Casa de Lucídio Freitas abrigará Museu da Academia Piauiense de Letras

No ano em que completa o seu centenário, a Academia Piauiense de Letras fundará um museu destinado à exposição de telas de grandes nomes das artes plásticas piauienses, peças doadas por imortais e todo o seu acervo acumulado ao longo desses 100 anos. Para isso, a Casa de Lucídio Freitas, prédio que abriga a instituição, está passando por uma reforma para adequar-se ao projeto.

“Vamos iniciar o compromisso que temos com a cidade que é de dar à Teresina um museu. Temos um acervo rico na Academia e queremos expor para que as pessoas conheçam, temos uma pinacoteca com os principais artistas do Estado. Queremos dar mais essa contribuição à cultura piauiense. Nós tivemos 152 acadêmicos ao longo da história e mais os 40 patronos. Então, temos quase 200 nomes dentro da Academia entre produtores culturais, literatos, intelectuais, jornalistas e produtores de teatro. Essa é uma forma de interagir, já que nos últimos 100 anos nós temos feito parte da história do Piauí”, destaca Nelson Nery Costa, presidente da Academia Piauiense de Letras.

O prédio, localizado na avenida Miguel Rosa, uma das principais vias da cidade, foi doado à Academia no dia 29 de abril de 1986, pelo Governo do Estado através do governador Hugo Napoleão. Na época, a presidência da Academia era exercida por Arimathéa Tito Filho, que permaneceu no cargo entre 1971 e 1992.

A reforma, cujo projeto é da arquiteta Lavínia Brandão, contemplará todos os cômodos. Além de adequar o prédio ao propósito de abrigar o museu, a intenção é melhorar as instalações, garantindo espaço adequado para cada atividade exercida pelos imortais e para os eventos que são organizados pela instituição.

A entrega do museu deverá acontecer em dezembro, durante a programação do aniversário de 100 anos de fundação da APL. Além desse evento, os imortais preparam o Seminário Piauí 2100, que tem a intenção de discutir o Estado dentro de uma perspectiva de futuro, e a festa no dia 15 de dezembro.

“O centenário é dia 30 de dezembro e queremos fazer comemoração integrada. Teremos o Seminário Piauí 2100, olhando para o Piauí do futuro e ao mesmo tempo fazendo a trajetória da sua existência. Também temos muitos livros para lançar até dezembro. São sete livros já editados e ainda não lançados e outros quatro sendo produzidos. Ao todo, teremos 100 livros da Coleção Centenário lançados até o final do ano. É um processo em linha industrial e estamos conseguindo cumprir esse papel. Na Coleção Século XXI temos 16 livros lançados e lançaremos mais três no próximo sábado. Teremos também o Livro do Centenário da Academia, organizado pelo desembargador Nildomar Silveira, que é o nosso registro dos 100 anos. Estamos reeditando uma obra chamada Os Fundadores, que conta a história da fundação da APL. Ou seja, temos muito o que comemorar. A vida da academia é a vida do Piauí. Nós somos a alma intelectual do Piauí. A gente quer expor a história, a cultura e a alma piauiense”, finaliza Nelson Nery Costa.