Emoção marca homenagem a Herculano Moraes no Academia Piauiense de Letras

O tom foi de emoção em homenagem realizada na Academia Piauiense de Letras (APL) ao escritor e jornalista Herculano Moraes no último sábado (23). Os imortais da instituição centenária se uniram a amigos, familiares e admiradores da obra e vida do confrade falecido para um panegírico. “É um momento de muita saudade, nós ainda vamos homenagear muito o Herculano”, disse o presidente da APL, Nelson Nery Costa.

Viúva de Herculano, Nilza Moraes leu o texto ‘Se o Amanhã não Vier’, detalhando o quão especial era o seu marido e a saudade que ficou com sua partida. Emocionada, ela fez uma singela reflexão sobre a vida e a necessidade de reafirmarmos dia após dia o amor. “A gente sempre acredita que haverá um amanhã, mas o dia de amanhã não está prometido para alguém, o hoje pode ser a única coisa que nós temos, então não perca a chance de dizer a quem você tem por perto o quanto que você os ama”, afirmou.

A solenidade foi conduzida pelo colega de profissão e de Academia Zózimo Tavares. Na ocasião, também ocorreu o descerramento de uma placa em homenagem ao escritor; membros do Sindicato dos Jornalistas do Piauí também estiveram presentes no panegírico.

Academia Piauiense de Letras presta homenagem ao escritor Herculano Moraes

Os imortais da Academia Piauiense de Letras se unem a amigos, familiares e admiradores da obra e vida do jornalista e escritor Herculano Moraes, para um panegírico. A solenidade, tradicional momento em que os acadêmicos homenageiam o confrade falecido, acontecerá no próximo sábado (23), às 10h, na sede da APL.

A solenidade será conduzida pelo colega de profissão e de Academia Zózimo Tavares. “Vou discorrer sobre a sua trajetória jornalística e literária e destacar a contribuição que ele deu à imprensa e às letras, durante mais de 50 anos de intensa atuação como um dos mais destacados intelectuais de sua geração. O marco inicial dessa trajetória é a fundação do Círculo Literário Piauiense (Clip), em 1968, culminando com sua ascensão, mais tarde, à Academia Piauiense de Letras, de onde irradiou a sua marcante ação com vistas ao incentivo à leitura, à produção cultural e à difusão dos autores do Piauí”, explica Zózimo.

 

Falecido no dia 17 de maio, Herculano Moraes foi homenageado no dia 02 do mesmo mês pela passagem do seu aniversário de 73 anos. Ele ocupava a cadeira de número 18 e estava no exercício do cargo de secretário geral da Academia. Porém, sua vida foi construída sob uma constante e ativa vontade de participação em movimentos literários e produção contínua, desbravando e fundando academias de letras em várias cidades do Piauí.

 

Abraçou cedo a profissão de jornalista, exercendo as funções de repórter, redator e editor dos principais jornais do Piauí. Começou como repórter de polícia no Jornal A Voz do Piauí. Atuou no Jornal do Piauí e no O Liberal. Foi secretário de redação e editorialista dos jornais O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi ainda repórter, redator, editorialista e editor do Jornal O Dia. Atuou no rádio como produtor do Grande Jornal Falado A Voz da Notícia, noticioso da Rádio Clube de Teresina.

 

Com jornalistas e intelectuais fundou a UBE-PI e o Círculo Literário Piauiense – CLIP, que revelaria para a literatura nomes como Hardi Filho, Francisco Miguel de Moura, José Magalhães da Costa, Osvaldo Lemos e Geraldo Borges.

 

Na política, foi vereador de Teresina, secretário de Estado de Comunicação Social no Governo Lucídio Portella e Assessor Especial no Governo Mão Santa. Foi diretor do Theatro 4 de Setembro, da Casa Anísio Brito e do Museu Histórico do Piauí. E em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados, recebeu título de cidadania nos municípios de Barras, Campo Maior e Teresina.

 

Como escritor, foi poeta citado em inúmeras antologias nacionais. Historiador da literatura, cronista, articulista, autor de várias obras em que se destacam Murmúrios ao Vento, Território Bendito, Meus Poemas Teus, Legendas (Poesias), Ethos (crônicas e artigos), Fronteiras da Liberdade (romance) e ainda Visão Histórica da Literatura Piauiense, livro referencial da historiografia literária, em sua 8ª edição.

