Perfil Acadêmico

FRANCISCO MIGUEL de Moura

(1933). Quinto e Atual Ocupante da Cadeira nº 8 da APL – Poeta, ensaísta, cronista, cronista, romancista, jornalista e crítico literário. Nasceu no lugar Jenipapeiro, Picos, Estado do Piauí, hoje Francisco Santos, em 1933. Bacharel em Literatura Plena e Letras. Pós-graduação em Crítica de Arte pela Universidade Federal da Bahia.

Posição: Atual
Antecessor: Francisco da Cunha e Silva (Cunha e Silva) (1904-1990)
Data Nascimento: 16, junho, 1933
Naturalidade: Francisco Santos/PI

(1933). Quinto e Atual Ocupante da Cadeira nº 8 da APL.

Poeta, ensaísta, cronista, cronista, romancista, jornalista e crítico literário. Nasceu no lugar Jenipapeiro, Picos, Estado do Piauí, hoje Francisco Santos, em 1933. Bacharel em Literatura Plena e Letras. Pós-graduação em Crítica de Arte pela Universidade Federal da Bahia.

Pertence à Academia Piauiense de Letras ocupando a cadeira nº 8, cujo patrono é José Coriolano de Sousa Lima, e ao Conselho Estadual de Cultura.

Prêmios:
*Crítica: Dir.Acadêmico da FAFI -Teresina 1971, Academia de Uruguaiana-RS, 1972
*Poesias: Academia Piauiense de Letras, 1983; Academia Mineira de Letras, B.Horizonte – MG, 2003; Revista “Poesia para Todos”, Rio – RJ, 2000; Concurso Nacional de Poesia, S. Paulo, 2000
*Soneto: Editora Alba, Varginha – MG, 2000
*Epitáfios: Edições Minas, Concurso Nacional de Poesia, Juiz de Fora, 1994
*Trovas: Centro de Cultura, Mogi das Cruzes – SP, 1972
*Crônicas: FENAB, Brasília-DF, 1983; Satélite Esporte Clube de São Paulo,1993
*Contos: Secretaria de Cultura do Piauí, 1984/1987; UBE/Academia Carioca de Letras, 2000
*Romances: Secretaria de Cultura do Piauí, 1986; Fundação Cultural do Piauí, Teresina, 2003
*Artigo: Diário dos Açores,IWA – 2005 – EUA
*Antologia: International Writers and Artists Association, 2006 – EUA

MILITÂNCIA

semente que tentou florir no rocha impossível, aqui. por trás da farda
de brim cáqui floriano preso na hierarquia.
por trás do capacete duro uma cabeça ágil, fervente,
por trás da violência de escravo (no dever?)
há um homem ferido e acorrentado (seja paz, seja guerra)
por trás dos olhos ligeiros de lince, de lança
há o homem-fome,
o homem-faz-medo-a-criança por trás, os olhos feridos
de distância
e o comum dia a dia.
tu vês (por profissão)
o campo de batalha no inimigo-irmão.
sabes ser leal ao dono e diferes do cão.
embora tudo isto
a cachaça e a sífilis
(e a gota de sangue do coração).

Comentários 

[…] Assim é que, depois de profundo mergulho no passado, sem qualquer interferência onírica, imbuído da pura realidade que lhe oferece a vida de indormidas noites na perseguição do crescente ideal de produzir, oferece-nos esta bela coletânea de crônicas de sua lavra. Trabalho elaborado na oficina de sua inteligência, enfeixa fragmentos de sua vida. Suas crônicas se assemelham ao esforço de um mestre em ourivesaria que recolheu, para seu trabalho, acendalhas auríferas, e as transformou em filigranas para montagem das peças, objeto de sua criação. Evidencia-se, por outro lado, que Chico Miguel não planejou o livro. Montou-o de pedaços como se estivesse arrancando partículas armazenadas do íntimo de sua alma, quando diz; sem se aperceber: “É isto que quero mostrar […]” quando fala de “Um Menino Perdido”. Sabe, em verdade, que não foi um menino perdido como tantos outros de seu tempo. Suas criações; quase todas; estão voltadas para dentro de si mesmo. São, pois, fragmentos de sua vida. Da vida sofrida de um menino do interior, porém, provido de muita inteligência, determinação e capacidade para apreender tudo que a vida sofrida lhe impusera. Desta maneira, tudo armazenou no seu íntimo para, em crônicas, amadurecidas, devolver aos seus pares, aos seus leitores, em forma de lições de vida que tanto dá alegria quanto comove a quem tenha o prazer de lê-las. O grande cronista, em verdade, não precisou criar a história de João Grilo e nem a de Canção de Fogo, nem mesmo de outro trancoso qualquer. A odisséia de menino do interior, vivida e observada pelo autor de E a vida se fez crônica, sem o querer, fê-lo personagem viva. Na produção literária, o difícil não é ser autor, difícil é ser autor e personagem ao mesmo tempo. Isto Chico Miguel conseguiu, e bem. (William Palha Dias, renomado romancista, contista, cronista e membro da Academia Piauiense de Letras)

O escritor Herculano de Moraes assim se expressou:

[…] Chico Miguel dá a sua contribuição, exercendo o domínio de uma dicção poética segura, exemplar, onde os valores cotidianos e existenciais valorizam a sua inventiva linguagem.

Fonte: MOURA, Francisco Miguel. Poesia (In)Completa. 2º ed. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2016, Coleção Centenário nº 56.
MOURA, Francisco Miguel. Posfácio à Literatura Piauiense de João Pinheiro. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2014, Coleção Centenário nº 11/B.
  • Areias-poesia (1966)
  • Linguagem e Comunicação…crítica (1972)
  • Pedra em Sobressalto-poesia (1974)
  • Bar Carnaúba-poesia(1979)
  • A Poesia Social de Castro Alves – crítica (1979)
  • Universo das Águas-poesia(1979)
  • Terra História e Literatura-antologia(1980)
  • Os Estigmas – romance (1984)
  • Eu e meu amigo Charles Brown-contos(1986)
  • Quinteto em mi(m)-poesia(1986)
  • Sonetos da Paixão-poesia (1988)
  • Um Depoimento Pós-Moderno-crítica (1989)
  • Assis Brasil -Conversa de Escritor-crítica (1989)
  • Laços de Poder-romance (1991)
  • Poemas Ou/tonais-poesia(1991)
  • Chico Miguel na Academia (parceria)-discursos(1993)
  • Poemas Traduzidos-poesias (1993)
  • Ternura – romance (1993)
  • E a vida se fez crônica-crônica(1996)
  • Poesia in Completa (1997)
  • Porque Petrônio não Ganhou o Céu -contos (1999)
  • Rebelião das Almas – contos (2001)
  • Vir@gens – poesia (2001)
  • Literatura do Piauí- história e crítica (2001)
  • Moura Lima – ensaio -(2002)
  • Sonetos Escolhidos -poesia (2003)
  • Miguel Guarani, mestre e violeiro – biografia (2005)
  • Dom Xicote – romance -(2005)
  • Poemas escolhidos -Antologia do autor -(2006)
  • Tempo Contra Tempo(parceria c/ Hardi Filho)- poesia (2007)
  • Arfogo – Romance da Revolução, poesia (2009)
  • A graça de cada dia, crônicas (2010)
  • O menino quase perdido, memorial da infância (2010)
  • 50 poemas escolhidos pelo autor (2013)
  • Posfácio a literatura piauiense de João Pinheiro (2014)
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