Grupo encena peça de Júlio Romão na Academia Piauiense de Letras

As portas da Academia Piauiense de Letras se abrem, no próximo sábado (29), às 10h, para o grupo Aspetúnias, que encenará a peça “A Mensagem do Salmo”, de Júlio Romão. O escritor piauiense ocupou a cadeira 31 da Academia e é reconhecido em todo país pela sua obra de teatro e poesia, especialmente o Teatro Experimental do Negro e o estudo e resgate de artistas e intelectuais afro-brasileiros. A encenação marca o lançamento do livro Teatro, em que Júlio Romão apresenta as peças “A Mensagem do Salmo” e “José, o Vidente”. O livro integra a Coleção Centenário, que comemora os 100 anos da instituição.

A peça “A Mensagem do Salmo” é uma saga dramática do Cristianismo, que integra a obra do chamado Ciclo Bíblico e foi base de roteiro para um filme mexicano. Ela foi publicada e encenada pela primeira vez em 1967, no Rio de Janeiro, num cenário de crise política e de golpe militar. Na obra, Júlio Romão recria os evangelhos bíblicos de Mateus, Marcos, Lucas e João que, através de parábolas contam a saga do Cristianismo e a de Jesus Cristo. A peça é escrita em verso e prosa e composta de apenas um único ato.

 

Segundo o presidente da Academia Piauiense de Letras, Nelson Nery Costa, o autor ganhou o prêmio Cláudio de Sousa da Academia Brasileira de Letras e teve ampla repercussão. Júlio Romão já integrava o Movimento da Negritude Brasileira ao lado de Solano Trindade e ajudou a fundar o Teatro Popular do Negro.

 

“Teatro de Júlio Romão da Silva é uma obra incompleta, pois faltam as peças do Teatro Experimental Negro, como Zumbo Zumbu e Os Escravos. Fica para outra vez, talvez não tarde. Porém, em Teatro estão seus textos de maior sucesso e reconhecimento, inclusive pelos prêmios obtidos. Cem anos depois de nascido, ainda em 1917, no ano em que a Academia Piauiense de Letras foi fundada, ocorre a celebração do homem magro e de olhos agitados, com um sorriso nos lábios e uma ideia na cabeça. Fez muito e em muitas áreas. Acima de tudo foi ele próprio – Júlio Romão da Silva, verbete de várias enciclopédias nacionais”, finaliza Nelson Nery Costa.

APL abre inscrições para eleger três novos imortais 

A Academia Piauiense de Letras o edital de inscrições para candidatos e fará a eleição para preenchimento de três cadeiras no dia 1º/12. As vagas surgiram após o falecimento dos imortais Paulo de Tarso Mello e Freitas, Herculano Moraes da Silva Filho e Raimundo Nonato Monteiro de Santana. Com o novo pleito, serão ocupadas as cadeiras 18, 24 e 32.

Clique e veja o Edital Cadeira 18 -22-32

Os interessados terão 30 dias, segundo o edital, para efetuarem suas inscrições. O documento estipula que os candidatos devem ser piauienses ou residirem no Estado há mais de 10 anos. Além disso, devem ter ao menos um livro publicado. As inscrições devem ser feitas na sede da Academia, localizada na avenida Miguel Rosa, 3300, centro/sul.

Falecido no dia 17 de maio deste ano, Herculano Moraes ocupava a cadeira de número 18 e estava no exercício do cargo de secretário geral da Academia. Porém, sua vida foi construída sob uma constante e ativa vontade de participação em movimentos literários e produção contínua, desbravando e fundando academias de letras em várias cidades do Piauí.

Já o professor Raimundo Santana faleceu aos 92 anos em junho deste ano. Dedicou-se aos estudos sobre a história política, cultural, econômica, social e sindical do Piauí, e incentivou a realização e a publicação de livros. Fundou o Movimento de Renovação Cultural do Piauí (1960) e o Centro de Estudos Piauienses (1957). Trabalhou com o objetivo de fundar a Fundação de Apoio Cultural do Piauí. Foi, inegavelmente, um batalhador incansável em prol do desenvolvimento de nossa cultura.

O desembargador Paulo Freitas falece no dia 23 de janeiro deste ano. Além de renomado professor das disciplinas de as disciplinas de Direito Judiciário, Civil, Penal, Penitenciário, Eleitoral e de Organização Judiciária da Universidade Federal do Piauí – UFPI, foi o primeiro juiz auditor da Justiça Militar do Piauí; jornalista; diretor da revista Piauí Judiciário; membro do Conselho Penitenciário; presidente da Associação dos Magistrados Piauienses e escritor ocupante da cadeira 34 da APL.