 

Como intelectual, pertenceu à Academia Piauiense de Letras, à Academia de Letras do Vale do Longá, Academia de Letras do Médio Parnaíba, Academia de Ciências do Piauí, de que foi presidente, Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons (Maranhão), Academia do Leste Maranhense, entre outras instituições no Estado e no país. Foi presidente honorário da Academia Piauiense de Jornalismo e presidente de honra da Academia Piauiense de História, padrinho da Academia Juvenil de Letras do Pro Campus, da Academia de Letras da Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz e da Academia Campomaiorense de Letras.

No primeiro romance de Fides Angélica, o tempo é o fio condutor

A Academia Piauiense de Letras (APL) lança, neste sábado (16), o primeiro romance da jurista Fides Angélica: ‘Presença do Tempo’. Com experiência na área do Direito e da Política, a escritora se aventura em uma história marcada por personagens simples e ricos de princípios morais, utilizando o tempo como arcabouço para as mudanças e superação de entreveros. “É o meu primeiro romance, sempre escrevi muito, mas só na área de direito e política, tenho livros didáticos, não-didáticos, então o Nelson (Nery) me cobrou um romance e eu fiz um romance de pessoas simples, que não são ricas, mas que têm muitos princípios morais, éticos, pessoas trabalhadoras, que foram vencendo pelo seu próprio trabalho, é um livro que fica em aberto”, indica a escritora.

No livro ‘Presença do Tempo’ os finais possíveis são “vários”, estimulando o leitor a imaginar sobre os desdobramentos do romance. “Eu deixei em aberto, porque minha intenção é dar continuidade com os personagens do primeiro livro, incluindo outros também”, revela a autora.

O primeiro romance de Fides Angélica é mais uma obra que constitui a coleção centenário, que desde 2016 traz obras que reúnem informações, histórias, fatos, relatos e imagens que retratem a história da Academia, como também do povo piauiense e de sua cultura. “Foi um desafio muito grande, porque eu nunca tinha me envolvido com romance, eu leio muito desde jovem, livros clássicos, livros nacionais e também estrangeiros, mas essa minha avidez de ler não significa que me tornei apta para escrever uma ficção, eu nunca tinha pensado em ficção, quando o Nelson (Nery) me cobrou, comecei a escrever e é um romance muito simples, com pessoas de boa formação, bons princípios e que procuram ter uma vida honesta. Não é um romance inovador, só que eu dividi em tempos os capítulos, não é dividido em capítulos e sim em tempos, é a presença do tempo, o tempo determinando a maneira deles agirem, tudo em um tempo e eu pretendo escrever um outro continuando o tempo”, frisou Fides Angélica.

Nota de pesar

É com profundo pesar que a Academia Piauiense de Letras, consternada com o falecimento do acadêmico Raimundo Nonato Monteiro de Santana, solidariza-se com os familiares e diversos amigos que nosso confrade deixa nesse plano.

Informa ainda que o velório está acontecendo na Capela Jardim da Ressurreição e o sepultamento ocorrerá às 17h. Raimundo Nonato Monteiro de Santana ocupava a cadeira 32 da APL.

Academia Piauiense de Letras lança novos livros da coleção Centenário

A Academia Piauiense de Letras lançou no último sábado, 09 de junho, novas publicações da Coleção Centenário. Os livros lançados, foram: A Criação Universal, Leonardo das Dores Castelo Branco; Dicionário de Brasileirismos no Piauí, de Fontes Ibiapina; É preciso filosofar, de Manfredi Mendes de Cerqueira; e Lendas e Superstições do Norte do Brasil, de João Alfredo de Freitas.

Em evento liderado pelo presidente da APL, Nelson Nery Costa, as obras foram apresentadas para o público, consolidando a importância histórica da coleção para a literatura piauiense. Na segunda edição do ‘Dicionário de Brasileirismo no Piauí’, por exemplo, Fontes Ibipiana traz um valioso registro de vocábulos que vão muito além da obra, enaltecendo nossa cultura. “Fontes Ibiapina foi um grande observador do mundo. Permitam-me dizer, um grande avó. Contador de histórias, colecionador de coisas e cacarecos, distribuidor de causos e de palavras de um menino de fazenda”, indicou a neta de Fontes Ibiapina, Laila Ibiapina Caddah.

Reeditado pela APL, em ‘Lendas e Superstições do Norte do Brasil’, João Alfredo de Freitas analisa a psicologia do povo, principalmente os mais incultos, com suas crendices, lendas, fantasias e superstições. A obra foi publicada pela primeira vez em 1884.

