Ao discursar na sessão comemorativa dos 200 anos de nascimento de Gonçalves Dias, o presidente da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira, afirmou que o poeta teve a capacidade extraordinária de prever há quase 200 anos o que seria o Brasil e que nós que viemos depois dele tivemos a incapacidade de editar o país para que ele se tornasse melhor.
O bicentenário do poeta Gonçalves Dias foi comemorado ontem (10/08) à noite na Academia Maranhense de Letras, com a participação da ABL, através de quatro de seus membros – Merval Pereira (presidente), José Sarney, Antonio Carlos Secchin e Marco Lucchesi.
A cerimônia celebrou também os 115 anos de fundação da Academia Maranhense de Letras e foi conduzida pelo presidente da instituição, desembargador e escritor Lourival Serejo.
O presidente da Academia Piauiense de Letras, Zózimo Tavares, representou a APL na solenidade, realizada no auditório da AML, com a presença de intelectuais e outros convidados do Brasil inteiro, além de autoridades como o ministro da Justiça, Flávio Dino, que integra os quadros da Academia.
O homenageado
Gonçalves Dias foi poeta, professor, crítico de história, etnólogo. Nasceu em Caxias, Maranhão, em 10 de agosto de 1823, e faleceu aos 41 anos, quando voltava da Europa no navio Ville de Boulogne, que naufragou nas costas maranhenses.
Patrono da AML e da cadeira 15 da ABL, por escolha do fundador Olavo Bilac. Pela obra lírica e indianista, Gonçalves Dias é um dos mais típicos representantes do Romantismo brasileiro e forma, com José de Alencar na prosa, a dupla que conferiu caráter nacional à literatura brasileira.
(Com informações da ABL)
AML, nos preparativos para a sessão pelo bicentenário de Gonçalves Dias.
Ator representa o poeta Gonçalves Dias na AML.