Emoção marca panegírico do professor Raimundo Santana

Os membros da Academia Piauiense de Letras se reuniram no último sábado (15) para o panegírico de Raimundo Nonato Monteiro de Santana, carinhosamente conhecido como professor Raimundo Santana, falecido aos 92 anos, em junho.

A homenagem emocionou o público presente na sede da instituição centenária, enaltecendo a obra e a trajetória de vida do professor Santana. “Primeira palavra é gratidão, honra de pertencer ao seio de uma família bonita que me presenteou com o professor Santana como pai, e por hoje estar aqui sendo reconhecido por seus pares, sua família de amigos”, disse a filha do homenageado, Ângela Santana.

O panegírico foi comandado pelo presidente da instituição, Nelson Nery Costa. Em seu discurso, Nelson destacará a presença e a atuação do professor Raimundo Santana na cultura e na produção de conhecimento piauienses.  “O que realmente o professor Monteiro de Santana buscava em suas pesquisas e estudos? Não a fórmula da pedra-filosofal para transformar o barro piauiense em ouro, como se fosse por magia e não pelo esforço. Ao contrário. Em suas reflexões demonstrava a necessidade do planejamento estratégico, do rigor científico e da paciência para se seguir passo a passo o roteiro necessário ao desenvolvimento. A sua própria vida indicava que o trabalho e a meditação era o nexo correto para a redenção de uma terra pobre e inexpressiva”, afirmou Nelson.

Aluno do professor Santana, o ex-secretário Paulo de Tarso também esteve presente no panegírico, prestando sua homenagem ao escritor. “Como tendo sido aluno dele na cadeira de economia política na tradicional faculdade de Direito do Piauí e tendo sido muito influenciado por suas ideias, lições e exemplo de vida pública dele, eu achei por bem vir aqui para demonstrar a minha gratidão, tudo que fui na vida, devo em grande parte as lições do professor Santana”, afirmou.

A vida de Raimundo Santana foi profícua. Além de advogado, foi professor de economia tanto na Universidade Federal do Piauí quanto da Universidade de Brasília. Foi um intelectual preocupado com a economia do Estado e dedicou suas publicações a esse tema. Mas também se dispôs a servir ao povo de sua terra, elegendo-se prefeito de Campo Maior.