COLEÇÃO CENTENÁRIO – A coleção traz para os piauienses obras que reúnem informações, histórias, fatos, relatos e imagens que retratem a história da Academia. “Estamos realizando uma série de eventos em homenagem aos 100 anos da APL; a Coleção Centenário é um desafio editorial e não tem nada similar no Brasil”, indicou o presidente da APL, Nelson Nery Costa.

A instituição está desenvolvendo uma programação desde dezembro do ano passado em que comemora os seus 100 anos. Entre os eventos, já ocorreu a entrega da Medalha do Centenário a mais de 50 personalidades que contribuíram ou tem contribuído para a literatura piauiense. Também já ocorreu a inauguração do Museu da Cultura Literária Piauiense, instalado na Casa de Lucídio Freitas, sede da Academia.

Além disso, a Coleção Centenário vem, desde 2016, fazendo um resgate de obras antigas, importantes, escritas por intelectuais renomados, que tratam sobre o Piauí e sobre tudo que se relaciona com o Estado.

Academia Piauiense de Letras lança novos livros da coleção Centenário

A Academia Piauiense de Letras lançou no último sábado (09/06) novas publicações da Coleção Centenário. Os livros lançados, foram: A Criação Universal, Leonardo das Dores Castelo Branco; Dicionário de Brasileirismos no Piauí, de Fontes Ibiapina; É preciso filosofar, de Manfredi Mendes de Cerqueira; e Lendas e Superstições do Norte do Brasil, de João Alfredo de Freitas.

Em evento liderado pelo presidente da APL, Nelson Nery Costa, as obras foram apresentadas para o público, consolidando a importância histórica da coleção para a literatura piauiense. Na segunda edição do ‘Dicionário de Brasileirismo no Piauí’, por exemplo, Fontes Ibipiana traz um valioso registro de vocábulos que vão muito além da obra, enaltecendo nossa cultura. “Fontes Ibiapina foi um grande observador do mundo. Permitam-me dizer, um grande avó. Contador de histórias, colecionador de coisas e cacarecos, distribuidor de causos e de palavras de um menino de fazenda”, indicou a neta de Fontes Ibiapina, Laila Ibiapina Caddah.

Reeditado pela APL, em ‘Lendas e Superstições do Norte do Brasil’, João Alfredo de Freitas analisa a psicologia do povo, principalmente os mais incultos, com suas crendices, lendas, fantasias e superstições. A obra foi publicada pela primeira vez em 1884.

COLEÇÃO CENTENÁRIO – A coleção traz para os piauienses obras que reúnem informações, histórias, fatos, relatos e imagens que retratem a história da Academia. “Estamos realizando uma série de eventos em homenagem aos 100 anos da APL; a Coleção Centenário é um desafio editorial e não tem nada similar no Brasil”, indicou o presidente da APL, Nelson Nery Costa.

A instituição está desenvolvendo uma programação desde dezembro do ano passado em que comemora os seus 100 anos. Entre os eventos, já ocorreu a entrega da Medalha do Centenário a mais de 50 personalidades que contribuíram ou tem contribuído para a literatura piauiense. Também já ocorreu a inauguração do Museu da Cultura Literária Piauiense, instalado na Casa de Lucídio Freitas, sede da Academia.

Além disso, a Coleção Centenário vem, desde 2016, fazendo um resgate de obras antigas, importantes, escritas por intelectuais renomados, que tratam sobre o Piauí e sobre tudo que se relaciona com o Estado.

Eleição para cadeira 24 será decidida em segundo turno

Os imortais da Academia Piauiense de Letras se reuniram no último sábado (19) para definirem, através de eleição, o ocupante da cadeira 24, que pertencia ao desembargador Paulo Freitas. Concorreram à vaga o ex-vice-governador Felipe Mendes de Oliveira e o médico cardiologista José Itamar Abreu. Ao todo, 33 membros da instituição votaram, sendo que 18 deram anuência ao nome de José Itamar e 15 votaram em Felipe Mendes, nesse sentido, como nenhum dos candidatos obteve o número mínimo necessário para a eleição no turno inicial (20 votos), o processo irá para o segundo turno.

