A Academia Piauiense de Letras comemorou, sábado (28), às 10h, o Dia do Cordel, com exposição, palestras e apresentação musical de repentistas.
A presidente da APL, Fides Angélica Ommati, abriu a sessão celebrando o momento e a importância de se homenagear essa expressão cultural que ocupa uma posição relevante no cenário cultural do país e que é uma importante ferramenta de preservação da cultura e da memória do povo.
Na solenidade, o advogado da União e cordelista Francisco Almeida explanou sobre a origem do cordel e suas características, fazendo também a leitura da história da APL em cordel. Ele falou, ainda, sobre a importância do evento:
“Este momento memorável é extremamente importante para nós que amamos o cordel. Muitos têm a falsa ideia de que a Academia é elitizada, que aqui não cabe o popular, e hoje comprovamos que não. A presidente Fides Angélica está de parabéns por assegurar espaço para todos e, principalmente, para esta manifestação da cultura popular brasileira tão nordestina e tão apaixonante como o cordel. Nosso muito obrigado!”
O repentista Raimundo Clementino falou sobre o cordel e a música.
O presidente da Cordelaria Chapada do Corisco, Joames, discorreu sobre o cordel no Piauí e seus principais cordelistas.
A vice-presidente da Cordelaria Chapada do Corisco, Marina Campelo, participou com uma alocução sobre a gramática e o cordel.
Joaquim da Mata, servidor público federal, cordelista e declamador, teve sua participação falando sobre “causos” cômicos de repentistas e tocando para o público.
Ao final da solenidade, houve a apresentação musical dos repentistas Agamenon e Nonatinho.
O evento teve a participação especial de estudantes e membros da Academia de Letras Juvenil Nossa Senhora da Paz (ALENJUNSP), coordenados pela professora Socorro Rabelo.
O cordel foi instituído como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 19 de setembro de 2018; já o Repente recebeu igual título em novembro de 2021.