrava aqui no Brasil.
Ganga Zumba, tio de Zumbi, construtor dos mocambos do Quilombo dos Palmares.
Invocações a Ofurum, evocações a Exu. Heróis boje no Orum: Mártires da raça negra.
Seguidores de Zumbi: mundo aqui e mundo afora!
Afroabolicíonista professor José do Patrocínio, Luiz Gama e Elisa Larkím. Mestre Guerreiro Ramos.
Luiza Mahín, mãe do negro libertário Luiz Gama, líder da revolta dos malês em 1835, na Bahia: desterro, exilio na África, sem direito ao próprio filho.
Nzinga – mulher angolana – heroína da luta de seu povo contra o colonizador português em sua própria terra – Angola; mãe da guerra dos negros angolanos em Luanda: mentora e autora das táticas de guerrilha do Reino Negro de Palmares, na serra da Barriga, entre Alagoas e Pernambuco.

Seguidores de Zumbi, mundo afora: hoje como ontem, combatentes na linha de frente da consciência negra:

  • Agostinho Neto e Eduardo dos Santos em Angola;
  • Martin Luther King, nos Estados Unidos;
  • Julius Nyerere, na Tanzânia;
  • Samora Machel, de saudosíssima memória, e Joaquim Chissano, em Moçambique;
  • Leopoldo Sedar Senghor, e seu Senegal, com “suas jovens das bocas maisfrescas que limões”;
  • Patrice Lumumba, líder máximo da nação africana congolesa, AmílcarCabral, fundador do PAIGG, na Guiné Bissau e Cabo Verde, vítimas indefesas desequestro e trucidamento, em seus próprios países, por agentes do imperialismo;
  • Robert Mugabe, na Rodésia, hoje Zimbabue;
  • Nelson Mandela, na África do Sul;
  • Sam Nujoma, na Namíbia;
  • Nanny, mulher jamaicana, quarenta anos de luta nas montanhas da Jamaica contra o colonizador inglês;
  • Abdias Nascimento – fundador do Memorial Zumbi no Rio de Janeiro;
  • Kwame Nkrumah em Gana, Samori Tourê e Sekou Tourê, na Guiné; ZUMBI, 300 anos atrás: a cabeça como troféu ao publico no Recife!

Vítima de seus próprios sonhos libertários!
Vítima de um carrasco ou assassino oficial da época: seu nome – Domingos Jorge Velho.
Brasil de Zumbi! A nação nagô em chamas!
Caldeamento de tantas etnias: balantes, manjagos e mandingos da Guiné Bissau, tsongas, changoneses, mianjas, macuas e macondes de Moçambique, uolofs e tuculés, xosas e sesotos, quimbundus, ovambos e bacongos de Angola, kalungas de Angola e do Congo.

África – terras d’África – vozes d’África: Angola e Dahomé, Niassa e Nampula, Zambézia Cabinda e Huambo, Huila, Benguela e Lubango, Guiné Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Terras de Moçambique, e também Nigéria, Serra Leoa, Gabão, Gana, Guiné, o Congo, Madagáscar, a ilha do amor.

Carnaval carioca, conquista máxima da cultura afrobrasileira, – maravilha da cultura contemporânea universal.

Patrimônio cultural do Continente Negro no Brasil.

Fonte de inspiração perene da alma e da cultura popular brasileira. Relíquia da presença negra no Brasil nestes últimos trezentos anos.

ÁFRICA NO BRASIL!

África das bruxarias, da magia negra, dos animismos, dos fetiches, das danças ritmadas e cheias de vida, do culto dos fantasmas, os vudus, a túnica dos yorubás, dos terreiros de candomblé, das capoeiras e dos maculelês, dos Oguns e dos Oloduns, de Egum e dos Vodus, dos búzios e dos tarois, dos vatapás e dos acarajés, dos fubás e da tapioca, do cuscuz e do mucunzá, bumbas e zabumbas, das congas e das congadas, de Yansã das lembarengas e aluvaiás, de Xangô e do Pai Oxalá, dos abarás, do carurú e dos aluás, de Exú e Oxóssi, Oxumaré e Orixás, das festas de Yemanjá, dos Axés do sangue, Axés da nação nagô, dos babalorixás, djumbais, quizumbas, atabaques e berimbaus.

Angola, capital luanda. Ainda que só por um dia, Brasil, capital Zumbi!

Fonte: NUNES, Jonathas de Barros. A Moça da Igreja e o Homem da Rosa Vermelha. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2016, Coleção Centenário nº 99.