O desembargador Paulo Freitas, ocupante da cadeira 24, faleceu no dia 23 de janeiro do ano passado. O patrono da cadeira era Jonas de Moraes Correia. Esta foi a segunda eleição destinada a ocupação da vaga. No primeiro pleito, o resultado foi empate tanto no primeiro quanto em segundo turno. Segundo o regimento interno da Academia, em caso de empate, os imortais devem se reunir novamente para uma nova eleição.

Com o resultado, o presidente da Academia Piauiense de Letras (APL), o advogado Nelson Nery Costa, indicou que a instituição terá 30 dias para abrir o segundo turno e definir o ocupante da cadeira. “O estatuto prevê que se tenha a maioria absoluta, então temos até 30 dias para abrir o segundo turno, mas eu creio que a academia vai dar uma paradinha para refletir. A vaga vem desde fevereiro do ano passado em aberto, então estamos preocupados com isso e vamos refletir para definir qual o melhor caminho para recompor o número de imortais”, disse.

Veja breve perfil dos candidatos

José Itamar Abreu

Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, tem vasta experiência na área cardíaca, tendo passado por hospitais do Pará e São Paulo. Idealizou e instalou a Academia Longaense de Letras, Cultura, História e Ecologia (IALLCHE), com sede na invicta Alto Longá, quando resgatou à posteridade a importância dos valores culturais que constituem a história vitoriosa da cidade de Nossa Senhora dos Humildes. Os seus colegas de médicos também reconheceram o valor do cardiologista José Itamar Abreu Costa quando consagraram seu nome para a vice-presidência da Academia de Medicina do Piauí, biênio 2013/14. Entre suas obras estão Um Hospital de Excelência no Céu e Coronárias do Tempo.

Felipe Mendes de Oliveira

Formado em Economia pela Universidade Federal do Ceará com pós-graduação em Consultoria Industrial junto à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. Sua estreia na vida pública aconteceu no governo Dirceu Arcoverde como secretário de Fazenda e depois secretário de Planejamento, mantendo este último cargo durante o governo Lucídio Portela. Pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal do Piauí e assessor da Sudene a partir de 1983, foi eleito deputado federal e reeleito pelo PPR em 1994, foi candidato a vice-governador. Candidato a deputado estadual em 2002, obteve uma suplência. Foi secretário municipal de Planejamento e depois secretário municipal de Finanças nos dois mandatos do prefeito Sílvio Mendes em Teresina. Durante os três primeiros meses do governo Moraes Souza Filho retornou ao cargo de secretário de Planejamento e esteve à frente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Publicou as obras “A indústria de couros e peles do Nordeste”, “Estado do Piauí: metas físicas do curto prazo” e “A implantação dos sistemas de Conta Única e programação financeira no estado do Piauí – primeiros resultados”.

Sessão no Congresso Nacional homenageia APL e lembra morte de Herculano Moraes

Durante sessão solene ocorrida na manhã desta segunda-feira (21), o Congresso Nacional prestou uma homenagem aos 100 anos da Academia Piauiense de Letras. Em seu discurso, o senador Elmano Férrer, proponente da homenagem, destacou o papel da instituição para a difusão e preservação da cultura literária piauiense e lamentou a morte do acadêmico Herculano Moraes, ocorrida na quinta-feira (17).

 

Segundo o senador Elmano Férrer, a instituição centenária é fruto da ousadia de um grupo de intelectuais, seus fundadores, e se tornou, ao longo do tempo, referência. “Desde então, a APL tornou-se a nossa guardiã da cultura, da educação e do saber e congrega os maiores expoentes do meio cultural do nosso Estado. A exemplo da criação da Academia Brasileira de Letras, a fundação da Academia Piauiense de Letras foi um ato de ousadia dos intelectuais da época que assumiam, a partir dali, as rédeas das ações culturais do nosso Estado. Dentre as inovações, a Revista da APL merece destaque. É a mais antiga publicação literária em atividade no Estado, um importante veículo de difusão do gosto pela literatura, a linguística, a história e sua geografia”, disse.

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Fotos: Agência Senado

Elmano destacou também a dinamicidade com que a Academia vem trabalhando e desenvolvendo diversos projetos, como a Coleção Centenário, a instalação do Museu da Cultura Literária Piauiense e a reforma do prédio sede da instituição, obra que preservou toda a arquitetura da centenária Casa de Lucídio Freitas. “O rol de personalidades da APL traz nomes que enchem de orgulho o nosso povo. São poetas, escritores e juristas da estatura do atual e dinâmico presidente, Nelson Nery Costa, que exerce magnífica gestão, conduzindo diversas iniciativas de incentivo à produção entre os acadêmicos e a sociedade em geral”, afirmou.