A eleição para a ocupação das três vagas está marcada para o dia 1º de dezembro deste ano. Os eleitos deverão atingir maioria absoluta de votos entre os imortais.

Edital para preenchimento das cadeiras nºs 18, 32 e 24

A Academia Piauiense de Letras o edital de inscrições para candidatos e fará a eleição para preenchimento de três cadeiras no dia 1º/12. As vagas surgiram após o falecimento dos imortais Paulo de Tarso Mello e Freitas, Herculano Moraes da Silva Filho e Raimundo Nonato Monteiro de Santana. Com o novo pleito, serão ocupadas as cadeiras 18, 24 e 32.

Clique e veja o Edital Cadeira 18 -22-32

Emoção marca panegírico do professor Raimundo Santana

Os membros da Academia Piauiense de Letras se reuniram no último sábado (15) para o panegírico de Raimundo Nonato Monteiro de Santana, carinhosamente conhecido como professor Raimundo Santana, falecido aos 92 anos, em junho.

A homenagem emocionou o público presente na sede da instituição centenária, enaltecendo a obra e a trajetória de vida do professor Santana. “Primeira palavra é gratidão, honra de pertencer ao seio de uma família bonita que me presenteou com o professor Santana como pai, e por hoje estar aqui sendo reconhecido por seus pares, sua família de amigos”, disse a filha do homenageado, Ângela Santana.

O panegírico foi comandado pelo presidente da instituição, Nelson Nery Costa. Em seu discurso, Nelson destacará a presença e a atuação do professor Raimundo Santana na cultura e na produção de conhecimento piauienses.  “O que realmente o professor Monteiro de Santana buscava em suas pesquisas e estudos? Não a fórmula da pedra-filosofal para transformar o barro piauiense em ouro, como se fosse por magia e não pelo esforço. Ao contrário. Em suas reflexões demonstrava a necessidade do planejamento estratégico, do rigor científico e da paciência para se seguir passo a passo o roteiro necessário ao desenvolvimento. A sua própria vida indicava que o trabalho e a meditação era o nexo correto para a redenção de uma terra pobre e inexpressiva”, afirmou Nelson.

Aluno do professor Santana, o ex-secretário Paulo de Tarso também esteve presente no panegírico, prestando sua homenagem ao escritor. “Como tendo sido aluno dele na cadeira de economia política na tradicional faculdade de Direito do Piauí e tendo sido muito influenciado por suas ideias, lições e exemplo de vida pública dele, eu achei por bem vir aqui para demonstrar a minha gratidão, tudo que fui na vida, devo em grande parte as lições do professor Santana”, afirmou.

A vida de Raimundo Santana foi profícua. Além de advogado, foi professor de economia tanto na Universidade Federal do Piauí quanto da Universidade de Brasília. Foi um intelectual preocupado com a economia do Estado e dedicou suas publicações a esse tema. Mas também se dispôs a servir ao povo de sua terra, elegendo-se prefeito de Campo Maior.

APL presta homenagem a professor Santana neste sábado (15)

Os membros da Academia Piauiense de Letras se reúnem neste sábado (15) para o panegírico de Raimundo Nonato Monteiro de Santana, carinhosamente conhecido como professor Raimundo Santana, falecido aos 82 anos, em junho deste ano.

A homenagem será comandada pelo presidente da instituição, Nelson Nery Costa. Em seu discurso, Nelson destacará a presença e a atuação do professor Raimundo Santana na cultura e na produção de conhecimento piauienses.

 

“O que realmente o professor Monteiro de Santana buscava em suas pesquisas e estudos? Não a fórmula da pedra-filosofal para transformar o barro piauiense em ouro, como se fosse por magia e não pelo esforço. Ao contrário. Em suas reflexões demonstrava a necessidade do planejamento estratégica, do rigor científico e da paciência para se seguir passo a passo o roteiro necessário ao desenvolvimento.  A sua própria vida indicava que o trabalho e a meditação era o nexo correto para a redenção de uma terra pobre e inexpressiva”, afirma Nelson.

 

A vida de Raimundo Santana foi profícua. Além de advogado, foi professor de economia tanto na Universidade Federal do Piauí quanto da Universidade de Brasília. Foi um intelectual preocupado com a economia do Estado e dedicou suas publicações a esse tema. Mas também se dispôs a servir ao povo de sua terra, elegendo-se prefeito de Campo Maior.

 

“Depois de longo silêncio, em que se colocou, nos últimos anos como se ainda meditasse sobre o sentido da vida e sobre o destino do povo do Piauí, resolveu agora partir dessa nossa existência. Em meados de 2018, nos deixou, para virar uma estrela no céu, destinos dos heróis brasileiros, como na lenda contada por Macunaína de Oswald de Andrade”, finaliza Nelson Nery.