APL comemora os 90 anos de Nerina Castelo Branco

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A Academia Piauiense de Letras comemorou hoje (9), às 10h, os 90 anos da decana Maria Nerina Pessoa Castelo Branco, em sua residência.

A acadêmica ocupa a Cadeira nº 35, uma das dez criadas na presidência de A. Tito Filho, escolhendo ela própria como patrono Antônio Alves de Noronha.

Atualmente, Nerina não pode comparecer aos eventos da Casa, devido a problemas de saúde e por conta de sua mobilidade reduzida, impossibilitando sua participação presencial.

O Núcleo Feminino da APL possui a sua coordenação de honra e tem como coordenadora executiva a acadêmica Socorro Rios Magalhães.

Nerina é a decana da Academia, não por ser a mais velha, mas por ser a primeira a tomar posse dentre os atuais membros, ainda em 19 de dezembro de 1966.

A presidente da APL, Fides Angélica Ommati, enalteceu a acadêmica e falou sobre sua importância para a cultura piauiense:

“Nerina é uma verdadeira referência para todos nós, não só como escritora, mas também como ser humano. Seu talento e comprometimento com a cultura piauiense são admiráveis e merecem ser ressaltados neste dia tão especial. Que possamos seguir seus passos, sempre buscando a excelência em tudo o que fazemos e valorizando a importância da literatura e da arte em nossas vidas. Parabéns, decana Nerina Castelo Branco, por seus 90 anos de vida e de contribuição para a nossa academia e para a sociedade como um todo!”

Sobre Nerina: A acadêmica estudou no Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Teresina, e no Colégio Gentil Bittencourt, em Belém do Pará. Concluiu o ginásio em Teresina. Ingressou na Faculdade de Direito do Piauí em 1955 e, em 1956-57, estudou na Faculdade de Direito do Ceará, em Fortaleza, formando-se, porém, na Faculdade de Direito do Piauí, em 1958. Em Fortaleza, aderiu ao movimento concretista de poesia, que revolucionava a cultura no Ceará. Ingressou, depois, no curso de filosofia da Faculdade Católica de Filosofia do Piauí, formando-se em 1964; mais tarde, viria a integrar o corpo docente da instituição. Aposentou-se como professora titular da Universidade Federal do Piauí. Foi jornalista militante, com contribuições em jornais de Teresina, como O Dia, Jornal do Piauí e Jornal do Comércio. Conferencista, folclorista e poeta. Foi condecorada com a Medalha do Mérito Conselheiro Saraiva, da prefeitura de Teresina, e a Comenda do Mérito Da Costa e Silva, da União Brasileira dos Escritores/Piauí. Membro do Conselho Estadual de Cultura do Piauí e diretora da Biblioteca Estadual Cromwell de Carvalho. Professora emérita da Universidade Federal do Piauí. Membro da Academia Piauiense de Letras eleita em 1966, aos 32 anos, sendo a segunda mulher a entrar para essa academia. Entre outras obras, publicou: Poesias modernas I, Poesias modernas II, Outras poesias, Cruviana [contos], Além do silêncio e Solteira. Tem como filha adotiva Maria de Fátima Martins Dias, historiadora formada na Universidade Estadual do Piauí e doutora pela Universidade de Lisboa (2017).