Foi lembrado também que alguns membros da Academia também tiveram passagem pelo Congresso Nacional, a exemplo de Alberto Silva, Hugo Napoleão e Petrônio Portela.

A sessão solene foi presidida pela senadora Regina Sousa e teve proposição conjunta do deputado federal Paes Landim. O presidente da instituição, Nelson Nery Costa, alguns acadêmicos e seus familiares, além de convidados e a vice-governadora Margarete Coelho, estiveram presentes à solenidade.

Memória

O senador Elmano Férrer fez referência também, durante seu discurso, à morte do acadêmico Herculano Moraes, jornalista e escritor falecido na quinta-feira (17). O parlamentar lembrou do seu importante papel como secretário estadual de Comunicação e sua atividade literária. “Proponho que esta sessão seja também em homenagem ao grande jornalista Herculano Moraes”, finalizou.

Congresso presta homenagem ao centenário da Academia Piauiense de Letras

O centenário da Academia Piauiense de Letras será celebrado na segunda-feira (21), às 11 horas, em sessão solene do Congresso Nacional, no Plenário do Senado Federal. A proposta foi do senador Elmano Férrer (Podemos-PI) e do deputado federal Paes Landim (PTB-PI). Na solenidade, será realizada uma homenagem ao acadêmico Herculano Moraes, que faleceu na última quinta-feira, dia 17.

A Academia Piauiense de Letras (APL) foi fundada no dia 30 de dezembro de 1917, em Teresina, por um grupo de intelectuais, tendo à frente Lucídio Freitas. “A sessão solene do Congresso é para lembrarmos que maior patrimônio de uma sociedade é a cultura do seu povo. A APL tem uma grande história, que merece ser celebrada”, afirmou o senador Elmano Férrer.

A instituição é atualmente presidida pelo escritor e advogado Nelson Nery Costa. Hoje conta com 40 cadeiras, ocupadas por nomes importantes da cultura e literatura local.

Herculano Moraes

Durante a sessão solene, será realizada uma homenagem ao acadêmico, escritor, poeta, jornalista, analista literário, romancista e historiógrafo Herculano Moraes, que faleceu nesta quinta-feira, dia 17. Ele era o terceiro ocupante da cadeira n. 18 da Academia Piauiense de Letras e um dos pioneiros no processo de interiorização e democratização da cultura.

Morre aos 73 anos acadêmico e jornalista Herculano Moraes

Morreu nesta quinta-feira (17), aos 73 anos, o escritor Herculano Moraes. A morte foi confirmada pela Academia Piauiense de Letras (APL) no começo da noite. A APL informou ainda que a família não divulgou o local do velório e do sepultamento do escritor.

Herculano Moraes foi vereador de Teresina, secretário estadual de comunicação, diretor do Theatro 4 de Setembro, Casa Anísio Brito e do Museu Histórico do Piauí. O escritor também teve citações em inúmeras coletâneas nacionais.

OBRAS PUBLICADAS:
“Murmúrios ao Vento” (1965); “Vozes Sem Eco” (1967); “Meus Poemas Teus” (1969); “Território Bendito” (1973); “Cantigas do Amor Fundamental” ( 1974); “Seca, Enchente, Solidão” (1977); “Pregão” (1978); “Amor” (1987 e 1989); “Chão de Poetas” (1974); “A Nova Literatura Piauiense” (1976); “Visão Histórica da Literatura Piauiense”, 3 edições (1976, 1982 e 1991); “Fronteiras da Liberdade” (1981), romance; “Legendas” e outros. Foi incluído no livro “A Poesia Piauiense no Século XX” (1995), organizada por Assis Brasil e na coletânea “Piauí: Terra, História e Literatura” (1980), organizada por Francisco Miguel de Moura.
Herculano Moraes presidiu a Academia de Letras do Vale do Longá. É diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí; do Sindicato dos Escritores do Piauí, da Associação Piauiense de Imprensa, do Clube do Repórter do Piauí e sócio efetivo e perpétuo-fundador da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC), com sede em Piracuruca/PI,  onde é diretor e exerce o cargo de 1º Secretario. É verbete do “Dicionário Biobibliográfico de Escritores Brasileiros Contemporâneos” (1988), do escritor, historiógrafo, poeta, romancista, cronista e dicionarista Adrião José Neto, nascido no município de Luiz Correia, no litoral piauiense.

Leia a nota da APL

É com profundo pesar que a Academia Piauiense de Letras, consternada com o falecimento do acadêmico Herculano Moraes, solidariza-se com os familiares e diversos amigos que nosso confrade deixa nesse plano.

Informa ainda que a família está decidindo onde ocorrerão o velório e o sepultamento.

Fonte: G1 Piauí

Felipe Mendes e Itamar Abreu disputam vaga de imortal da Academia Piauiense de Letras

A Academia Piauiense de Letras se reunirá no próximo dia 19 para eleger o novo imortal ocupante da cadeira número 24. Os dois inscritos que concorrerão à vaga deixada pelo desembargador Paulo Freitas são o ex-vice-governador Felipe Mendes de Oliveira e o médico cardiologista José Itamar Abreu.

Os candidatos serão votados pelos 39 imortais. Os acadêmicos que moram em Teresina deverão ir até a sede da APL preencher a cédula de votação. Aqueles que moram fora solicitampreviamente o envio da cédula e mandam o voto pelos Correios. Logo após o fim do horário limite, a urna é aberta e a comissão eleitoral procede a contagem dos votos. Em seguida o eleito é anunciado. O primeiro colocado deverá obter 21 votos, maioria absoluta. Caso contrário, a disputa segue para segundo turno.

O estatuto da Academia estabelece que podem se candidatar à vaga de imortal os escritores nascidos no Piauí ou comprovadamente residentes no Estado há mais de 10 anos e quem tenham ao menos uma obra literária publicada.

O desembargador Paulo Freitas, ocupante da cadeira 24, faleceu no dia 23 de janeiro do ano passado. O patrono da cadeira era Jonas de Moraes Correia. Esta é a segunda eleição destinada a ocupação da vaga. No primeiro pleito, o resultado foi empate tanto no primeiro quanto em segundo turno. Segundo o regimento interno da Academia, em caso de empate, os imortais devem se reunir novamente para uma nova eleição.

Os dois candidatos inscritos, José Itamar Abreu e Felipe Mendes de Oliveira, estão agora no processo de campanha, sensibilizando os imortais em busca do voto de cada um. O pleito é conduzido pela comissão eleitoral, que é presidida pelo imortal desembargador Nildomar da Silveira Soares. A votação acontecerá no dia 19, das 09h até as 11h30, na sede da APL.

Veja breve perfil dos candidatos

José Itamar Abreu

Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, tem vasta experiência na área cardíaca, tendo passado por hospitais do Pará e São Paulo. Idealizou e instalou a Academia Longaense de Letras, Cultura, História e Ecologia (IALLCHE), com sede na invicta Alto Longá, quando resgatou à posteridade a importância dos valores culturais que constituem a história vitoriosa da cidade de Nossa Senhora dos Humildes. Os seus colegas de médicos também reconheceram o valor do cardiologista José Itamar Abreu Costa quando consagraram seu nome para a vice-presidência da Academia de Medicina do Piauí, biênio 2013/14. Entre suas obras estão Um Hospital de Excelência no Céu e Coronárias do Tempo.

Felipe Mendes de Oliveira

Formado em Economia pela Universidade Federal do Ceará com pós-graduação em Consultoria Industrial junto à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. Sua estreia na vida pública aconteceu no governo Dirceu Arcoverde como secretário de Fazenda e depois secretário de Planejamento, mantendo este último cargo durante o governo Lucídio Portela. Pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal do Piauí e assessor da Sudene a partir de 1983, foi eleito deputado federal e reeleito pelo PPR em 1994, foi candidato a vice-governador. Candidato a deputado estadual em 2002, obteve uma suplência. Foi secretário municipal de Planejamento e depois secretário municipal de Finanças nos dois mandatos do prefeito Sílvio Mendes em Teresina. Durante os três primeiros meses do governo Moraes Souza Filho retornou ao cargo de secretário de Planejamento e esteve à frente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Publicou as obras “A indústria de couros e peles do Nordeste”, “Estado do Piauí: metas físicas do curto prazo” e “A implantação dos sistemas de Conta Única e programação financeira no estado do Piauí – primeiros resultados”.

Não vivemos um prenúncio de 64 (I)

Não vivemos um prenúncio de 64; como querem a direita e até a suposta esquerda. Mas, especialmente setores empresariais que detestam política partidária, com democracia, em sua maioria. Muitos preferem um teto ditatorial. O cenário atual do país não tem conotações e/ou características com a situação político-institucional preexistente e instável como naquele infausto ano de 1964.

As Forças Armadas de então não aceitavam o Vice-presidente João Goulart (PTB) tido como notário político de esquerda e “Comunista”, bem como alinhado com as políticas doutrinárias em ação no leste Europeu, na Rússia e na Itália, além de Cuba. Também identificado com os sindicatos, supostamente de esquerda, e com cabos, soldados, marujos e sargentos do Exército, Marinha e Aeronáutica, aos quais dera apoio proeminente. Não tinha diálogo com o Congresso Nacional – Senado e Câmara.

E o líder gaucho Brizola, cunhado do Vice presidente, concitava as massas alimentando convulsão social com o seu poder popular e oratória eméritas, convincentes.

O quadro atual é completamente diverso. As instituições funcionam regularmente. Os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo trabalham, embora as divergências naturais e normais entre todos, resultado da democracia liberal consolidada no País. Embora ainda os problemas estruturais existentes na Educação e na Saúde; os milhares de famintos e analfabetos, além de forte desemprego. E problemas gravíssimos nas contas Públicas. Entretanto, reafirmamos, as instituições funcionam. E essas distorções sociais, políticas, econômicas, institucionais sempre existiram. Justamente porque não há políticas públicas permanentes e duradouras na área do planejamento estratégico de longo prazo. Os milhões, cerca de 5 milhões, sem habitação, por exemplo.

O país vive um momento difícil. Principalmente porque a ex-presidente Dilma Rousseff, despreparada por o exercício do cargo, e da suposta esquerda petista, foi desapiada da presidência pela ação de “impeachment” do Congresso Nacional. E o presidente Lula, então presidente, o líder popular mais relevante do Brasil, está preso por decisão democrática de Judiciário. Isto é, ação efetiva da Justiça; um dos pilares do regime democrático. Ação na qual o ex-presidente exerceu o amplo direito de defesa, o contraditório. E Lula foi um dos grandes construtores da democracia brasileira. Fez um Governo baseado em princípios republicanos. Desenvolvimentista. O País cresceu à taxa de 7,5% ao ano. Inédito! A liberdade de imprensa, termômetro da democracia, era e é exercida naturalmente.

Entretanto, compreendemos que Lula olvidara até do que conseguira construir para os brasileiros e o Brasil. A reforma do Poder Judiciário que havia  10 anos dependia de aprovação no Congresso Nacional.  Foi, talvez, uma das maiores ações do seu governo e gestão vanguardantes.

O pré-1964: as greves constantes; forte convulsão social existente; as instituições sem credibilidade e funcionamento muito baixo; moeda desvalidada; o Congresso Nacional sem credibilidade… O presidente da República não tinha diálogo com os políticos e o Congresso porque se identificava preponderantemente com a classe sindical e os militares de baixo escalão, como dissemos, cabos, soldados e sargentos, sempre amotinados, revoltosos e contrários ao Estado Maior. Havia uma grande indisciplina intra-militar, o que indignara o Estado Maior das Forças Armadas. Os militares entendem que eram estimulados à insubordinação pelo Presidente João Goulart e os seus líderes. Portanto, diante do quadro político, sem solução, o presidente renunciou a presidência e a Junta Militar assumiu. E, como resultado, 21 anos de ditadura militar.

O país não vive esse cenário relatado acima com o presidente Michel Temer. E Temer não cassou Dilma Rousseff. Foi uma ação político-institucional do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal – STF. Consequentemente, sem golpe, embora as falácias. Ademais, todas as instituições funcionam regularmente; ainda que com os problemas estruturais abundantemente existentes, que o presidente tenta corrigi-los e/ou contorná-los ou resolvê-los. Entretanto, não os lança para debaixo do tapete, cujo procedimento era o habitual. Ele os enfrenta determinadamente. Conversa, incansavelmente, com o Congresso Nacional. E consegue aprovar projetos do interesse do Brasil que estabilizam o seu Governo e o país. A economia cresce, embora lentamente. Há um rumo para estabilização da economia, sem recessão. A produtividade da indústria aumenta. O desemprego, ainda que muito alto, começa a refluir de sua grande quantidade. (Continua no próximo)

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico empresarial da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 101.650.000 acessos em 8 anos e cinco meses, e-mail: [email protected].